O ESPÍRITO DO NATAL SUMIU
AO SURGIR O PAPAI NOEL
Vem aí mais um 25 de dezembro, o dia da gastronomia, das decorações dos lares com pinheirinhos, da troca de presentes. Poucas crianças sabem, nos tempos de hoje, o real valor do Natal. Tal data está vinculada ao comércio, ao bom e generoso velhinho de barbas brancas e suas renas sobrevoando da Lapônia aos sete ventos, mas passando a lo largo pelas favelas e ranchos pobres.
Com o andar de sua carroça abarrotada de presentes, o Papai Noel passou por cima de Jesus Cristo.
Inicialmente o personagem foi criado com a melhor das intenções pois teve inspiração em São Nicolau, arcebispo de Mira, Turquia, no século IV, que costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos.
Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro originalmente retratado com trajes de bispo. Contudo a partir do século XX devido à influência da Coca-Cola, que na época lançou um comercial do velho senhor de bochechas rosadas e com as vestes vermelhas, essa imagem, que tornou-se muito popular nos Estados Unidos e no Canadá, tem se mantido, sendo reforçada por meio da mídia como músicas, filmes e propagandas, jogando as orações, a espiritualidade, a história do nascimento de Jesus, para o fundo da grota.
Reza a lenda que o Papai Noel faz uma lista de crianças ao redor do mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento e que, na véspera do Natal, entrega presentes, como brinquedos ou doces, a todas que foram merecedoras. Papai Noel consegue esse feito com o auxílio de elfos, que fazem os brinquedos na oficina....
Como se vê, é uma ficção americanizada propícia ao comércio de fim de ano desviando do verdadeiro propósito do Natal e interferindo na sociedade e na cultura de diversos povos.
Alguém poderá argumentar: - Mas Jesus não recebeu presentes quando nasceu?
Sim. Melquior ofereceu ouro, Baltasar incenso e Gaspar mirra. Só que estes presentes confirmam o caráter de Jesus (rei, sacerdote e profeta) como símbolo do reconhecimento de que aquela criança pobre que acabara de nascer haveria de se tornar um grande líder mundial. No ritual da antiguidade o ouro era o presente para um rei, o olíbano (incenso) para um religioso representando a espiritualidade e a mirra para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade).
O que ocorre é que o caráter de presentear de hoje não tem sentido espiritual. Ninguém diz: - Estás recebendo presentes porque há 2024 anos atrás, em Belém..... Não. É a figura do Papai Noel o que mais importa.
As vitrines dos shoppings são ambientadas neste sentido. Nenhuma com indicação do nascimento deste grande mensageiro religioso, motivo da criação da Ordem Cristã.
Para poucas pessoas o Natal continua sendo um dia de reflexão. Contudo, que ele traga muitas alegrias para todos nós.
Alguém poderá argumentar: - Mas Jesus não recebeu presentes quando nasceu?
Sim. Melquior ofereceu ouro, Baltasar incenso e Gaspar mirra. Só que estes presentes confirmam o caráter de Jesus (rei, sacerdote e profeta) como símbolo do reconhecimento de que aquela criança pobre que acabara de nascer haveria de se tornar um grande líder mundial. No ritual da antiguidade o ouro era o presente para um rei, o olíbano (incenso) para um religioso representando a espiritualidade e a mirra para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade).
O que ocorre é que o caráter de presentear de hoje não tem sentido espiritual. Ninguém diz: - Estás recebendo presentes porque há 2024 anos atrás, em Belém..... Não. É a figura do Papai Noel o que mais importa.
As vitrines dos shoppings são ambientadas neste sentido. Nenhuma com indicação do nascimento deste grande mensageiro religioso, motivo da criação da Ordem Cristã.
Para poucas pessoas o Natal continua sendo um dia de reflexão. Contudo, que ele traga muitas alegrias para todos nós.