NOSSA TRADIÇÃO É PERENE
A tradição nativa do Rio Grande
do Sul não nasceu no dia 20 de setembro de 1835 quando do início da Revolução
Farroupilha. Ali ela começava a formatar a identidade do povo gaúcho. Sua nascente
também não teve origem no ano de 1947 quando o Grupo dos Oito, comandados por
Paixão Côrtes, resolveu trazer para o meio urbano os costumes pastoris do nosso
interior. Ali ela começava a organizar-se, principalmente para um grupo que hoje chamamos de
tradicionalistas.
Nossa tradição gaúcha é atávica pois
nasceu da influência do solo rio-grandense sobre seus habitantes. Não tem data
de nascimento tornando-se atemporal e perene.
Sofreu solavancos do mundo
contemporâneo na sua indumentária, nas danças, na musicalidade, deslumbrou-se
com as luzes da “cidade grande” mas o seu cerne continua firme, enraizado,
simplesmente por que a melhor forma de mantê-la viva é o seu repasse da forma mais lúdica que conhecemos, ou seja, dos pais
para os filhos. Como escrevia o saudoso poeta Apparício da Silva Rillo “morre o pai e fica o filho, morre o filho e
fica o neto e o sangue não se perdeu. Da raiz rebrota a rama, da rama a flor e
a semente. Isto é com planta e com gente, sei que você me entendeu”.
Toco neste tema para dar as boas-vindas a um gauchinho que recém embarcou no “trem da vida”. Maxsoel Bastos de Freitas Filho, um guri lindo filho do casal Tatiana Tetzlaff e Maxsoel Bastos de Freitas.
Que tua viagem seja longa, cheia de paisagens lindas a
perder de vista e que enfrente as intempéries do caminho dando ânimo e sendo
parceiro dos demais passageiros.