RETRATO DA SEMANA

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quarta-feira, 28 de junho de 2023

 

PEC DOS SÍMBOLOS GAÚCHOS 


A PEC (Proposta de Emenda a Constituição) que visa transformar os símbolos oficiais do Rio Grande do Sul (a bandeira, o brasão de armas e o hino) em imutáveis em sua integralidade, apresentada pelo deputado estadual Rodrigo Lorenzoni (PL-RS), foi a plenário ontem, dia 27, mas, devido ao tumulto originado pelo grupo contrário a proposição, a sessão teve que ser interrompida e transferida para terça-feira que vem.

Tal proposta surgiu em reação às críticas que o movimento negro gaúcho tem feito nos últimos anos ao hino estadual, que contém um trecho apontado como racista. "Povo que não tem virtude acaba por ser escravo", diz o verso, que transmitiria a ideia de que pessoas são escravizadas por não terem qualidades.

Não considero que o hino tenha sido elaborado com essa intenção, ou seja, referindo-se ao povo negro e sim aos derrotados em combate que, pelo insucesso nas batalhas, tornaríam-se escravizados dos vencedores. A história nos mostra isto.

Um indício muito forte de que o hino não foi constituído com essa conotação racista é que o autor da música (maestro Mendanha), era preto, e a mãe do autor da letra (Chiquinho da Vovó), também era negra.

Alterar um hino a cada século desfigura a real intenção dos autores da época. Fosse assim o hino nacional brasileiro teria que ser amplamente mudado em sua concepção pois, nos tempos atuais, pare entende-lo temos que ter um dicionário ao lado.

A PEC necessita de 33 votos para ser aprovada.