RETRATO DA SEMANA

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Identidade Visual dos Festejos Farroupilha 2024 / Cintia Matte Ruschel

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

 

O AQUARELISTA LUTZENBERGER



José Lutzenberger, pai do homem que com esse mesmo nome se converteria na principal voz do ambientalismo gaúcho e brasileiro, era um alemão que veio ao Brasil na década de 20 do século passado para ser engenheiro e arquiteto. Foi nessa condição que deixou marca em prédios como o Palácio do Comércio, o Clube Caixeiral, o Pão dos Pobres e a Igreja São José, em Porto Alegre, entre vários outros. Mas foi por sua expressividade como aquarelista que se transformou em referência.

O alemão José Franz Seraph Lutzenberger veio ao Brasil após a primeira guerra mundial, depois de ter dado baixa na sua condição de oficial do exército alemão. Em Porto Alegre, utilizava os seus momentos de folga para dedicar-se a uma das suas paixões: pintar. Assim acrescentou à coleção de aquarelas e bicos-de-penas de cenas das cidades alemãs em que servira , as pinturas inspiradas em motivos gaúchos, flagrando detalhes curiosos da vida dos rio-grandenses.

A partir de 1938, em Porto Alegre, dedicou-se à vida acadêmica no então instituto de Belas Artes da UFRGS, como professor de geometria descritiva, perspectivas e sombras. Nascido numa sexta-feira 13, em janeiro de 1882, morreu em agosto de 1951, com 69 anos. Era um homem culto, que desenhava e pintava por prazer, resistindo a ser chamado de artista e fugindo das exposições. A exceção foi a exposição da série de aquarelas sobre o centenário da Revolução Farroupilha, em 1935 – pinturas mostradas em 1985 pelo Museu Universitário  da UFURGS.