RETRATO DA SEMANA

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domingo, 5 de novembro de 2023

 

RIO GRANDE VELHO 


Confeitaria Rocco em sua inauguração - década de 1910

Se tem uma coisa que eu gosto é de bombear retratos antigos. Fico imaginando como era a vida naqueles tempos. As dificuldades, os tipos de divertimentos, os saraus, os carnavais...

Esta semana escutei no noticioso que um grupo está trabalhando para reestruturar a Confeitaria Rocco, ali no Centro Histórico de Porto Alegre, local que era o ponto de encontro na capital nos áureos tempos. Ali se discutia futebol, política, se atava umas carreiras no prado, se fechavam negócios, enfim, se traçava os rumos de nosso Estado. Hoje o prédio está em ruínas, abandonado a própria sorte. 

No Rio de Janeiro o Café Colombo, no mesmo estilo, é um destino turístico. Sua arquitetura nos remete a um tempo que não volta mais. 

Mas não foi somente os prédios que envelheceram. Nosso Rio Grande, proporcionalmente, é o Estado com o maior número de pessoas idosas do Brasil.

Segundo o meias recente Censo Demográfico divulgado na semana passada pelo IBGE, em 2022 havia 2.193.416 idosos no RS - 20,15% da população -, um aumento de 50,27% em relação ao Censo de 2010, quando tínhamos 1.459.597 (13,65% da população) com mais de 60 anos. 

Se fôssemos alongar essa prosa, além dos prédios que envelheceram sem um olhar do poder público, das pessoas que após os 60 anos já são consideradas descartáveis, poderíamos incluir a nossa musicalidade, os nossos artistas regionais. Não há renovação neste segmento e, ali na frente, na primeira curva das estrada isto poderá fazer falta.