RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

 

MUSEU JÚLIO DE CASTILHOS 

REABRE AO PÚBLICO



Abriu ontem, terça-feira, dia 31, pela enésima vez em face das dificuldades com que sobrevive, o Museu Júlio de Castilhos, que funciona no mesmo local onde residiu um dos políticos mais influentes do Estado. Júlio Prates de Castilhos comandou duas vezes o Rio Grande e liderou os Ximangos na Revolução Federalista ainda colocando em seu lugar, seu afilhado Borges de Medeiros. O castilhismo positivista inspirado nas ideias do filósofo francês Augusto Comte se impôs por quatro décadas como principal corrente política do Estado.

Viveu neste casarão na rua Duque de Caxias, na capital, pertinho do Palácio Piratini, desde o momento em que deixou o governo, em 1898, até o dia em que o ar lhe faltou em 24 de outubro de 1903.

Até nas vésperas de sua morte ocasionada por um câncer na garganta e uma traqueostomia mal sucedida, teve algumas “tiradas” engraçadas.

O jornal A Federação – órgão oficial do Partido Republicano Rio-grandense (que o tratava por chefe) - dois dias após sua morte fez a seguinte matéria:

“O estado do enfermo era penosíssimo. Ainda em crise asfixiante, aspirando o ar de balões de oxigênio, encaminhou-se por seus próprios pés, para a mesa de operação.

Exhortado a coragem pelo dr. Walau, respondeu:

- Não preciso de coragem. É de ar que preciso.

Ao deitar-se na mesa operatória, exclamou:

- Chlorofornio! Chlorofornio!

E não falou mais."