O BUGIO É GAÚCHO
Com o teatro Olga Reverbel, multipalco do Theatro São Pedro completamente abarrotado, na tarde de ontem (12) o Gênero Bugio foi oficializado como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Sul, uma iniciativa da união de São Francisco de Paula e São Francisco de Assis, localidades que sempre reivindicaram a "paternidade" do ritmo.
No retrato com parte da comitiva serrana, além de outras autoridades, estão presentes o Prefeito de São "Chico" de Paula Thiago Teixeira, o Secretário de Cultura do Estado Eduardo Loureiro, Paulo Bertussi e Gilnei Bertussi, filhos de Honeyde e Adelar Bertussi que gravaram, em 1956, o primeiro bugio Casamento da Doralícia. O município missioneiro também se fez representar por seu prefeito Rubemar Paulinho Salbego e um grande número de assisenses.
Um momento de grande emoção e alegria foi quando os dois grupos musicais representantes de cada cidade tocaram, unidos e com grande entusiasmo, a composição O Bugio é Gaúcho, elaborada especialmente para o momento. Atendendo a diversos pedidos posto aqui a letra que tem a minha autoria e Paulo Ricardo Costa.
O BUGIO É GAÚCHO
Léo Ribeiro de Souza e Paulo Ricardo Costa
O bugio é gaúcho, serrano e missioneiro,
trancão galponeiro de cerne e raiz
brotou na cordeona, a luz do candeeiro,
no estilo campeiro do Sul do País.
É marca terrunha que a sala balança
no toque, na dança, dos bem fandangueiros.
Não importa a origem de onde saiu
por que o bugio é do Rio Grande inteiro.
Refrão:
São Chico de Paula, São Chico de Assis
que ideia feliz fazer união
seremos mais fortes assim deste jeito
o trato está feito nós somos irmãos.
O tempo não apaga a história bonita
oral ou escrita deixada nos versos.
Aqui no Rio Grande se planta a semente
e logo na frente se ganha o universo.
Que fique pra sempre este belo legado
ecoando nos pagos de um povo bravio.
Obrigado aos gaiteiros que noutras andanças
deixaram de herança ao Rio Grande o Bugio.
