REVOLUÇÃO DE 1923 - PARTE VIII
A Pacificação
Os esforços do Marechal
Setembrino de Carvalho não foram em vão. Assinou-se a 7 de novembro um acordo
provisório de armistício e a 14 de dezembro lavrou-se o tratado de paz, ao
mesmo tempo que se recolhia a assinatura de Assis Brasil em sua estância de
Pedras Altas e a de Borges de Medeiros no Palácio do Governo, em Porto Alegre.
O Acordo de Pedras Altas, como
ficou conhecido, trazia para o Rio Grande, em troca de mais um período de
governo de Borges de Medeiros, com término em 1928, a proibição da reeleição,
conforme o padrão federal.
Transigia Assis Brasil por saber
que "mais que um homem vale um sistema"; transigia Borges de
Medeiros, abrindo mão de suas exigências de intocabilidade da Constituição que
lhe garantia, por tanto tempo, o acúmulo do poder Executivo e do Legislativo, e
a reeleição consecutiva, comprometendo-se à reforma da Constituição
castilhista.
O pacto realmente significava a
derrocada do sistema contra o qual nada pudera, 30 anos antes, a longa e
cruenta Revolução Federalista de 93 que buscara anular a Constituição Estadual
elaborada por Júlio de Castilhos.