ESSA RAÇA DE GAITEIRO
É sabido que a nossa
tradição precisa de renovação em suas hostes de cultores. O repasse de costumes
caminha a passos de tartaruga. A sonhada cadeira sobre nosso folclore nas salas
de aula morreu na raiz. Tirando alguns eventos do MTG e seus CTGs filiados promovendo
concursos juvenis, o resto se foi ao brejo com corda e tudo em relação a
participação dos jovens. A exceção são os rodeios crioulos aonde o laço (agora
um esporte) é o grande chamariz da juventude.
Não apareceram mais
pesquisadores, como se tudo já estivesse esgotado em se tratando de história; a
grande maioria das músicas de qualidade remonta há 40 anos atrás; a pajada não
se renova, a trova idem; os contadores de causos sumiram; os escritores também;
poetas? nem se fala...
Mas tem uma “raça”, um
segmento, que a cada dia nos surpreende positivamente com novos valores: Os
Gaiteiros (e gaiteiras).
Gaiteiro é como inço,
brota em qualquer chão. Uma gurizada que recém saíram dos cueros parece que tem
formiga nos dedos.
Neste contexto não
podemos deixar de citar Renato Borghetti e sua Fábrica de Gaiteiros além de professores
como Orlandinho Rocha. Isso sem falar de ídolos como Adelar Bertussi, Albino
Manique, Gildinho, Porca Véia, Luis Carlos Borges, Paulinho Siqueira, e tantos
outros que deixaram um belo legado e que servem de inspiração para a nossa
mocidade.
Adelante gaiteiros do
meu pago.