RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Gênero musical Bugio é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Sul

domingo, 30 de abril de 2023


PROVINCIANO 



Cada qual com suas baldas. Quando saio do Brasil sempre carrego a bandeira do Rio Grande comigo. Alguns viajantes gaúchos preferem incorporar um chiado na voz passando a impressão aos estrangeiros de que são cariocas. Meu gesto não traz nenhuma conotação de superioridade mas sim uma demonstração de carinho aos nossos costumes e a nossa história.   

Agora, numa cruzada pela Itália, no apuro de arrumar as malas esqueci de pegar minha bandeira. Pois em Roma encontrei um casal de Lageado Grande fotografando com o manto sulino. Não tive dúvidas em pedir emprestado para um retrato. Gracias, meu amigo Rudi Becker.

Alguns vão me chamar de provinciano, mas tudo bem. Deixa assim. Só eu sei o orgulho que sinto quando o guia, diante do monumento de Giuseppe Garibaldi, o maior herói nacional da Itália, cita que ele “lutou no Brasil”.

Me dá vontade de dizer a ele que os mais valentes guerreiros que o Herói de dois Mundos conheceu foram os Farrapos. Isto está contido na Carta de Garibaldi aos Gaúchos, a qual vamos postar aqui amanhã. 


  

 

REPONTANDO DATAS / 30 DE ABRIL


 


Praça 30 de Abril, ou Praça da Cruz do Barro Vermelho

 
Num dia 30 de abril, do ano de 1838, acontece o Combate do Barro Vermelho, na Tomada de Rio Pardo, uma das maiores vitórias dos farroupilhas na Guerra dos Farrapos.

Cerca de 5 mil homens se enfrentaram, numa das maiores vitórias dos rebeldes gaúchos em toda a campanha.

Bento Gonçalves, Bento Manuel Ribeiro, Antônio de Souza Netto e Domingos Crescêncio comandaram os farrapos que atacaram Rio Pardo. O marechal Sebastião Barreto e o major José Joaquim de Andrade e Neves, ao perceberem que não conseguiriam defender a cidade, ordenaram que os soldados resistissem, enquanto reuniam os outros oficiais para fugir de barco pelo Rio Jacuí, segundo o historiador militar Lucas Alexandre Boiteux.

Tomando a cidade, Souza Netto capturou a banda imperial e encomendou ao seu maestro, Joaquim José de Mendanha, a composição de um hino para os separatistas. O músico entregou o hino em cinco dias. A letra foi escrita pelo poeta Serafim de Alencastro, capitão das forças rebeldes. Contudo, foi Francisco Pinto da Fontoura, o Chiquinho da Vovó, que compôs a letra cantada até hoje e que foi oficializada como Hino Rio-grandense.

No local existe hoje a Praça 30 de Abril, também chamada de Praça da Cruz do Barro Vermelho. No ano do centenário do confronto foi erguida uma cruz como monumento aos mortos. Em 2011 a praça ganhou uma escultura do arquiteto e artista plástico Sérgio Coirolo (foto).


sábado, 29 de abril de 2023


CENAIR MAICÁ PARA SEMPRE




Estará sendo inaugurada hoje, 29 de abril, em São Miguel das Missões o monumento em memória ao "cantor das águas" Cenair Maicá, obra do escultor Vinícius Ribeiro. 

A estátua de quatro metros de altura pesa quatro toneladas e está localizada na Praça Antunes Ribas, num local preparado em formato de violão, na zona urbana da cidade do noroeste gaúcho.

A solenidade será neste sábado às 15h30, em evento de celebração dos 35 anos de emancipação desta cidade missioneira. A inauguração será precedida de grandes homenagens além de diversas apresentações artísticas. 

 

REPONTANDO DATAS / 29 DE ABRIL


Num dia 29 de abril do ano de 1976 morria em Porto Alegre o poeta rio-grandense Guilherme Schultz Filho. 


Guilherme Schultz Filho


Guilherme Schultz Filho nasceu no dia 02 de abril de 1911 na cidade de Carazinho, mais precisamente na Vila Santa Terezinha, distrito de São Bento, e morreu num dia 29 de abril de 1976, em Porto Alegre. Foi um grande poeta gauchesco, autor do clássico poema Gesta De Um Clarim. Filho de Guilherme Schultz (médico alemão, de Westphalia, e bandoleiro da Revolução de 1923) e de Ponciana Fiúza Schultz. Ele foi casado com Maria Borges de Almeida Peres Schultz e não teve filhos.

Guilherme Schultz Filho foi Secretário de Turismo do Estado, Presidente da Estância da Poesia Crioula e, por duas gestões, Presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho. O nome da biblioteca do M.T.G. leva seu nome.

Uma das poesias mais conhecidas de Guilherme se chama Pingos cujo primeira estrofe é a seguinte:

 
Em cada ronda da vida
eu tive um pingo de lei.
Montado, sou como um rei,
pelo garbo e o entono.
Cavalo pra mim é um trono:
e neste trono me criei. 


sexta-feira, 28 de abril de 2023

 PERSONAGENS DA REVOLUÇÃO DE 1923

CABO TOCO


A Revolução de 1923, cujo centenário é o Tema dos Festejos Farroupilhas de 1923, já foi matéria de pesquisa nosso blog através de sete postagens que retrataram dos seus antecedentes até suas consequências. Agora, estamos rememorando personagens importantes deste que foi o último conflito em solo gaúcho.    



Primeira mulher a integrar as fileiras da corporação da Brigada Militar, em 1923. Participou dos movimentos revolucionários de 1923, 1924 e 1926. Cabo Toco é a patrona da primeira turma de Policiais Militares Femininas do Estado do Rio Grande do Sul.

Olmira Leal de Oliveira nasceu em 18 de junho de 1902, na localidade de Camaquã, em Caçapava do Sul, filha de Francisco José de Oliveira e Auta Coelho Leal de Oliveira. Aos 21 anos de idade foi recrutada para integrar as fileiras da Brigada Militar, como enfermeira e combatente no 1º Regimento de Cavalaria, hoje 1º Regimento da Polícia Montada , com sede em Santa Maria. Graduada a cabo e devido a sua baixa estatura, atendia por “Cabo Toco.”

Cabo Toco era uma apaixonada por queimar cartuchos, não se limitando apenas às atividades de apoio. Empunhando seu fuzil, lutava lado a lado com a mesma valentia dos demais soldados. Depois de passar por várias batalhas com destaque de bravura, deixou a corporação em 1932. Casou com Antonio Martins da Silva, em 1951. Ficou viúva em 1954, e passou a viver de pequena pensão deixada pelo marido. Mulher forte, guerreira, símbolo vivo da história do Rio Grande do Sul, sem descendentes, vivia em uma casa paupérrima na periferia de Cachoeira do Sul. Andava pelas ruas com sua velha carroça, cansada e sem rumo, carregando consigo a história que o povo não conhecia.

Mesmo sendo considerada uma heroína, Cabo Toco só ficou conhecida depois que, em 1987, Nilo Bairros de Brum e Heleno Gimenez venceram a 5ª Vigília do Canto Gaúcho de Cachoeira do Sul com uma canção contando a sua história, na voz de Fátima Gimenez. Para a composição da letra, os autores tiveram que conquistar a sua confiança, para saber um pouco da sua trajetória de vida junto aos movimentos revolucionários, pois ela não gostava de falar do passado, e também tinha muita desconfiança com estranhos. Cabo Toco esteve presente na entrega da premiação da música, e viveu momentos de pura emoção ao ver sua vida contada em uma linda canção, apresentada para um grande público, que na sua maioria nem sequer sabia da sua existência.

Cabo Toco, quando faleceu, recebia pensão vitalícia especial, correspondente ao cargo de 2º Sargento da Brigada Militar concedida havia poucos anos, por parte do Governo do Estado. Olmira Leal de Oliveira faleceu em 21 de outubro de 1989, em Cachoeira do Sul, e está sepultada no Cemitério Municipal de Caçapava do Sul.

Na sua terra natal, foi homenageada com a denominação de uma Rua localizada no Bairro Mercedes, quadra compreendida entre as ruas Esperanto e Cel. Baltazar de Bem, através de Lei Municipal nº 054, de 08 de dezembro de 1989. A Brigada Militar de Caçapava do Sul também homenageou Cabo Toco em 21 de abril de 2007, colocando uma placa em seu túmulo com uma frase que faz parte da letra da música: ”Entrei de frente na história e, acredite quem quiser, em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher”.

Dia 30 de abril, a Guarda de Infantaria Farroupilha homenageou Olmira Leal de Oliveira – “Cabo Toco” – in memoriam, em frente ao “Reducto Farroupilha”, hoje Centro Municipal de Cultura Arnaldo Luiz Cassol.

 

 

quinta-feira, 27 de abril de 2023

 

DE CHAPÉU OU DE ÓCULOS


Meu amigo Adão Bueno, ex-integrante do Grupo de Arte Nativa Os Muuripás e um grande declamador, tem uma tese curiosa. O gaúcho não fica bem de chapéu e óculos. Ou uma coisa ou outra.

Eu tento seguir esta teoria. Sabedores que dificilmente ando pilchado de chapéu e óculos e nas oportunidades em que estou somente de chapéu diversas vezes já passei por situações constrangedoras por não reconhecer pessoas ou por ter que ler um texto e não conseguir, meus “amigos” me mandaram este cartum.




   


quarta-feira, 26 de abril de 2023

 

UM GRANDE GAITEIRO


Jackson Machado


Jackson toca gaita desde os 13 anos por influência do pai, Jorge Machado, um músico amador que costumava se apresentar em um programa de rádio transmitido de associações ou Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) de Butiá às sextas-feiras. No encontro, já extinto, os participantes interpretavam ao vivo músicas de artistas gaúchos. Jackson acompanhou o pai até o dia 29 de novembro de 2019.

— Ele estava tocando e foi encerrar o programa. Quando terminou a música, largou a gaita no chão, caiu e morreu. Acreditamos que tenha sido um infarto — conta o jovem, que mora com a mãe em Butiá.

Adotou o “Machado” do pai para o nome artístico e herdou uma das gaitas. Por conta da deficiência, o músico não consegue tocar os baixos da gaita - botões na extremidade esquerda que exercem função de acompanhamento. É com a direita que consegue executar as músicas. O braço esquerdo ajuda no “balanço” do fole da gaita.

— Meu professor foi meu pai, mas sempre pego os grandes nomes da música e presto atenção: olho e tento reproduzir, mesmo com a dificuldade que tenho. Vou escutando e adaptando para meu jeito de tocar, tentando chegar o mais próximo do original. Nasci ouvindo música e pretendo ser músico até o fim da minha vida — afirma.

Além do pai, cita outros que o fizeram amar a gaita: Luciano Maia, um acordeonista gaúcho que mora em Lisboa, é a principal referência do jovem no instrumento. Gosta também dos Monarcas, Os Serranos, Albino Manique, além de artistas sertanejos.

No dia 2 de dezembro de 2022, o cantor e violonista Gabriel seguia sozinho para tocar em um evento em Aceguá, na fronteira com o Uruguai. Estava há dois anos à procura de um gaiteiro para acompanhá-lo, pois “estava difícil de achar”. Antes, porém, parou em Butiá para uma apresentação em uma pastelaria. No local, tocou músicas nativistas e sertanejas a pedido do público por 40 minutos, com um gaiteiro com quem não conseguia “se entrosar” naquela noite.

Foi quando, motivado pelo dono da pastelaria, o rapaz que havia emprestado a gaita para o show assumiu o instrumento. Gabriel sabia algumas coisas do jovem: era irmão de um amigo e uma pessoa com deficiência. O que o cantor não fazia ideia era que Jackson era gaiteiro, mesmo com a limitação das mãos.

— Foi uma surpresa, me comovi bastante. Ele foi fazer uma participação e continuamos até o fim da noite. Parecia que tocávamos juntos há 10 anos — conta Gabriel.

A parceria daquela noite aproximou os músicos, que, cinco dias depois, subiram ao palco para se apresentar juntos como dupla pela primeira vez, também em Butiá. Desde então viajam para se apresentar em municípios gaúchos.

— Me disseram há alguns dias: “Bah, o Gabriel poderia ter arrumado outro tipo de gaiteiro, melhor que ele (Jackson)”. Não, o melhor gaiteiro para mim é o Jackson. É um cara que veio para completar a minha vida — diz o cantor.

Jackson completou o Ensino Médio - sem repetir de ano, ele sublinha - e até os 11 anos frequentou a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em Porto Alegre, onde fazia atividades de desenvolvimento dos braços. Segundo ele, um diagnóstico apontou que uma malformação na gestação foi a responsável pelo desenvolvimento incompleto das duas mãos (leia mais sobre isso no fim da reportagem). Ele relata ter tentado formas de remediar a condição: 

— Sempre consegui me adaptar melhor sem próteses. Hoje, as dificuldades são mínimas. Faço tudo sozinho: dirijo, me alimento, sem uso de adaptação. As pessoas tiram fotos, filmam, me tratam normalmente. Se algum dia falaram alguma coisa, nunca dei bola também, porque isso (a deficiência) nunca me afetou. Sempre tive amigos, e eles nunca foram preconceituosos comigo. Na escola sempre fui querido por todos, graças a Deus. Tenho uma vida normal.

Texto: Vinicius Coimbra / RBS

Foto: André Ávila

 


terça-feira, 25 de abril de 2023

 

REPONTANDO DATAS / 25 DE ABRIL


 

Num dia 25 de abril de 1961 morria em Porto Alegre, Antônio Augusto Borges de Medeiros, o Antônio Chimango. O gaúcho que mais tempo governou o Rio Grande.


Rui Biriva

Também num 25 de abril mas no ano de 2011, aos 53 anos, partia deste plano o cantor Rui Biriva. O "Tchê Loco" era apresentador do programa Paralelo Sul da TVE e intérprete multi premiado em festivais nativistas. Uma de suas composições mais destacadas foi Castelhana, em parceria com Elton Saldanha.

Rui Biriva nasceu em Horizontina como Rui da Silva Leonhardt. Filho de Adalíbio e Malvina, pequenos agricultores, Rui era o caçula de outros três irmãos. A partir dos 12 já participava dos festivais estudantis de música. Aos 14 anos conquistou seu primeiro prêmio, o 3° Festival Estudantil da Canção (FEC), da cidade de Três de Maio, interpretando a música "Good Bye My Love Good Bye", de Demmis Roussus. Foi lá que entrou para seu primeiro grupo musical, o Magia Som, conjunto de covers que interpretava músicas de nomes como: Led Zeppelin, Yes, Deed Purple, Elton Jonh e Rod Stewart. Apresentavam-se, principalmente na região de Santa Rosa.

O sucesso e o apelido, Biriva, vieram na década de 80. Em 1981 foi convidado pelo prefeito de Horizontina, Irineu Colato, seu professor na escola, para virar seu assessor em Brasília, depois que este se elegeu deputado federal. Logo depois, porém, o músico desistiu de trabalhar na capital federal e pediu para ser transferido para Porto Alegre. Na Assembleia Legislativa, foi convidado a interpretar a música Birivas, na 4ª Seara da Canção, em Carazinho, em 1984. Aliada à interpretação do cantor, a composição vence a linha Galponeira do festival, e Biriva leva o prêmio de melhor intérprete do evento e o novo batismo, com seu nome associado à canção.



segunda-feira, 24 de abril de 2023

 

35 CTG, CHURRASCO, CHIMARRÃO...


 

35 CTG - Foto: Léo Ribeiro

Num dia 24 de abril, do ano de 1948, era fundado o "35" CTG, o Pioneiro das entidades tradicionalistas no Rio Grande do Sul. Mal comparando, o "35" está para os centros de tradições como a Califórnia da Canção Nativa está para os festivais nativistas, ou seja, foi a vertente, a ponta do esquadrão de lanceiros.

Pelo portal desta casa de cultura gauchesca encravada de fronte ao Riacho Ipiranga, bem perto de onde travou-se a primeira batalha na Guerra dos Farrapos, grandes nomes cruzaram, altaneiros, pacholas, com um violão a tiracolo, com uma cordeona a meia espalda, para, ali, expandir seus sentimentos nativos. Lindas prendas sarandearam dentre estas quinchas protetoras, crianças viram brotar e germinar a mais pura cultura rio-grandense. O "35" é um mangrulho bombeando o cruzar das gerações cultoras do gauchismo, um guardião de nossos costumes.

Em função do aniversário do 35 CTG, através da Lei Estadual nº 11.929, de 20 de junho de 2003, na data de hoje também se comemora o Dia do Churrasco e o Dia do Chimarrão, comida e bebida símbolos de nosso Estado.


 

É MISSIONEIRO O PEÃO FARROUPILHA


Fonte e foto: Blog do Rogério Bastos


O Rio Grande tradicionalista esteve reunido no 34º Entrevero Cultural de Peões do Estado, entre os dias 20 e 22 de abril, em Ijuí, Terra das Etnias, para a escolha do representante da cultura e do campeirismo gaúcho.

    O evento teve a organização do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), 9ª Região Tradicionalista, GF Chaleira Preta e Prefeitura Municipal de Ijui. O evento reuniu a comunidade tradicionalista do estado para assistir as provas dos 36 candidatos ao cargo de peão, guri e piá farroupilha do RS, representando 17 RTs.

    Depois de fazer uma prova escrita sobre história do RS, tradicionalismo, e folclore, os candidatos passaram por uma prova artística na sexta, 21, onde cantaram, tocaram um instrumento ou declamara, executaram as danças gaúchas, tradicional e de salão, e no sábado participaram das provas campeiras, encilhando, andando a cavalo, fazendo prova de rédeas, aparte e laço. Provas de galpão como o charque, churrasco, trança e chimarrão também fizeram parte deste grande teste para escolher o novo representante da juventude tradicionalista.

    O Entrevero foi criado no ano de 1988, com o título de “Concurso Troféu Farroupilha”, sendo realizado no ano seguinte, em suas três fases. Inicialmente foi realizado junto com o Concurso Estadual de Prendas, no ano de 1989. Em 1991, passou a ser realizado junto a Festa Campeira do Rio Grande do Sul (FECARS), mas, a partir de 1992 o evento ganhou local próprio para sua realização, a cidade do Peão Farroupilha. No ano de 1995 foi criada a categoria juvenil, denominada de “Guri Farroupilha” e, em 2012, a categoria mirim, o “Piá Farroupilha”.

    O vencedor foi o missioneiro Andrei Luiz Fonseca, 27 anos, de Entre-Ijuis, 3ª Região Tradicionalista, representando o CTG Passo do Ijuí, que sediará o evento em 2023.



 

POEMA A AMIZADE 

(Albert Einstein)

  

Gravura: Léo Ribeiro

 

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...

Mas, enquanto houver amizade,

faremos as pazes de novo.

 

Pode ser que um dia o tempo passe...

Mas, se a amizade permanecer,

um do outro há de se lembrar.

 

Pode ser que um dia nos afastemos...

Mas, se formos amigos de verdade,

a amizade reaproximar-nos-á.

 

Pode ser que um dia não mais existamos...

Mas, se ainda existir amizade,

nasceremos de novo, um para o outro.

 

Pode ser que um dia tudo acabe...

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente.

Cada vez de forma diferente.

Sendo único e inesquecível cada momento

que junto viveremos e lembraremos para sempre.

 

Há duas formas para viver a vida:

 

Uma é acreditar que não existe milagre.

A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.


- Uma boa semana a todos -


domingo, 23 de abril de 2023

 

CAMPEREANDO EM PAGO ALHEIO 



Hoje, 23 de abril, estamos gauderiando meio longe do rancho. A pegada é aqui por Milão, Itália, a Capital da Moda. A minha preocupação é se a minha bombacha está como manda o figurino.

Até o dia 05 de maio vou contando como andam as coisas aqui pelo Velho Mundo.  

Aproveitando a olada da visita à linda catedral de Milão construída em 1836, diante da famosa Modonnina (estátua da Virgem Maria) pedi que proteja a todos vocês, meus amigos e amigas. 

 

sábado, 22 de abril de 2023

 

A ESCOLHA DA CAPA – PARTE I 

Existe uma teoria de que a capa de livros e discos vale pela metade da obra, ou seja, uma capa bem elaborada ajuda muito nas vendas pois é o que chama a atenção já na primeira vista.

Exageros a parte concordamos que uma capa representativa é meio caminho andado, não esquecendo, é claro, o teor, a mensagem que o autor quer passar. O mais importante de uma obra é o conteúdo. Por vezes uma árvore de tronco feio esconde uma madeira boa, forte e perfumada.

Neste sentido, quando escrevemos nosso livro OS FARRAPOS E A MAÇONARIA, tivemos algumas indecisões quanto á capa. Após diversos desenhos de minha lavra dois especificamente ficaram para a escolha final.

O primeiro representava um soldado Farroupilha cumprimentando um soldado Templário, protetor dos peregrinos cristãos que se dirigiam a Terra Santa na época das Cruzadas. Tudo indica que a maçonaria teve início com este movimento pois tais nobres cavaleiros teriam erguido seu acampamento em Jerusalém aonde seriam as ruínas do Templo de Salomão e alguns rituais daqueles Guerreiros de Cristo encontram-se na Maçonaria de hoje.

A outra capa representa os generais Antônio de Sousa Netto e Bento Gonçalves da Silva preparando-se para uma Sessão Maçônica no entremeio dos combates. Tal capa, após algumas horas de indecisão, foi a escolhida. A outra ficou na contra-capa.




 

A ESCOLHA DA CAPA – PARTE II

Sobre o tema “a escolha da capa” (ver postagem acima) outro dilema aconteceu para decidir sobre a capa da primeira Antologia da Academia Serrana de Letras, de São Francisco de Paula. Fui o autor das duas fotos que, democraticamente, foram colocadas em votação para que os 20 escritores fundadores escolhessem a sua predileta. A “eleição” foi apertada. Onze votos contra nove. E a vencedora foi..... Deem sua opinião para ver se bate com a capa escolhida.







sexta-feira, 21 de abril de 2023

 

TIRADENTES FOI TROPEIRO 




“Tiradentes” era o apelido atribuído a Joaquim José da Silva Xavier, que ficou famoso por ser um dos líderes da Inconfidência Mineira e por ter sido o único, entre os inconfidentes, a receber a pena capital, isto é, a pena de morte, pela forca.
Nascido em 12 de novembro de 1746, na então Capitania de Minas Gerais, durante o Brasil Colonial, Joaquim José desempenhou várias profissões. Entre elas, estava a de dentista amador, por isso foi apelidado como Tiradentes. Além de dentista, Tiradentes também tentou a sorte como tropeiro (condutor de tropas de animais, transportadoras de mercadorias), minerador e mascate (mercador ambulante), mas fracassou em todas. A única profissão que lhe rendeu estabilidade foi o posto de alferes – patente abaixo de tenente – da cavalaria de Dragões Reais de Minas, a força militar atuante na Capitania de Minas Geras e subordinada à Coroa Portuguesa.
Tiradentes, apesar de não ser um intelectual, interessava-se por escritos políticos, como as leis constitucionais dos Estados Unidos, país que havia conquistado a sua independência em 1776, quando o alferes tinha 30 anos de idade. Os interesses políticos de Joaquim José da Silva Xavier aos poucos foram se divergindo dos interesses de outros habitantes de Vila Rica, que era o centro da atividade mineradora do Brasil na época. Intelectuais como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, ambos poetas e conhecedores das ideias filosóficas do Iluminismo Francês, foram algumas das personalidades importantes com as quais Tiradentes se juntou com o objetivo de retirar do poder o então Governador da Capitania de Minas Gerais, nomeado pela Coroa Portuguesa, Visconde de Barbacena. Mas qual era o motivo para tal revolta?
O motivo principal que animava Tiradentes e os outros envolvidos na Inconfidência a se levantarem contra o governo de Visconde de Barbacena e o Império Português era a constante retirada das riquezas da região por meio de impostos excessivos. Do ouro produzido na Capitania de Minas de Gerais, a Coroa Portuguesa cobrava o chamado quinto, isto é, o equivalente a cerca de 20% do total extraído. Ocorreu que, a partir da década de 1760, a extração de ouro regrediu consideravelmente, mas não o valor do imposto. A taxa do quinto continuou a ser exigida dos mineradores locais, e o governador Barbacena, para fazer valer a lei, chegava até a impor agressões físicas.
O problema agravou-se mais ainda quando, para reverter a margem defasada dos quintos recolhidos, a Coroa Portuguesa autorizou a implementação da chamada derrama. A derrama obrigava os mineradores a cobrirem com suas posses, isto é, tudo aquilo que lhes pertencia como objeto de valor, o que faltava na quantia do quinto. Isso significava que o rombo provocado no pagamento do imposto à Coroa, resultante do declínio da mineração, acabou tendo que ser pago com outras formas de obtenção de dinheiro, como pedágios cobrados sobre o uso das estradas, escravos etc. Todos eram forçados a pagar a derrama.
A conspiração dos inconfidentes começou a ser preparada em 1788 para que as ações passassem a se realizar no ano seguinte. Tiradentes, por sua personalidade agitada, ficou conhecido como o mais radical dos inconfidentes, como diz o pesquisador Lucas Figueiredo, em seu livro Boa Ventura! A corrida do ouro no Brasil (1697-1810): 
“Um radical entre moderados, um franco entre dissimulados, ele defendia – publicamente e em qualquer lugar (de bordéis a residências de ricos mercadores) – uma revolução que tornasse Minas Gerais independente de Portugal. ''Era pena'', dizia o alferes, ''que uns países tão ricos como estes [as Minas Gerais] estivessem reduzidos à maior miséria, só porque a Europa, como esponja, lhe estivesse chupando toda a substância''”.
Tiradentes chegou a tramar a morte de Visconde de Barbacena, e isso só não foi concretizado porque Barbacena, por meio da confissão de um dos inconfidentes, José Silvério dos Reis, desmantelou a trama e prendeu todos os envolvidos.
Presos, muitos dos inconfidentes, temendo severas punições, não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Tiradentes, que, por isso mesmo, recebeu a pena mais dura, em um processo transcorrido na cidade do Rio de Janeiro, que só teve fim em 21 de abril de 1792. Tiradentes foi “enforcado, decapitado e esquartejado. Para que os súditos da Coroa nunca se esquecessem da lição, a cabeça de Tiradentes foi encravada num estaca e exposta em praça pública em Vila Rica, e seus membros, espalhados pela estrada que levava ao Rio de Janeiro.”
Vale notar que, tanto no período imperial quanto no período republicano, a imagem de Tiradentes passou a ser tomada como um ícone da liberdade e da independência do Brasil, como um herói da nação. Essa imagem foi constantemente reforçada por pinturas e monumentos (como a instalação do primeiro monumento dedicado a ele na cidade de Ouro Preto, em 1867). No ano de 1965, já na primeira fase do Regime Militar no Brasil, o marechal Castelo Branco, então presidente da República, contribuiu para o reforço dessa imagem de Tiradentes, sancionando a Lei Nº 4. 897, de 9 de dezembro, que instituía o dia 21 de abril como feriado nacional e Tiradentes como, oficialmente, Patrono da Nação Brasileira.


quinta-feira, 20 de abril de 2023




 

 

REPONTANDO DATAS / 20 DE ABRIL


Num dia 20 de abril do ano de 2014 morria em acidente automobilístico em São Francisco de Paula o cantor João Darlan Bettanin, conhecido artisticamente como Xiruzinho, natural de Esmeralda. 

Xiruzinho foi um grande intérprete da musicalidade de Noel Guarany e, por tal motivo, era reconhecido como o serrano mais missioneiro do Rio Grande.

Cheguei logo em seguida do acontecido e não esqueço que, dentro do seu carro todo incinerado, estava, intacto, o seu violão. 


João Darlan Betanin, o Xiruzinho


João Darlan, o “Xiruzinho”,
meu afilhado e parceiro;
por cantor e guitarreiro,
o meu verso com carinho.
Que Deus “alumbre” o caminho,
que tomastes, sem dizer.
Quando puderes me ver,
ouvirás meu coração,
repetindo a saudação,
que se faz Entre Colunas:
“en noche de sol y luna”,
numa eterna comunhão.

Verso de: Don Arabi Rodrigues


quarta-feira, 19 de abril de 2023

 

DIA DO ÍNDIO OU DIA DE ÍNDIO? 


ANTIGAMENTE ERA ASSIM...



...MAS HOJE EM DIA É ASSIM!

Foto: Léo RS 



Como diz a letra da bela canção interpretada por Gilberto Gil, "todo dia era dia de índio, mas hoje eles só tem o dia 19 de abril".

Realmente, quem primeiro chegou em nossas terras, quem andejava livre, irmãos do vento, filhos das matas, dos poucos que restaram, dizimados pelas doenças do homem branco ou exterminados nas carnificinas como a Guerra Guaranítica, onde Espanha e Portugal uniram-se para banir o povo de Sepé do sul do continente, isto depois de já terem seus hábitos "domesticados" pelos senhores de batina e cruz no peito, pouco restou.

Restou a vergonha de ver mulheres índias, ainda novas, com um monte de filhos, disciplinados, pois passam o dia sentados no mesmo local, sem chorar, sem pedir brinquedos, a clamar, com seu olhar, por uma moeda.

Muitas são as classificações dos povos indígenas que viviam entre o oceano Atlântico e a margem esquerda do rio Uruguai. Apesar da importância de cada uma delas três grandes grupos se destacaram: guaranis, pampeanos e gês.

Antes e mesmo depois da chegada dos europeus, esses grupos indígenas empreenderam movimentos migratórios característicos de seu modo de vida nômade ou semi-sedentário. Migraram também forçados pela presença dos colonizadores e seus descendentes que ocupavam suas terras ou os aprisionavam para escravizá-los.

Os guaranis ocupavam as margens da Laguna dos Patos, o litoral norte do atual Rio Grande do Sul, as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, incluindo a região dos Sete Povos das Missões. Dominaram também a parte central e setentrional entre os rios Uruguai e Paraná, bem como a parte sul da margem direita do rio da Prata e o curso inferior do rio Paraná.

Havia entre os guaranis três subgrupos principais: os tapes (indígenas missioneiros dos Sete Povos), que ocupavam as margens dos rios a oeste do atual território do Rio grande do Sul e o centro da bacia do rio Jacuí; os arachanes ou patos, que viviam às margens do rio Guaíba e na parte ocidental da laguna dos patos; os carijós, que habitavam o litoral, desde o atual município de São José do Norte até Cananéia, ao sul de São Paulo.

Apesar da variedade de dialetos, o tupi-guarani era o tronco lingüístico comum a esses grupos indígenas.

Os pampeanos constituíram um conjunto de tribos que ocupavam o sul e o sudoeste do atual Rio Grande do Sul, a totalidade dos território da República Oriental do Uruguai, os cursos inferiores dos rios Uruguai, Paraná e da Prata. Os subgrupos e tribos mais conhecidos entre eles foram os charruas, guenoas, minuanos, chanás, iarós e mbohanes. Todos falavam a língua guíchua, com poucas variações dialetais.

Os gês possivelmente eram os mais antigos habitantes da banda oriental do Rio Uruguai. É provável que essas tribos começaram a se instalar no atual Rio Grande do Sul por volta do século II a.C. Ocupavam o planalto rio-grandense de leste a oeste e abrangiam vários subgrupos: coroados, ibijaras, gualachos, botocudos, bugres, caaguás, pinarés e guaianás. Estes últimos, no início do primeiro milênio d.c., foram expulsos pelos guaranis da região posteriormente denominada Sete Povos das Missões.

Os gês do atual Rio Grande do Sul foram dizimados pelos bandeirantes, guaranis missioneiros, colonizadores portugueses, brasileiros e ítalo-germânicos. Os grupos que vivem atualmente nas reservas de Nonoai, Iraí, Tenente Portela migraram de São Paulo e Paraná, no século passado, durante a expansão da lavoura cafeeira.

São conhecidos desde 1882 por kaingangs ("kaa" = mato; "ingang" = morador), conforme foram denominados genericamente por Telêmaco Borba (o mais importante estudioso e defensor dos indígneas no século passado).

Apesar das perseguições sofridas no período que habitaram o território gaúcho, os índios cultivaram hábitos que acabaram se perpetuando no cotidiano do povo do Rio Grande do Sul como o chimarrão e o fogo de chão. Além disso, o aipim, a farinha de mandioca, a abóbora, a batata-doce, são ingredientes da culinária indígena que acabaram fazendo parte da alimentação gaúcha, além é claro da língua guarani incorporada ao dialeto do povo do sul.

Resta, neste dia, que nossas autoridades, não só políticas, mas também tradicionalistas, voltem seus olhos para o abandono destes primeiros habitantes do Rio Grande que hoje são castigados pelas doenças, pela fome, pela prostituição.

Andem até o município de Rolante, de Maquiné, pelos beirais das estradas que levam ao sul do Estado, aqui mesmo na volta da capital, no Morro do Osso, e façam alguma coisa pelo que restou de uma raça.

terça-feira, 18 de abril de 2023

 

CARAVANA DA BARRANCA 

estará hoje em Porto Alegre

Show dos Angüeras em São Borja
Marcelo Vieira/Divulgação


Em alusão aos 50 anos do Festival da Barranca, comemorados em 2023, uma série de atividades culturais está programada para o ano, promovidas pelo Grupo Amador de Arte Os Angueras. A programação começou no dia 5 de abril, em São Borja, município que é sede do festival. O show musical Caravana da Barranca ocorreu no Centro Nativista Boitatá, com a apresentação de canções compostas durante as edições de um dos mais longevos festivais do Rio Grande do Sul.

Nesta terça-feira (18), a Caravana da Barranca estará no Theatro São Pedro, na Capital, apresentando os mesmos elementos musicais, além de poesia, teatro e um recorte da arte que é produzida na beira do Rio Uruguai. A entrada do evento é livre e gratuita e contará com medidas de acessibilidade. O show terá nomes consagrados da música gaúcha, como Luiz Carlos Borges, Elton Saldanha, Pirisca Grecco, Érlon Péricles, Ângelo Franco, Sérgio Rojas, Vinicius Brum e Carlos Cachoeira.

A comemoração do cinquentenário do Festival da Barranca foi aprovada como projeto pela Lei de Incentivo à Cultura, sistema Pró-Cultura, com patrocínio da empresa Albaruska e apoio do Instituto Federal Farroupilha de São Borja. Desta forma, a programação seguirá ao longo do ano, com lançamento de um álbum, livro e exposição de fotos, além dos shows da Caravana da Barranca.

Conforme Telmo Motta, presidente do Os Angueras, Caravana da Barranca foi criada pelos participantes do Festival da Barranca, que viajavam de Porto Alegre para São Borja.

– Chamaram de Caravana da Barranca porque eles começaram a se apresentar em algumas cidades, no caminho. A maioria vinha e ainda vem de ônibus. A caravana se apresenta em todos os anos quando chega em São Borja, sempre na quarta-feira, antes da Páscoa. A apresentação desse ano contou com 33 artistas – explica Motta.

Ou seja, a Caravana é uma amostra do que é fruto do Festival da Barranca, onde só entram os convidados. Nos shows, o público conhece não apenas as canções escritas durante as edições da Barranca, mas as histórias lá vivenciadas.

História

Os Angueras, grupo que criou e promove até hoje o Festival da Barranca, foi fundado em 1962 por seis casais. De acordo com Motta, os homens do grupo se reuniam em pescarias e, entre eles, alguns cantavam e tocavam instrumentos. Na Semana Santa de 1972, o que era uma pescaria acabou se tornando o Festival da Barranca, às margens do Rio Uruguai. À época, a iniciativa contou com figuras como Apparício Silva Rillo, José Lewis Bicca, Carlos Castilhos e Antonio Augusto Fagundes – Nico Fagundes, inclusive, venceu a primeira Barranca com a música Eu e o Rio.

O encontro segue algumas regras estabelecidas desde seu início, como o tempo para compor suas canções. O tema é anunciado no começo da noite da Sexta-Feira Santa e, no sábado à noite, os músicos têm que apresentar as obras. Além disso, o festival é apenas para convidados e, exclusivamente, homens.

O presidente dos Angueras salienta que, ao longo dos anos, houve a preocupação em melhorar e fazer mudanças no formato do festival:

– Pensamos em fazer alguma coisa diferente, mas ninguém quer que seja diferente. Como não é um festival para o público, os barranqueiros preferem manter as características de como sempre foi.

A 50ª edição do festival regionalista há mais tempo em atividade, que só não ocorreu durante a pandemia, reuniu cerca de 320 pessoas. A temática desta edição para as composições foi: Lembrança, Canto e Vida.

PROGRAMAÇÃO

CARAVANA DA BARRANCA

/// Quando: 18 de abril, às 20h

/// Duração: duas horas

/// Classificação: livre

/// Onde: Theatro São Pedro, Praça Mal. Deodoro, s/n°, Centro Histórico

/// Entrada: gratuita, mediante a entrega de 1 quilo de alimento não perecível

 

DEMAIS EVENTOS PREVISTOS

/// De 11 a 30 de maio – Exposição de fotos no Teatro Renascença, na Capital

/// Julho – Lançamento do documentário em São Borja e exposição de fotos no Museu Ergológico de Estância Os Angueras

/// Agosto – Lançamento do livro em São Borja, na Sede do Os Angueras

/// Setembro – Lançamento do álbum dos 50 anos, com distribuição nas plataformas digitais

/// Outubro – Lançamento do documentário no cinema da Casa de Cultura Mario Quintana

/// Novembro – Lançamento do livro na Feira do Livro de Porto Alegre


 

 

 
Amanhã, dia 19 de abril é o Dia do Índio, os primeiros habitantes desta terra gaúcha e que, nos dias de hoje, sobrevivem nos beirais de estradas em toscas choupanas vendendo seu artesanato e mendigando algum prato de comida.   

Então, queremos deixar aqui uma sugestão: Você que vai viajar e que passará por algum acampamento indígena, leve algum agasalho e um pouco de alimento pois o inverno vem aí e a fome não tem estação do ano.

 


segunda-feira, 17 de abril de 2023

 

PARA COMEÇAR A SEMANA COM BOM HUMOR 


Crist




domingo, 16 de abril de 2023


PARA ONDE IRÃO ? 



O movimento de maquinário pesado remexendo em diversas áreas do Parque Harmonia, em Porto Alegre, tem chamado a atenção de quem transita pelo local, principalmente na área das avenidas Augusto de Carvalho e Edvaldo Pereira Paiva. Ocorre que está sendo feita a terraplanagem do futuro Parque da Orla em toda a extensão do Harmonia, cujas obras iniciaram ainda em dezembro. A entrega total da estrutura está prevista para 2025, de acordo com a GAM3 Parks, concessionária responsável pelo parque.

Ainda no final do ano passado, a concessionária recebeu a liberação da Prefeitura de Porto Alegre para iniciar as intervenções nos 25 hectares do futuro parque, que estará 100% revitalizado. As melhorias são divididas em três fases de execução, e o investimento total previsto é de R$ 281,1 milhões. Mesmo com os trabalhos, eventos como o Acampamento Farroupilha, entre outros, seguirão ocorrendo, conforme a GAM3.

Provavelmente este local será uma área de estacionamento visto que, na realidade, isto é o que dá rendimentos.  O questionamento que fica é: Para onde serão deslocados dezenas de galpões que ali eram erguidos?   


sábado, 15 de abril de 2023

 

CRUZES DO PAMPA




Padre Pedro Luiz - do livro O GÊNIO DO PAMPA

Num calombo de coxilha,
sobre um beiço de barranco,
em desvão de chão lunanco
surge antiga cruz desforme.
Após bárbara tropeada
nestes campos rematada
ao pé dela um guasca dorme.

Sempre o tempo enfrenta as cousas
mas não quebra nunca o empino
do gaúcho genuíno
que, da glória, sob o guante,
gineteia, morde a espora,
e, se roda vida a fora,
lá sai limpo história adiante.

Dorme em paz naquela cova
um herói abandonado,
um pedaço do passado
que restou da tradição.
Essa cruz é a resistência
contra o mal - sobrevivência
das taperas do rincão.

Como guarda-fogo quieto
hoje, cada cova rasa,
escondida, guarda a brasa
de áureo brilho que se expande.
E essas cruzes, toscas, belas,
são as velhas sentinelas
de Atalaia ao Rio Grande.