RETRATO DA SEMANA


Colonos Italianos plantadores de fumo

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

 


CAMPEANDO A VOLTA



No coração de Newcastle upon Tyne, quase disfarçada entre pedras e ervas, repousa uma relíquia que atravessou silenciosamente séculos de história: a Lowping-on Stone.

À primeira vista, parece apenas um bloco irregular, desgastado pelo tempo. Mas durante gerações, teve um propósito simples e nobre — ajudar viajantes a montar seus cavalos. Numa era em que as ruas eram dominadas por estábulos e pousadas, esta pedra servia de apoio para quem partia em longas jornadas, carregando sonhos, mercadorias e histórias.

Uma fotografia de 1880 revela a pedra em seu antigo cenário: diante da Pousada Golden Lion, ponto de descanso popular entre cavaleiros e comerciantes. Dois anos mais tarde, os edifícios foram demolidos — mas a pedra permaneceu, imóvel e teimosa, como se se recusasse a desaparecer com o passado.

O que torna a Lowping-on Stone fascinante é justamente sua humildade. Não é um monumento construído para ser lembrado, nem uma escultura feita para ser admirada. É um objeto comum que sobreviveu à passagem do tempo, um fragmento de memória de uma cidade em constante transformação — quando os cascos dos cavalos ditavam o ritmo do comércio e da vida.

Hoje, cercada por carros, transeuntes e prédios modernos, ela continua ali — silenciosa, firme, guardando o eco distante de cascos sobre a pedra, o murmúrio dos viajantes e o cheiro de feno das antigas estalagens.

Em sua simplicidade, a Lowping-on Stone recorda-nos que até o mais modesto dos objetos pode se tornar um guardião eterno da história — testemunha muda de tudo o que o tempo não conseguiu apagar.

Extraído do site: sobre literatura

Nota do Blog: Nos meus últimos tempos de cavalgadas eu já precisava procurar uma elevação no terreno para montar. Meu mouro velho era alto e não parava. Alguns ginetes até preferem um flete arisco na hora de montar só para poderem "campear a volta", ou seja, utilizar o movimento do cavalo a seu favor.  

Conheci parceiros que carregavam um banquinho na camionete para as horas de precisão. Outros que usavam dois estribos do lado de montar, tipo uma escadinha. 

Mas esta história da pedra, escrita acima, realmente é interessante.