SOBRE O SONETO
Alguns dias atrás, em virtude do concurso de sonetos Nilza Castro promovido pela Estância da Poesia Crioula, registramos um breve comentário sobre a dificuldade de se fazer um bom soneto.
Pois o Carlos Magno, o gaúcho melhor colocado no citado certame (4º lugar), nos envia um breve histórico sobre esta forma universal de versejar:
O soneto surgiu
na Itália, no século XIII (entre 1200 e 1250), criado por Giacomo da Lentini,
poeta siciliano da corte de Frederico II.
A palavra vem do italiano sonetto (“pequeno som” ou “pequena canção”). Posteriormente, foi aperfeiçoado por Francesco Petrarca, que popularizou a forma clássica de 14 versos (dois quartetos e dois tercetos), e depois se espalhou pela Europa com autores como Luís de Camões em Portugal e William Shakespeare na Inglaterra.
No século XIV
Petrarca (1304–1374) refinou o soneto, criando o modelo conhecido como soneto
petrarquiano. Já no século XVI Camões (1524–1580) introduziu e consolidou o
soneto em língua portuguesa e Shakespeare (1564–1616) adaptou a forma para o
inglês, criando o soneto shakespeariano, com três quartetos e um dístico final.
Os grandes
sonetistas brasileiros incluem Machado de Assis, Olavo Bilac, Raimundo Correia,
Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens, Manuel Bandeira, Jorge de Lima, Vinicius
de Moraes e Bruno Tolentino, entre outros. Eles marcaram diferentes fases da
literatura nacional, do Parnasianismo ao Modernismo e à poesia contemporânea.
No Rio Grande do
Sul os mais conhecidos são:
Alceu Wamosy, Augusto Meyer, Carlos Nejar, Mario Quintana, Aureliano de Figueiredo Pinto, Vaine Darde, José Cear Matesich e Bruno de Menezes, entre outros.
