RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
FOTO HISTÓRICA do ano de 1973. Lançamento do LP Isto é Integração, de José Mendes no 35 CTG. Da esquerda para a direita: Zé Duarte (conjunto Os Milongueiros), Milongueiro (camisa preta), Jader Moreci Teixeira (Leonardo), Luiz Muller (trovador e compositor. Era cego), Ayrton dos Anjos (Patinete), Gildo de Freitas, José Mendes, Valdomiro Melo (atrás do Zé Mendes), Airton Pimentel (de vincha na testa) e os empresários Barra e Terra. Colaboração: Edgar Paiva

sábado, 22 de fevereiro de 2025

 



SER POETA




Vocês querem me ver constrangido é me chamarem de “poeta” ao qualificar minha pessoa. Não sou poeta. Sou um fazedor de rimas.

Poeta, meus amigos, era um Vargas Neto, um Apparício Silva Rillo, um Jayme Caetano Braun (que além de pajador era um grande poeta campeiro), um Antônio Augusto Ferreira...

Hoje, entre nós, a gente conta nos dedos quem se pode chamar de poeta.

E o pior é que tem gente aonde a humildade passou a lo largo que acrescenta o adjetivo Poeta ao nome, tipo: Léo Ribeiro Poeta de Souza.

Um poeta tem que ser diferenciado nos seus versos, tem que sair do lugar comum, do vocabulário padrão, tem que mexer com o sentimento das pessoas fazendo-as viajar sem sair do lugar, tem que ir do terrunho a sublimidade com a mesma facilidade e, principalmente, não pode deixar-se levar pela emoção achando que é um bardo porque escreve como quem atira milho para os pintos.

Falando em poeta, hoje, dia 22 de fevereiro, no ano de 1959, morria um dos maiores poetas deste Rio Grande, ou seja, Aureliano de Figueiredo Pinto.