Devido a correria que andamos, muitas vezes deixando de produzir algo próprio para atender aos pedidos de amigos, acabamos esquecendo que ontem, 29, era Dia Nacional do Livro, esse objeto tão valioso e que tanto prezo. Então, mesmo com um certo atraso, publicamos algo a respeito do velho e imortal livro impresso. Sim, pois não morrerá jamais mesmo com o advento da internet.
DIA NACIONAL DO LIVRO
O dia 23 de abril é considerado, Dia Mundial do Livro. É uma data escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais.
Já em 29 de outubro, comemora-se o Dia Nacional do Livro. A escolha da data deu-se em homenagem ao dia em que também foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, quando a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para a colônia, em 1810.
O que nem todo mundo sabe é que, inicialmente, os livros eram bem diferentes do que são hoje. Para quem está acostumado com livros de boa aparência, com revisão ortográfica e uma capa bem diagramada, saiba que, antes disso, na Antiguidade, os livros eram feitos de outro modo.
Os primeiros registros gráficos foram feitos em papiro, uma espécie de lâmina retirada do caule de uma planta de mesmo nome e que possibilitava a escrita. Tempos depois os rolos de papiro foram substituídos pelo pergaminho, que possibilitava ser costurado, já que era feito de pele animal e tinha mais resistência.
O papel chegou na Idade Média e os livros, ainda escritos à mão, começaram a substituir os pergaminhos. Em meados de 1455, o alemão Johannes Gutenberg causou a mudança que veio a ser revolucionária para a história da escrita. Gutenberg criou uma técnica de prensa com uma impressora que reproduzia letras e símbolos com relevo esculpidos em metal. O processo espalhou-se rapidamente pela Europa e, logo, pelo mundo.
A primeira impressão de um livro por Gutenberg foi a Bíblia. Inicialmente ele começou a produzir páginas com 40 linhas, mas o custo para isso era alto. Resolveu então utilizar 42 linhas em duas colunas por página. O exemplar foi escrito em latim e teve 1.282 páginas.
No Brasil, o primeiro livro impresso foi Marília de Dirceu, do autor Tomás Antônio Gonzaga, em 1810. Com a chegada da imprensa ao país, as máquinas de impressão eram utilizadas para imprimir os jornais com notícias de interesse do governo português, que financiava as impressões. Isso fazia com que muitos autores brasileiros optassem por imprimir suas obras em países europeus.
No século XX, começaram a surgir as bibliotecas organizadas e a preservação e coleção de livros. Já no século seguinte, as bibliotecas passaram a ser construídas para a frequentação de leitores, já que surgia a angústia de, muitas vezes, não ser possível ler o livro todo, o anseio de preservá-lo e a preocupação com o acesso a ele.
Com o crescimento da tecnologia, outro formato de livros ganhou espaço: os livros digitais. Esses “livros do futuro” têm a possibilidade não só de trazer novas publicações em meios digitais, mas de reproduzir as mais antigas publicações da história.
Ainda há muitos apaixonados pela forma física do livro, que gostam de marcar suas páginas, fazer anotações nelas, sentir seu cheiro, e colecionar títulos. No entanto, a praticidade do meio digital ganhou muito espaço, e, hoje, leitores optam por consumir livros em versões digitais, pelo celular, computador, tablets e leitores digitais.
A todos os "teimosos" (como eu) que ainda publicam livros à moda antiga, a reverência e a admiração do nosso blog.