ARTISTAS SEM NOME
Aproveitei o feriado (que para um aposentado são todos os dias) para dar uma
chegada em nosso rancho praieiro na bucólica Kuruma’s Beach, mais conhecida
como praia de Curumim. Arejar, tirar o mofo, cortar a grama e descansar um pouco das correrias
da cidade grande.
Além de sentir a brisa do mar, me
reconforta, me traz calma, bombear este quadro na parede da nossa sala. É um
óleo sobre tela enorme, lindo, que comprei de um pintor de rua, em Porto Alegre,
e que não consigo identificar o nome.
Esse quadro, exposto em uma
galeria de arte, teria seu valor multiplicado inúmeras vezes sendo o autor
reconhecido por todos os lugares.
Assim como este pintor
desconhecido inúmeros artistas acabam se perdendo por não terem uma
oportunidade, um “padrinho”, um apoio. Quantos compositores não terão belos
trabalhos engavetados? Quantos escritores anônimos deixaram de editar suas
obras? Quantos músicos desistiram de algum instrumento para dedicarem-se a um trabalho pesado mas com a certeza do ordenado no fim do mês?
Coisas deste mundo velho por vezes injusto e desigual.