LANÇAMENTO OFICIAL DO 

ACAMPAMENTO FARROUPILHA DE POA

Por: Kathlyn Moreira

A edição de 2023 do Acampamento Farroupilha teve lançamento oficial nesta terça-feira (30), na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre. Tradicional no mês de setembro, o evento será realizado pela prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SMCEC), em parceria público-privada com a empresa GAM3 Parks.

Como novidade nesta edição, a organização aposta nas obras que já estão sendo realizadas na infraestrutura no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em razão da concessão, sem afetar a quantidade de acampados. O projeto em andamento prevê a construção de um parque temático turístico de valorização da cultura e história gaúcha no local.

— De inovação, vamos ter o novo posicionamento do Acampamento Farroupilha, em relação ao ano passado, que ele vai ficar para os próximos 30 anos. Então o acampamento, os piquetes, o mapa, vai ser aquilo que nós temos para os próximos 30 anos. Uma nova adequação do palco principal, que vem mais perto da Casa do Gaúcho, com piso adequado e a distribuição dos piquetes — adianta o secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, Henry Fontoura.

Já a diretora da GAM3Parks, Carla Deboni, confirmou que até o começo do Acampamento, as obras de drenagem e elétricas já estarão finalizadas, assim como a ampliação dos acessos ao parque. Ela também confirma que o piso será substituído para evitar alagamentos e melhorar a acessibilidade, assim como as condições do estacionamento, que foram alvo de críticas no ano passado.

Outra mudança anunciada para 2023 será a programação estendida, com abertura para a população e shows já a partir de 1o de setembro, seguindo até o dia 20 do mesmo mês. Neste ano, o tema do evento será a Revolução de 1923, confronto travado entre chimangos e maragatos. Em 2022, mais de 1,4 milhão de pessoas passaram pelo local. Foram 800 toneladas de carne consumidas, 230 piquetes e mais de cem atrações culturais.

Inscrições

Os interessados em acampar no Parque Harmonia devem realizar suas inscrições entre os dias 5 e 13 de junho. Para oficializar o interesse, será necessário apresentar o alvará 2022, ata da eleição da patronagem atual e cópia impressa do projeto cultural com o tema Revolução de 23 no Centro Municipal de Cultura (Av. Érico Veríssimo, 307).

MORRE O DIRETOR EXECUTIVO DA 

ESCOLA DO CHIMARRÃO 

Faleceu na tarde desta terça-feira, 30 de maio, o diretor-executivo da Escola do Chimarrão, Pedro Schwengber (foto). Conforme apurado ele morreu em casa, na região central de Venâncio Aires. Pedro tinha 71 anos.

Considerado o embaixador de Venâncio Aires, em 2016 recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, a mais alta distinção da Assembleia Legislativa. O último evento com a Escola do Chimarrão que participou foi na cidade de Rio Grande, nesta segunda-feira, 29.

O velório será realizado na Câmara de Vereadores, a partir das 7h de hoje, 31, e o sepultamento acontece na parte da tarde, no cemitério de Venâncio Aires. O prefeito municipal Jarbas da Rosa decretou luto oficial de três dias. 

  

 

GAÚCHO DA GERAL APROVA PL

AONDE A PROFISSÃO DE GUASQUEIRO 

TORNA-SE PATRIMÔNIO IMATERIAL DO RS

Na terça-feira passada o deputado Gaúcho da Geral (PSD) teve o Projeto de Lei 61/2022 aprovado pela Assembleia Legislativa. A matéria foi aprovada por unanimidade pela Casa, com 51 votos favoráveis. A nova Lei reconhece como patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul o trabalho de guasqueiro.

Chama-se "guasqueiro" o artesão que usa como principal matéria prima de seus trabalhos o couro cru. A origem deste ofício vem do período de colonização espanhola e portuguesa na América do Sul, quando o “gaúcho histórico” começava a se desenhar nos campos do Rio Grande do Sul e dos países do Prata, caçando o gado selvagem abandonado pelos jesuítas espanhóis. Surgia então o trabalho do guasqueiro, que era o de fabricar artigos de couro para montaria.

"Fico muito feliz e orgulhoso por este Projeto de Lei ter sido aprovado. É um justo reconhecimento a um dos ofícios mais tradicionais do nosso Estado e da nossa cultura. Parabenizo a todos os guasqueiros que até hoje seguem exercendo esta nobre arte, que é fundamental para a cultura gaúcha e para a lida de campo", comemora Gaúcho.

São fabricadas pelas mãos habilidosas de um guasqueiro peças tais como: aperos de montaria, cintos, guaiaca, bainhas de faca, entre outros tantos itens. 

"Esses trabalhadores seguem segurando firme o tirão e mantém até hoje esta cultura viva. Não vamos frouxar nenhum tento na defesa da nossa cultura. Seguimos mais fortes que trança de oito tentos", complementa o parlamentar.

 

GALVÃO BUENO SERÁ CONDECORADO COM A  

MEDALHA DO MÉRITO FARROUPILHA 

O mais conhecido narrador esportivo do Brasil será homenageado com a mais alta condecoração do governo estadual gaúcho. Por sugestão do Deputado Estadual Luiz Marenco (PDT), Galvão Bueno, que é proprietário de uma vinícola/estância no município de Candiota e que nutre uma grande admiração por nossas tradições, receberá a Medalha do Mérito Farroupilha no próximo dia 13 de junho. 

Tal comenda, por um certo período, teve sua relevância um tanto vulgarizada ao ser distribuída aos borbotões, sem critério algum, para parentes e amigos dos deputados. Políticos sem a mínima vinculação com nosso Estado foram "merecedores" da significativa medalha. 

Galvão Bueno é um cidadão do mundo e por onde anda fala com respeito e admiração por tudo o que é daqui. 

A condecoração é super merecida.  

    

    

 SAUDADE DAS CHAPELARIAS

Impressionante como temos pessoas sem noção em nosso meio. Me refiro aos homens - agora as mulheres também aderiram a moda - que usam chapéu dentro dos Centros de Tradições. Isso acontece em jantares, bailes, pessoas dançando num total desrespeito a entidade. E o pior. Não vejo nenhum patrão ir ao microfone e fazer a solicitação que retirem suas coberturas.

O chapéu é para as lides de campo, mangueira, para se proteger da chuva ou do sol e, no máximo, se aceita seu uso dentro dos galpões de estância, jamais dentro de casa ou de um clube social.

Há uma permissão implícita em relação aos artistas "que estão no palco". Fora isso é petulância mesmo. 

Pelo que vejo nos dias de hoje a educação se foi ao brejo com soga e tudo. 

Por isso eu digo: - Tenho saudade das chapelarias (e das mulheres que iam aos bailes de vestido).     

 

BUGIOS DO BRASIL SALVARÃO OS DA ARGENTINA

Com menos de 50 bugios sobreviventes nas florestas argentinas e sem animais em cativeiro no pais, parceria com Brasil é essencial para recuperar a espécie na Argentina

Duda Menegassi

Um dos primatas mais ameaçados do mundo, o bugio-ruivo (Alouatta Guariba) divide seu lar entre as florestas do Brasil e da Argentina. Conhecida como Mata Atlântida no solo brasileiro, do lado argentino o bioma ganha o nome de “Selva Missionera”, estando restrito ao extremo norte da argentina, na província de Missiones. Fronteiras a parte, o drama do bioma e as ameaças que rondam o bugio  são os mesmo em ambos os países: desmatamento, fragmentação e a febre amarela. Na argentina, entretanto, a situação dos bugios ruivos é considerada crítica, com uma população estimada em menos de 50 indivíduos. E pesquisadores soaram o alarme: é necessário intervir para evitar que o macaco desapareça de vez das florestas argentinas.

Os primeiros passos já estão em curso. Entre os dias 24 e 26 de abril, pesquisadores se reuniram para discutir a necessidade e a melhor estratégia para o manejo  para conservação do bugio-ruivo na argentina.

A ofivina foi promovida pelo instituto Missionero Biodiversidad, Ministério de Ecologia de Missiones e contou e contou com o apoio da Comissãopara Sobrevivência de Espéciesda União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN/SSC) e a presença de pesquisadores brasileiros. Tal presença de brasileiros não é à toa. Além do pais abranger a maior parte da população da espécie, a argentina não possui bugios em cativeiro. Portanto, eventuais reintroduções e reforços populacionais de bugios na Selva Missionera dependem de animais oriundos  de instituições brasileiras.

Falando em bugios, que se preparem os músicos e compositores pois se aprocehga, em São Francisco de Paula, o 30º Ronco do Bugio, um dos maiores e mais autênticos festivais nativistas do Rio Grande do Sul.      

 

PREMIADOS DA 29ª TAFONA DE OSÓRIO

 

Fonte: Blog Ronda dos Festivais / Jairo Reis

Já era madrugada de domingo, 28, quando os apresentadores oficiais da 29ª Tafona da Canção Nativa,  Analise Severo e Jean Kirchoff, anunciaram os destaques do festival realizado na cidade de Osório, nos dias 26 e 27 de maio.

A proclamação do resultado ocorreu logo após o espetáculo da dupla César Oliveira & Rogério Melo, durante o qual, os integrantes da comissão avaliadora, Adriano Sperandir, Gilberto Oliveira, Kako Xavier, Malu Benitez e Miro Saldanha, reuniram-se para apontar os merecedores da premiação prevista no regulamento do certame. Todos os Troféus oferecidos pelo festival levam o nome do falecido músico Carlos Catuípe, um dos mais importantes compositores de Osório e do Litoral Norte do RS.  

A 29ª Tafona aconteceu de forma integrada ao 39º Rodeio Internacional de Osório, um dos maiores eventos tradicionalistas do RS, cuja programação artística e campeira prossegue ao longo deste domingo.    Os dois acontecimentos são promovidos pela Prefeitura de Osório, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Turismo, Cultura e Juventude. A 29ª Tafona teve a coordenação de Julio Ribas, representando a Associação Cultural Sesmaria.

Confiram a seguir, o resultado completo da 29ª Tafona:

Primeiro Lugar: O HOMEM E O ESPELHO

Letra: Rodrigo Bauer

Melodia: Emerson Martins

Interpretação:  Márcia Freitas, Luciano Rodrigues e Emerson Boca

Samuel Costa:  Acordeon

Luciano Rodrigues: Violão e Vocal

Emerson Boca: Percussão e Vocal

 

Segundo Lugar:  CANÇÃO DE CÉU E MAR

Letra: Renato Junior/Ivo Ladislau

Melodia: Mário Tressoldi/Ivo Ladislau

Interpretação: Renato Junior e Grupo Chão de Areia

Flávio Junior: Voz e Percussão

Mário Tressoldi: Violão e Voz

Chico Saga: Contrabaixo e Voz

Anderson Oliveira: Acordeon

Maikel Luz: Teclado

 

Melhor Intérprete:  LUIZA BARBOSA

Música:  Meu Canto Não Tem Fronteiras

 

Melhor Instrumentista:  SAMUCA DO ACORDEON

Instrumento: Acordeon

Música:  O Homem e o Espelho

 

Melhor Letra:  ASSOMBRADO

Autor:  Robson Barenho

 

Música Mais Popular:  NA GARUPA DE UM ANDANTE

Letra: Patric Rodrigues/Carlos Reginaldo Pacheco

Melodia: Patric Rodrigues

Interpretação: Enzo munari

Tiago Munari: Contrabaixo

DaCostta: Bateria

Zelito Ramos: Violão

Léo Pereira: Gaita  

 

LER PARA CRER

- Léo Ribeiro - 

Quem tem o conhecimento

bombeia tudo de cima,

cria a sua doutrina,

não é folha solta ao vento. 

Aquele que tira um tempo

para ler, sabe opinar.  

Não se deixará dobrar,

pois entende o lado certo, 

trazendo o mundo pra perto

sem sair do seu lugar.

 

AS CADEIRAS ESTÃO RECLUSAS  

"Havia um tempo de cadeiras na calçada. Era um tempo em que havia mais estrelas. Tempo em que as crianças brincavam sob a claraboia da lua. E o cachorro da casa era um personagem. E também o relógio da parede! Ele não media o tempo simplesmente: ele meditava o tempo."

— Mário Quintana (1906-1994)

 

ATENÇÃO INTERESSADOS 

 

REPONTANDO DATAS / 25 DE MAIO 

NASCE ANTÔNIO DE SOUSA NETO 

Antônio de Souza Netto nasceu em Rio Grande em 25 de maio de 1803 e morreu em Corrientes em 2 de julho de 1866.

Veio ao mundo na estância paterna, em Capão Seco (Rio Grande), no distrito de Povo Novo; lá é lembrado pelo CTG General Netto (de Povo Novo). Era filho de José de Sousa Neto, natural de Estreito (São José do Norte), e de Teutônia Bueno, natural de Vacaria. Por parte de pai, era neto de Francisco Sousa, natural de Colônia do Sacramento. Descendia, pelo lado materno, do português João Ramalho, que vivia em São Paulo antes do povoamento e que casou com a índia Bartira (Isabel), filha do cacique Tibiriçá.

Era coronel comandante de legião da Guarda Nacional de Bagé, quando começou a Revolução Farroupilha. Organizou, junto com José Neto, Pedro Marques e Ismael Soares da Silva, o corpo de cavalaria farroupilha. Era o general da primeira brigada do exército liberal republicano.

Em 1º de junho de 1836, participou do ataque a Rio Grande sem sucesso. Após a Batalha do Seival, proclamou a República Rio-Grandense, no Campo dos Menezes, a 11 de setembro de 1836. Lutou em diversas batalhas pelos republicanos, tendo comandado o cerco a Porto Alegre, durante vários meses, e a retomada de Rio Pardo, que estava nas mãos dos imperiais.

Em 7 de janeiro de 1837, travou o combate do Candiota, em que foi derrotado por Bento Manuel, mas já no dia 12 de janeiro, em Triunfo, vencia as tropas do coronel Gabriel Gomes, que morreu em combate.

Em abril de 1837 comandou a conquista de Caçapava, recebendo a adesão dos novecentos homens da guarnição imperial ali comandada por João Crisóstomo da Silva, apoderando-se de quinze peças de artilharia, quatro mil armas de infantaria e farta munição de boca e de guerra. Esses recursos possibilitaram a subsequente conquista de Rio Pardo, a 30 do mesmo mês, levando a que o comandante militar da Província, marechal Barreto, respondesse a um Conselho de Guerra.

Em Rio Pardo, em 30 de abril de 1838, junto a Davi Canabarro, Bento Manuel e João Antônio da Silveira, derrotou os legalistas, comandados por Sebastião Barreto Pereira Pinto e os brigadeiros Francisco Xavier da Cunha e Bonifácio Calderón. Em 18 de junho de 1840, acampado perto do Arroio Velhaco, foi atacado de surpresa por Francisco Pedro de Abreu e perdeu diversos homens, inclusive o coronel José de Almeida Corte Real, um dos melhores oficiais farroupilhas.

Abolicionista ferrenho, foi morar no Uruguai após a guerra, com os negros que o acompanharam por livre vontade e onde continuou com a criação de gado.

Retornou à luta em 1851, na Guerra contra Rosas, com sua cavalaria na brigada de Voluntários Rio-Grandenses, organizada inteiramente à sua custa, o que lhe valeu a promoção a brigadeiro Honorário do exército, e a transformação de sua brigada em Brigada de Cavalaria Ligeira.

Voltou ao combate na Guerra contra Aguirre e depois, juntamente com seu exército pessoal, na Guerra do Paraguai. No comando em brigada ligeira fez a vanguarda de Osório na invasão do Paraguai, no Passo da Pátria, em 16 de abril de 1866. Sua brigada ostentava sempre, ao lado da bandeira do Brasil Imperial, o pavilhão tricolor da República Rio-Grandense. Na batalha de Tuiuti, foi importante na defesa do flanco da tropa brasileiro, mas foi ferido a bala e mandado para um hospital em Corrientes, Argentina, onde morreu e foi inicialmente sepultado. Em 1966, no centenário de sua morte, seu corpo foi exumado e transferido para um mausoléu em Bagé.

 

POR QUE OS CUSCOS VIVEM MENOS QUE NÓS

Companheiros - Gravura de Vasco Machado

Um dia o veterinário foi chamado para examinar um cão de 13 anos de idade que atendia por Batuta. A família esperava por um milagre.

Examinou o Batuta e descobriu que ele estava morrendo de câncer e que ele não poderia fazer nada…

Batuta foi cercado pela família. O menino, Pedro, parecia tão calmo, acariciando o cão pela última vez, e o veterinário se perguntava se o garoto entendia o que estava acontecendo. Em poucos minutos, Batuta caiu pacificamente dormindo para nunca mais acordar.

O garotinho que parecia aceitar sem dificuldade o acontecido ouviu a mãe se perguntando. -Por que a vida dos cães era mais curta do que a dos seres humanos?

Pedro disse: “Eu sei por quê.”

A explicação do menino mudou a maneira do veterinário ver a vida.

Ele disse: - A gente vem ao mundo para aprender a viver uma boa vida, como amar aos outros o tempo todo e ser boa pessoa, né?! Como os cães já nascem sabendo fazer tudo isso, eles não têm que viver por tanto tempo como nós.

Sintetizando o causo.

Se um cão fosse seu professor, você aprenderia coisas como:

* Quando teus entes queridos chegarem em casa, sempre corra para cumprimentá-los.

* Nunca deixe passar uma oportunidade de ir passear.

* Permita que a experiência do ar fresco e do vento no seu rosto seja de puro êxtase.

* Tire cochilos.

* Alongue-se antes de se levantar.

* Corra, salte e brinque diariamente.

* Evite “morder” quando apenas um “rosnado” seria suficiente.

* Em um clima muito quente, beba muita água e deite-se na sombra de uma árvore frondosa.

* Quando você estiver feliz, dance movendo todo o seu corpo.

* Delicie-se com a simples alegria de uma longa caminhada.

* Seja fiel.

* Nunca pretenda ser algo que não é.

* Se o que você quer, está “enterrado”… cave até encontrar.

* E nunca se esqueça:

Quando alguém tiver num mal dia, fique em silêncio, sente-se próximo e suavemente faça-o sentir que você está ali.

 

Autor: desconhecido

 

REPONTANDO DATAS / 23 DE MAIO 

Num dia 23 de maio, do ano de 1992 morria o cantor argentino Héctor Roberto Chavero que tinha por pseudônimo Athaualpa Yupanqui.

Athaualpa nasceu em Pergamino, Buenos Aires, em 31 de janeiro de 1908. Foi compositor, cantor, violonista e escritor. É considerado um dos maiores divulgadores da música folclórica daquele país. Suas composições foram cantadas por grande artistas como Mercedes Sosa, Alfredo Zitarroza, Elis Regina, entre outros.

Filho de pai quéchua e mãe basca, mudou-se ainda criança com a família para Augustin Roca em cuja ferrovia seu pai trabalhava. Com seis anos começou a ter aulas de violino e violão viajando diariamente 15 quilômetros para suas aulas. Quando tinha 13 anos teve suas primeiras obras literárias publicadas no jornal da escola. Nessa época, começou a utilizar o nome "Athaualpa" em homenagem ao último soberano Inca. Alguns anos depois, agregou "Yupanqui" ao seu pseudonômio, em homenagem a Tupac Yupanqui, penúltimo governante inca.

Quando tinha 19 anos, compôs a canção: "Camino del Indio", que se tornou um hino da identidade indígena na Argentina.

Depois de algum tempo viajando pelas Américas, em 1934, regressou à Argentina para se estabelecer em Rosário na Província de Santa Fé. Em 1935, mudou-se para Raco na Província de Tucumán. Percorreu muitas províncias em lombo de mulas para melhor conhecer as antigas culturas sul-americanas.

Em 1941, foi publicado seu primeiro livro de versos: "Piedra sola".

Em 1945, se filiou ao Partido Comunista da Argentina, junto com um grupo de intelectuais. Essa atitude resultou em represálias: proibiram sua atuação em teatros, rádios, bibliotecas e escolas, além de ter sido preso várias vezes.

Em 1947, publicou a novela "Cerro Bayo", que anos depois seria o roteiro do filme: "Horizontes de Puedra", com música e atuação como protagonista do próprio Yupanqui. Esse filme, em 1956, foi premiado no Festival de Cinema da Tchecoeslováquia.

Em 1949, fez uma viagem para a Europa para apresentar-se em diversos países. Em Paris gravou o disco "Minero soy", que obteve o prêmio de melhor disco estrangeiro de um Concurso Internacional de Folclore. Em 1953, retornou à Argentina e tornou publica seu desligamento do Partido Comunista da Argentina, que de fato ocorrera dois anos antes.

Em 1965, publicou o livro poético-autobiográfico: "El canto del Viento".

A partir de 1967 voltou a residir em Paris.

Em 1986, foi condecorado como Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras na França.

Após sua morte seus restos mortais foram enterrados em Cerro Colorado na Província de Córdoba.

Dentre suas canções mais populares, pode-se citar: "El arriero", "Trabajo, quiero trabajo" e "Los ejes de mi carreta".

 

ESSA TAL DE INTERNET

Sábado, 20, fiz uma postagem aqui no blog e no facebook sobre um retrato que tirei há 50 anos atrás (1973), nos tempos em que eu trabalhava numa banca de revistas na rodoviária de São Chico de Paula. Após meio século eu não sabia que fim tinham levado os meus amigos engraxates.

Pois no mesmo dia a Ana Toniello, irmã do José Toniello - que está ao meu lado com o cavaquinho - manteve contato comigo me fornecendo o telefone de seu mano. 

Liguei para ele e fiquei sabendo que os dois irmãos que estão a esquerda da foto, o Antônio e o Francisco, já morreram. Ele não tinha notícias do Serginho, que eu chamava de Pelézinho. 

O José me contou de suas jornadas e tratamos de nos encontrar pois está morando na subida da serra para São Chico, na beira da RS 020. 

Tenho minhas restrições em relação a internet pelo fato de que ninguém mais se fala pessoalmente mas, sem dúvida alguma, ela tem suas vantagens.

Me aguarde com um mate bem cevado, meu amigo José Toniello.      

REPONTANDO DATAS / 22 DE MAIO 

Fundação do Grêmio Gaúcho 

entidade que deu origem ao MTG

Instalação da nova diretoria do Grêmio Gaúcho, com retrato do presidente cel. Otaviano de Oliveira em destaque, 1919.

Localizado no bairro Medianeira, tinha como objetivo principal exaltar antigas tradições gaudérias, bem como ser um instrumento de reação a uma crise social que os associados pressentiam no final do século XIX.

Foi fundado em 22 de maio de 1898 em uma discreta reunião campestre de domingo, em algum ponto da Estrada da Cavalhada, ao sul de Porto Alegre. No domingo seguinte, outra reunião estabeleceu os estatutos e elegeu a primeira diretoria.

Inicialmente presidido por João Cezimbra Jacques, com outros vinte sócios, foi o precursor do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Assinaram seus estatutos: capitão João Cezimbra Jacques; Lúcio Cidade; Armando Salgado; José Obino; alferes Eulálio Franco Ribeiro; alferes Abrelino da Costa Godinho; alferes Hermes Borges de Andrade; alferes Timóteo do Amaral Oistrech; alferes Olímpio Antônio dos Santos Rosa; Emílio Castilhos; Lino Jacques; major Marcos Alves Pereira Salgado; Izolino Leal; Armando Assis; Domingos Macedo; Antônio M. Teixeira; Pedro Alexandrino de Borba; Estácio José Pacheco; Adolfo de Albuquerque Belo; Ildefonso Soares Pinto; Otaviano Manuel de Oliveira; Firmino Soares de Oliveira Neto.

Outros presidentes dos primeiros anos foram o major Tomás Joaquim Teixeira, oficial do exército leal a Júlio de Castilhos e o tenente-coronel Francelino Cordeiro, oficial da Brigada Militar.

 

Santa Maria, será palco do Rodeio de Poetas 

da Estância da Poesia Crioula

Dentro do processo de interiorização de suas atividades e atendendo aos inúmeros sócios espalhados por todo o Estado, a Estância da Poesia Crioula realizará seu 65º Rodeio de Poetas na Cidade Coração do Rio Grande, ou seja, a velha e lendária Santa Maria da Boca do Monte.

Nossa Academia Xucra do Rio Grande, como é carinhosamente conhecida, no dia 01 de julho, logo após a efeméride de São Pedro, Padroeiro da entidade, vai comemorar mais um aniversário com uma programação intensa tendo por local o CTG Sentinela da Querência no bairro de Camobi.

O evento terá como Patrono Espiritual Chico Ribeiro; Poeta Homenageado, Paulo de Freitas Mendonça e a participação da Invernada de Declamação do CTG além da Academia Santa-Mariense de Letras. 

 

RS TEM NOVO PRENDADO

Foto: Rogério Bastos

Fonte: Site do MTG

É de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a 1ª Prenda do Estado, ANNA JÚLIA DOS SANTOS FRAGA. Confira os resultados:

3ª PRENDA MIRIM - NADINE MACHADO BARBOSA SÃO GABRIEL/18ªRT  CTG CAIBOATÉ

2ª PRENDA MIRIM - GIOVANA ARRUDA RODRIGUES SANTA MARIA/13ªRT DTCE MARCAS DO PAMPA

1ª PRENDA MIRIM - KELLI LARISSA PLETSCH TRÊS PASSOS/20ªRT CTG MISSIONEIRO DOS PAMPAS

3ª PRENDA JUVENIL - EVA SOFIA DIAS DA SILVA SANTO ÂNGELO/3ªRT CTG VINTE DE SETEMBRO

2ª PRENDA JUVENIL - ISADORA BIESEK CASTELLANI BENTO GONÇALVES/11ªRT CTG HERDEIROS DA BOMBACHA

1ª PRENDA JUVENIL - LAURA SCHWEIGERT BRASEIRO TRÊS PASSOS/20ªRT CTG MISSIONEIRO DOS PAMPAS

3ª PRENDA ADULTA - TASSYA PEREIRA MARASCIULO RIO GRANDE/6ªRT CCN SENTINELA DO RIO GRANDE

2ª PRENDA ADULTA - CRISTINA KUNZLER DIEMER TRÊS PASSOS/20ªRT CTG MISSIONEIRO DOS PAMPAS

1ª PRENDA ADULTA - ANNA JÚLIA DOS SANTOS FRAGA PORTO ALEGRE/1ªRT "35" CTG.

Nota do blog: Chamou a atenção na relação das prendas que receberam faixas, o CTG Missioneiro dos Pampas, de Três Passos, da 20ª Região Tradicionalista. Suas prendas foram muito bem preparadas pois obtiveram o primeiro lugar nas categorias Mirim e Juvenil e o segundo lugar na categoria Adulta.  Na linguagem gauchesca por pouco não fazem "barba, cabelo e bigode".

Parabéns a todas as concorrentes.   

 

POR ONDE ANDARÃO?  

Revirando uns retratos numa caixa de sapatos encontrei esta foto que me trouxe muitas recordações. Pela data no verso a chapa completa meio século em julho. 

Quando trabalhei de vendedor numa banca de revistas na estação rodoviária de São Francisco de Paula meus grandes amigos eram os engraxates. Para ganharem alguns trocados, além de lustrarem os sapatos dos viajantes, compramos alguns instrumentos musicais para que fizessem suas "apresentações". 

Hoje eu me pergunto por onde andarão aqueles meninos? O que foi feito de suas vidas? Tiveram oportunidades? 

Vocês já pensaram quantas pessoas passam por nossa existência sem que tenhamos mais notícias? 

O tempo vira lembranças e as lembranças transformam-se em saudades. 

A nostalgia me bate.

Primeiro emprego (oficial)

vendendo disco e jornal,

bugigangas de mascates. 

E a turma de engraxates,

onde andarão meus parceiros?

Emocionou-se um campeiro....

A saudade é um veneno

e... por ter os olhos pequenos,

eu sempre choro primeiro.  

Legenda: 

Foto 01: Antônio, Francisco, José, Léo e Pelezinho.

Foto 02: Dedicatória  

 

 

REPONTANDO DATAS / 19 DE MAIO 

APARIÇÃO DE JACOBINA MAURER

Num dia 19 de maio, do ano de 1872, Jacobina Mentz Maurer (a líder dos Mucker), aparece vestida de branco ao pastor luterano João Jorge Klein, dizendo ser Jesus Cristo. O pastor crê e se postra de joelhos, adorando-a.

O casal Mauer, João Jorge e Jacobina Mentz Maurer, organizadores do ‘movimento milenarista’ entre os colonos de origem alemã da cidade de São Leopoldo, também foram fieis as tradições: Jacobina casou-se vestida de preto.

Em 1824 o governo brasileiro cria uma colônia alemã no Rio Grande do Sul. Muitos passam a imigrar da Alemanha para o Brasil. Os avós de Jacobina imigraram para São Leopoldo. Fugiram da Alemanha pois estavam sendo perseguidos após abandonarem a Igreja Evangélica e criarem uma seita própria.

Jacobina Mentz é criada em Sapiranga, em meio a uma comunidade de imigrantes alemães fanáticos. Sua família foi responsável pela construção da primeira igreja protestante do Sul do Brasil.

Um dos momentos mais conturbados da história de Sapiranga se deu no final do século XIX. Jacobina Mentz e seu marido, João Maurer, fundaram uma seita religiosa no Morro Ferrabráz, em que os membros eram conhecidos como muckers (em alemão significa falso santo).

Jacobina e João Jorge Maurer se conheceram em Hamburgo Velho, na metade do século XIX. Casaram-se e mudaram-se para Leoner-Hof (como era denominada Sapiranga). Jacobina sofria de ataques epilépticos, desde criança, o que fazia com que ela fosse vista como vítima de um transtorno do sistema nervoso, agravados por leituras de natureza religiosa.

Além disso, Jacobina auxiliava o marido no curandeirismo. Naquela época, os médicos eram escassos. Então, as pessoas apelavam para os curandeiros. Aos poucos, Jacobina misturava a religião com o atendimento aos doentes, através de leituras de passagens bíblicas para os pacientes. Logo, ela tornava-se famosa por suas meditações milagrosas.

Os adversários de Jacobina, preocupados com os acontecimentos no Ferrabraz, realizaram um abaixo-assinado, levando a imprensa da época a tomar partido contra Jacobina.

Em pouco tempo surgiram diversos conflitos entre esses dois grupos, acarretando em violência e mortes. Em 28 de junho de 1874, forças policiais atacaram os muckers, que venceram o conflito. Isso contribuiu para a crença da divindade de Jacobina. Após outro ataque falho, Jacobina conseguiu fugir e se esconder no Ferrabraz. O fim do conflito se deu em 2 de agosto do mesmo ano, quando um traidor levou as forças policiais até o esconderijo de Jacobina Mentz, que foi morta junto da maioria dos muckers.

ESCOLHIDA RELATORIA DA PEC DOS SÍMBOLOS 

Na terça-feira (9), durante reunião ordinária da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia foi distribuída a Proposta de Emenda à Constituição 295/2023, que institui a proteção e imutabilidade dos símbolos do Estado do Rio Grande do Sul.

Três deputados pediram a relatoria da matéria, a presidente da Comissão, Sofia Cavedon, e os deputados Felipe Camozzato e Professor Claudio Branchieri. Seguindo o regimento interno, não havendo acordo, foi designada para relatar a PEC a deputada Eliana Bayer (Republicanos).

O projeto de Emenda à Constituição do RS foi apresentado pelo deputado Rodrigo Lorenzoni (PL) e subscrito por 19 deputados da Casa. De acordo com Rodrigo, "é preciso garantir que os nossos símbolos, bandeira, brasão e hino, sejam protegidos, pois são legados, contam a aguerrida história da formação do nosso Rio Grande e não devem ser modificados só porque alguns não gostam. E se acontecer uma discussão sobre isso, que ela seja ampla e envolva a todos".

 

LAÇADOR GANHA FILME 

Divulgação Spectra Filmes

Segundo o colunista de Zero Hora Caio Cigana, o monumento ao Laçador, obra do escultor pelotense Antônio Caringi que teve Paixão Côrtes como modelo, virou filme. 

O longa-metragem Monumental! O Restauro de um Símbolo terá três exibições de estreia, duas em Porto Alegre e uma em Pelotas. Todas as sessões serão gratuitas e abertas ao público. O documentário é uma iniciativa do Sinduscon-RS e conta a história da estátua, do seu criador, e contextualiza os passos do processo da recuperação da obra, um dos símbolos da capital.  

Conduzida pela Spectra Filmes, a produção ocorreu em duas etapas: o registro da restauração e a filmagem dos depoimentos e cenas de rua. A primeira ideia era fazer um média-metragem, mas percebeu-se que havia material de qualidade para um longa. As imagens, além do acervo histórico, contam com gravações que ocorreram em Pelotas, Caxias do Sul e Porto Alegre. A narração é feita como se fosse a própria estátua contando a sua trajetória. 

Na capital a estreia será no próximo dia 24, às 19h, na cinemateca Capitólio. A segunda sessão, com debate, será dia 31 às 18h, na Casa de Cultura Mário Quintana. A exibição em Pelotas ocorrerá em junho.