RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sábado, 2 de setembro de 2023

 

SEMPRE TORCI PELOS ÍNDIOS


óleo sobre tela retratando o fim do ambicioso general Custer
na Batalha de Little Bighorn
 

Sempre torci para os índios. Total, na história, foram os verdadeiros donos da terras, os primitivos habitantes. Era lança e tacape contra revólveres e winchester. No fim os opressores sempre venciam os oprimidos. Nos filmes de faroeste eu ficava com raiva daquela disparidade bélica e da parcialidade dos cineastas de hollywood. Era um tiro e dez índios mortos.     

A lógica do desenvolvimento capitalista dos Estados Unidos era incompatível com a presença dessa gente de pele avermelhada, altiva e indómita, que percorria livremente as grandes planícies na perseguição das manadas de búfalos de que dependia, em grande parte, a sua sobrevivência.

Os índios poderiam ficar - decidira Washington - mas apenas em espaços limitados, claustrofóbicos, traçados a regra e esquadro pelos invasores – as reservas.

Sendo assim, em 25 de junho de 1876, o famoso General George Armstrong Custer que ganhou tal galhardão devido as suas bravuras na guerra civil americana, liderou seus homens na Batalha de Little Bighorn, no Território de Montana, contra uma coalizão de tribos indígenas Cheyennes e de Sioux, unidos sob a influência dos também famosos líderes indígenas Touro Sentado (Sitting Bull) e Cavalo Louco (Crazy Horse). Custer e quase 300 soldados — que incluía seus dois irmãos — foram mortos. Sua derrota fatídica acabou obscurecendo seus feitos anteriores em guerra.

A citada derrota aconteceu em virtude da vaidade do general que não aguardou, como era combinado, os outros dois destacamentos que para lá se dirigiam, pois desejava as glórias para si. Se saísse vitorioso provavelmente seria eleito presidente dos Estados Unidos.

O quadro acima, óleo sobre tela, retrata esse momento. 

Pois aqui pelo Rio Grande do Sul não foi muito diferente e, na Guerra Guaranítica, espanhóis e portugueses se uniram para massacrar nossos índios. O que restou daquela civilização missioneira hoje em dia vive de esmolas pelos beirais das rodovias.