CARAVANA DA BARRANCA
estará hoje em Porto Alegre
Em alusão aos 50 anos do Festival
da Barranca, comemorados em 2023, uma série de atividades culturais está
programada para o ano, promovidas pelo Grupo Amador de Arte Os Angueras. A
programação começou no dia 5 de abril, em São Borja, município que é sede do
festival. O show musical Caravana da Barranca ocorreu no Centro Nativista
Boitatá, com a apresentação de canções compostas durante as edições de um dos
mais longevos festivais do Rio Grande do Sul.
Nesta terça-feira (18), a
Caravana da Barranca estará no Theatro São Pedro, na Capital, apresentando os
mesmos elementos musicais, além de poesia, teatro e um recorte da arte que é
produzida na beira do Rio Uruguai. A entrada do evento é livre e gratuita e
contará com medidas de acessibilidade. O show terá nomes consagrados da música
gaúcha, como Luiz Carlos Borges, Elton Saldanha, Pirisca Grecco, Érlon
Péricles, Ângelo Franco, Sérgio Rojas, Vinicius Brum e Carlos Cachoeira.
A comemoração do cinquentenário
do Festival da Barranca foi aprovada como projeto pela Lei de Incentivo à
Cultura, sistema Pró-Cultura, com patrocínio da empresa Albaruska e apoio do
Instituto Federal Farroupilha de São Borja. Desta forma, a programação seguirá
ao longo do ano, com lançamento de um álbum, livro e exposição de fotos, além
dos shows da Caravana da Barranca.
Conforme Telmo Motta, presidente
do Os Angueras, Caravana da Barranca foi criada pelos participantes do Festival
da Barranca, que viajavam de Porto Alegre para São Borja.
– Chamaram de Caravana da
Barranca porque eles começaram a se apresentar em algumas cidades, no caminho.
A maioria vinha e ainda vem de ônibus. A caravana se apresenta em todos os anos
quando chega em São Borja, sempre na quarta-feira, antes da Páscoa. A
apresentação desse ano contou com 33 artistas – explica Motta.
Ou seja, a Caravana é uma amostra
do que é fruto do Festival da Barranca, onde só entram os convidados. Nos
shows, o público conhece não apenas as canções escritas durante as edições da
Barranca, mas as histórias lá vivenciadas.
História
Os Angueras, grupo que criou e
promove até hoje o Festival da Barranca, foi fundado em 1962 por seis casais.
De acordo com Motta, os homens do grupo se reuniam em pescarias e, entre eles,
alguns cantavam e tocavam instrumentos. Na Semana Santa de 1972, o que era uma
pescaria acabou se tornando o Festival da Barranca, às margens do Rio Uruguai.
À época, a iniciativa contou com figuras como Apparício Silva Rillo, José Lewis
Bicca, Carlos Castilhos e Antonio Augusto Fagundes – Nico Fagundes, inclusive,
venceu a primeira Barranca com a música Eu e o Rio.
O encontro segue algumas regras
estabelecidas desde seu início, como o tempo para compor suas canções. O tema é
anunciado no começo da noite da Sexta-Feira Santa e, no sábado à noite, os
músicos têm que apresentar as obras. Além disso, o festival é apenas para
convidados e, exclusivamente, homens.
O presidente dos Angueras
salienta que, ao longo dos anos, houve a preocupação em melhorar e fazer
mudanças no formato do festival:
– Pensamos em fazer alguma coisa
diferente, mas ninguém quer que seja diferente. Como não é um festival para o
público, os barranqueiros preferem manter as características de como sempre
foi.
A 50ª edição do festival
regionalista há mais tempo em atividade, que só não ocorreu durante a pandemia,
reuniu cerca de 320 pessoas. A temática desta edição para as composições foi:
Lembrança, Canto e Vida.
PROGRAMAÇÃO
CARAVANA DA BARRANCA
/// Quando: 18 de abril, às 20h
/// Duração: duas horas
/// Classificação: livre
/// Onde: Theatro São Pedro,
Praça Mal. Deodoro, s/n°, Centro Histórico
/// Entrada: gratuita, mediante a
entrega de 1 quilo de alimento não perecível
DEMAIS EVENTOS PREVISTOS
/// De 11 a 30 de maio –
Exposição de fotos no Teatro Renascença, na Capital
/// Julho – Lançamento do
documentário em São Borja e exposição de fotos no Museu Ergológico de Estância
Os Angueras
/// Agosto – Lançamento do livro
em São Borja, na Sede do Os Angueras
/// Setembro – Lançamento do
álbum dos 50 anos, com distribuição nas plataformas digitais
/// Outubro – Lançamento do
documentário no cinema da Casa de Cultura Mario Quintana
/// Novembro – Lançamento do
livro na Feira do Livro de Porto Alegre