RETRATO DA SEMANA


quarta-feira, 12 de novembro de 2025

 

SOBRE O SONETO



Alguns dias atrás, em virtude do concurso de sonetos Nilza Castro promovido pela Estância da Poesia Crioula, registramos um breve comentário sobre a dificuldade de se fazer um bom soneto. 

Pois o Carlos Magno, o gaúcho melhor colocado no citado certame (4º lugar), nos envia um breve histórico sobre esta forma universal de versejar: 

O soneto surgiu na Itália, no século XIII (entre 1200 e 1250), criado por Giacomo da Lentini, poeta siciliano da corte de Frederico II.

A palavra vem do italiano sonetto (“pequeno som” ou “pequena canção”). Posteriormente, foi aperfeiçoado por Francesco Petrarca, que popularizou a forma clássica de 14 versos (dois quartetos e dois tercetos), e depois se espalhou pela Europa com autores como Luís de Camões em Portugal e William Shakespeare na Inglaterra. 

No século XIV Petrarca (1304–1374) refinou o soneto, criando o modelo conhecido como soneto petrarquiano. Já no século XVI Camões (1524–1580) introduziu e consolidou o soneto em língua portuguesa e Shakespeare (1564–1616) adaptou a forma para o inglês, criando o soneto shakespeariano, com três quartetos e um dístico final.

Os grandes sonetistas brasileiros incluem Machado de Assis, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens, Manuel Bandeira, Jorge de Lima, Vinicius de Moraes e Bruno Tolentino, entre outros. Eles marcaram diferentes fases da literatura nacional, do Parnasianismo ao Modernismo e à poesia contemporânea.

No Rio Grande do Sul os mais conhecidos são:

Alceu Wamosy, Augusto Meyer, Carlos Nejar, Mario Quintana, Aureliano de Figueiredo Pinto, Vaine Darde, José Cear Matesich e Bruno de Menezes, entre outros.