RETRATO DA SEMANA

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INSCRIÇÕES ATÉ O DIA 10 DE AGOSTO

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

 

REPONTANDO DATAS / 11 DE JANEIRO 


Num dia 11 de janeiro do ano de 1843 o então Barão de Caxias entra em campanha contra os revolucionários farroupilhas.

Também num dia 11 de janeiro, mas no ano de 1894, os Federalistas  comandados por Gumercindo Saraiva levantam o cerco a cidade de Bagé. 



 
Durante a Revolução Federalista, desencadeada no Rio Grande do Sul em oposição ao governo de Floriano Peixoto, a cidade de Bagé resistiu ao cerco das forças federalistas durante 47 dias, em um dos mais notáveis episódios da História Militar brasileira.  
 
Entre novembro de 1893 e janeiro de 1894, os republicanos, comandados pelo coronel Carlos Maria Silva Telles, buscaram abrigo na Catedral São Sebastião.  Os antigos moradores de Bagé presenciaram de camarote um dos muitos episódios sangrentos que tornaram a Revolução Federalista. uma das mais violentas da história do Rio Grande do Sul e do Brasil.  

Bagé era um objetivo importante, pois uma das maiores cidades do Estado, sediava uma importante guarnição militar, tinha ligação por trem com Rio Grande e situava-se em posição estratégica em relação à Campanha e à fronteira.  Além disso, era a terra dos Tavares e de Silveira Martins, principais lideranças maragatas, que faziam de Bagé um dos centros da conspiração e sede do Partido Federalista, uma das frentes de oposição à Júlio de Castilhos.

Durante quase um mês, os federalistas mantêm o cerco à distância e depois apertam. Ocupam chácaras do subúrbio e entram na cidade. Tomam o Teatro 28 de setembro, a Beneficência Italiana, o Mercado Público, os quartéis, a Rua Barão do Rio Branco e a Enfermaria Militar. Em poucos dias toda a cidade é dominada, menos a Praça da Matriz. 

Na noite de onze de janeiro, começa a ser desfeito o cerco, e os federalistas seguem desolados para Santana do Livramento. Antes de o dia raiar, um vulto se aproxima das trincheiras, solitário, e diz aos cansados e famintos soldados: “Bom dia! os revolucionários deixaram a cidade”. Eles haviam resistido 47 dias de cerco. Telles envia um telegrama ao ministro da Guerra: “Tivemos o desprazer de vê-los em debandada e mal montados, sem terem tentado o ataque decisivo pelo qual tanto ansiávamos...”. No seu boletim, registrou 34 mortos (quatro oficiais) e 91 feridos.