CONVITE: Em 2025 vamos reviver os velhos tempos?

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domingo, 24 de março de 2024


 BENZER TORMENTAS 


Quando se apruma a tormenta, o melhor a fazer é rumar para o rancho
Gravura: Vasco Machado

Tem sido frequentes os avisos da defesa civil sobre temporais com chuvas torrenciais e fortes rajadas de ventos. O Rio Grande do Sul virou alvo destes fenômenos meteorológicos.  

Se tem coisa que não gosto nesta história é dos tais de raios e aprendi com os mais velhos diversas teorias de como se proteger destas descargas naturais. 

Se estiver em uma área rural, devemos observar o seguinte: Não abrigar-se em baixo de árvores; Não ficar próximos a animais ou andar a cavalo; Não ficar próximo a cerca de arame; Não carregar objetos metálicos pontiagudos, como enxadas, pás e facões; Evitar ficar próximo de veículos como tratores, carros ou dentro de carroceria de caminhão; Não caminhar em áreas descampadas; Evitar lugares altos.

Se estiver dentro do rancho: Evitar utilizar equipamentos elétricos; Não ficar próximo a janelas e portas metálicas ou mesmo à rede hidráulica como torneiras e canos. 

Para quem acredita, uma simpatia muito usual em nosso interior é "benzer a tormenta", ou seja, pega-se uma adaga, ou um machado, aponta-se o fio destes instrumentos para a tormenta e reza-se uma oração específica. Após, enterra-se tais objetos até que passe a tormenta. 

Não custa, para quem tem fé, orar para Santa Bárbara e São Jerônimo.

Também existem alguns ditados fazendo referência aos raios como: Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar ou, quando se pretende esculachar uma pessoa, se larga essa: um raio não cai em pau deitado, que seria o mesmo que "não se gasta chumbo em chimango".

Mas a pior das tormentas é a da vaidade pessoal. Para esta desventura... raios que a partam.