RETRATO DA SEMANA

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domingo, 28 de maio de 2023

 

BUGIOS DO BRASIL SALVARÃO OS DA ARGENTINA


Com menos de 50 bugios sobreviventes nas florestas argentinas e sem animais em cativeiro no pais, parceria com Brasil é essencial para recuperar a espécie na Argentina


Duda Menegassi

Um dos primatas mais ameaçados do mundo, o bugio-ruivo (Alouatta Guariba) divide seu lar entre as florestas do Brasil e da Argentina. Conhecida como Mata Atlântida no solo brasileiro, do lado argentino o bioma ganha o nome de “Selva Missionera”, estando restrito ao extremo norte da argentina, na província de Missiones. Fronteiras a parte, o drama do bioma e as ameaças que rondam o bugio  são os mesmo em ambos os países: desmatamento, fragmentação e a febre amarela. Na argentina, entretanto, a situação dos bugios ruivos é considerada crítica, com uma população estimada em menos de 50 indivíduos. E pesquisadores soaram o alarme: é necessário intervir para evitar que o macaco desapareça de vez das florestas argentinas.

Os primeiros passos já estão em curso. Entre os dias 24 e 26 de abril, pesquisadores se reuniram para discutir a necessidade e a melhor estratégia para o manejo  para conservação do bugio-ruivo na argentina.

A ofivina foi promovida pelo instituto Missionero Biodiversidad, Ministério de Ecologia de Missiones e contou e contou com o apoio da Comissãopara Sobrevivência de Espéciesda União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN/SSC) e a presença de pesquisadores brasileiros. Tal presença de brasileiros não é à toa. Além do pais abranger a maior parte da população da espécie, a argentina não possui bugios em cativeiro. Portanto, eventuais reintroduções e reforços populacionais de bugios na Selva Missionera dependem de animais oriundos  de instituições brasileiras.

Falando em bugios, que se preparem os músicos e compositores pois se aprocehga, em São Francisco de Paula, o 30º Ronco do Bugio, um dos maiores e mais autênticos festivais nativistas do Rio Grande do Sul.