RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

domingo, 2 de junho de 2024

 

REPONTANDO DATAS / 02 JUNHO





imagem do velório de Garibaldi

No dia 2 de junho, de 1882, 40 anos depois de ter deixado o Rio Grande do Sul, aos 75 anos, morre na sua Ilha de Caprera, na Sardenha, Giuseppe Garibaldi considerado um dos maiores mestres da história da estratégia militar revolucionária. Morreu o homem que lutou ao lado dos Farrapos proporcionando o maior feito desta revolução ao atravessar com dois lanchões puxados por bois, 90 km de campos e alagados para atacar Laguna aonde conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro (Anita Garibaldi). 

Giuseppe Garibaldi passou dez anos de sua vida a bordo de navios mercantes e com o tempo chegou a obter licença de capitão. Mas seus desejos de aventura não permitiram que permanecesse na carreira dos mares. Em abril de 1833, em Taganrog, na Rússia, enquanto comandava a escuna Clorinda, levando um carregamento de laranjas, conheceu Giovanni Battista Cuneo de Oneglia e entrou em contato com a sociedade secreta Jovem Itália, sendo seduzido pelas ideias socialistas de Henri Saint-Simon. Garibaldi se uniu a sociedade secreta, jurando dedicar sua vida para libertar sua terra natal do jugo estrangeiro. Em novembro de 1833, encontrou-se com Mazzini, iniciando um relacionamento que mais tarde se tornaria problemático. Juntou-se à Carbonária e em fevereiro de 1834 tomou parte da fracassada insurreição de Gênova, sendo condenado à morte por uma corte genovesa. Refugiou-se em Marselha e, em 1835, fugiu para a Tunísia, chegando depois ao Rio de Janeiro. Com 28 anos iniciava seu primeiro exílio.

Na prisão, na Corte, conheceu Bento Gonçalves da Silva, líder farroupilha que lhe forneceu uma Carta de Corso da República Rio-grandense permitindo-lhe que atacasse qualquer embarcação contrária aos interesses da Revolução. 

Chegando a Província via Uruguai Giuseppe Garibaldi proporcionou memoráveis histórias que, neste pouco espaço, ficaria difícil relatar.  

Estive na Itália no ano passado e testemunhei a grande devoção daquele povo a Garibaldi. Não tem cidade, por menor que seja, que não reverencie o grande herói nacional responsável pela unificação daquele país. 

Monumento a Giuseppe Garibaldi em Roma