O FIM DO LIVRO IMPRESSO?
O governo do Estado de São Paulo decidiu abolir o livro didático impresso em algumas séries das escolas públicas, substituindo-o por conteúdo 100% digital. Seria o princípio do fim do livro palpável.
Colocamos "seria" pois a gritaria foi tão grande que os sábios governantes voltaram atrás muito em função dos protestos dos educadores e de editores que tem o Ministério da Educação como principal cliente.
Mas a questão não está encerrada: as autoridades paulistas continuam convencidas de que crianças e adolescentes podem aprender mais interagindo em telas e assistindo a audiovisuais do que por meio da leitura de livros tradicionais.
A Unesco, braço das Nações Unidas para a educação, diz que não é bem assim. Estudo divulgado recentemente indica que a leitura em papel proporciona melhor compreensão e retenção de informações do que a visualização por meios digitais.
Quanto a mim, sou das antigas. Aqui no prédio, dos vários assinantes, somente eu continuo com o jornal impresso. Acho que o manuseio palpável é fundamental. Ganhei de meu filho um "kindle" que armazena dezenas de livros mas não me adaptei.
O fim do livro impresso vai ditar o fim das editores e livrarias bem como o ocorrido com a extinção dos CDs que levou a falência nossas gravadoras e lojas de discos.
