RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sábado, 28 de outubro de 2023

 

PARA O BEM E PARA O MAL


Cândido Brasil, Osmar Ranzolin e Léo Ribeiro

Osmar Ranzolin, poeta e embaixador da cultura regional gaúcha lá pelas bandas de Fraiburgo, SC, e que esteve presente com brilhantismo em nossa 8ª Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, convidou-me a participar do programa Confraria do Tropeiro, periódico radiofônico do qual ele é o madrinheiro. 

Uma das perguntas do Osmar me levou a esta postagem de hoje. 

Disse-me ele: - Qual a maior dificuldade para organizar um festival de poesias? 

São vários percalços, respondi, desde a luta para obtenção de verbas de patrocínio para os custos do evento até os imprevistos de última hora que sempre acontecem. Na 8ª edição da Tertúlia Maçônica, por exemplo, a mestre de cerimônias seria a grande cantora e ativista cultural Maria Luiza Benitez. Na última hora a Malu teve um acidente doméstico que a deixou impossibilitada de cumprir essa missão. Então, eu tive que apresentar. 

Mas talvez a grande dificuldade esteja no convencimento das pessoas sobre a importância de eventos desta natureza para o segmento cultural rio-grandense. O público que aprecia a poesia já não é muito grande, é seleto. Com o advento das transmissões ao vivo tal público diminuiu ainda mais. 

Lembro do tempo em que lotávamos os teatros, com pessoas sentadas no corredor e outro tanto pelo saguão pois não conseguiam entrar. Hoje em dia tem que parir uma bigorna para que as pessoas saiam do conforto de seu lar, junto da família, longe da violência, para ir aplaudir os participantes. 

Por isso o título da postagem. A internet e as transmissões ao vivo vieram para proporcionar que milhares de pessoas desfrutem do festival. Ao mesmo tempo, retirou a vibração, o calor humano que os declamadores e amadrinhadores tanto necessitam.