segunda-feira, 31 de outubro de 2022

domingo, 30 de outubro de 2022
REFAZENDO AMIZADES
As eleições de 2022 protagonizaram marcas
de um radicalismo extremado. Muitos amigos deixaram longos anos de convivência
em troca de fazer valer sua opinião.
A campanha presidencial rachou o
país inteiro. Em suas propagandas eleitorais, no marketing, nos debates e
discursos, candidatos e seus respectivos partidos apelaram para os ataques. O
clima pesou nas redes sociais, nas mesas de bar, nos almoços em família e nos
ambientes de trabalho. Na urgência de tentar convencer o amigo, vizinho,
namorado ou colega, muitos esqueceram de regras básicas da democracia –
respeitar o direito do outro à própria opinião e não atribuir essa opinião à
ignorância ou má-fé. Se respeitadas essas duas regras, o adversário não vira
inimigo e a opinião diferente não vira ofensa. “A disputa política mexe com as
emoções, como medo de perder e de se frustrar. É aí que mora o perigo”, afirma
Antonio Carlos Pereira, psicólogo e professor da PUC-SP.
A eleição acabou neste domingo e a
vida segue nesta segunda-feira. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva,
governará para as duas metades, talvez para um país
dividido.
Política se discute, sim.
Diferente de futebol e religião, posições políticas deveriam se orientar pela
lógica e podem mudar com o tempo, conforme muda o ambiente e conforme surgem
informações novas. Mas o melhor é fazer as pazes. A seguir, algumas sugestões
de como conseguir a reconciliação.
Confira seis dicas para reconquistar tais amizades, aliviar o clima com colegas de trabalho e voltar às boas no namoro depois das discussões eleitorais.
1. SAIBA ESPERAR
Passada a apuração, mesmo que sua intenção seja colocar uma pedra sobre os desentendimentos e recuperar a amizade, espere. Não telefone, não mande mensagens, não chame para conversar pela internet. Espere alguns dias, para que os ânimos comemorativos dos vitoriosos e a frustração dos derrotados se dissipem um pouco. Enquanto o assunto ainda estiver quente, as chances de uma conversa conciliatória desandar para outra briga são grandes. “Às vezes, o silêncio é a melhor estratégia para resolver a situação”, diz Pereira.
2. CONTENHA A EUFORIA OU A
FRUSTRAÇÃO
Se o seu candidato ganhou, fuja da comemoração ostensiva. Não grite o nome do seu candidato, não ofenda o que perdeu, não faça piadas com os eleitores do derrotado (isso vale para todo ambiente, do escritório à internet). Vale um conselho similar se o seu candidato perdeu: demonstrações públicas de raiva, de desejo de confrontação e de suspeição quanto à lisura do resultado tornam mais difícil reatar relacionamentos.
3. REDES SOCIAIS NÃO SÃO A VIDA
Se a briga aconteceu numa rede social, publicamente, lembre que esse tipo de ambiente virtual baixa inibições e estimula o radicalismo. Muita gente publica comentários com o objetivo de conseguir felicitações e compartilhamento, e não defender um ponto de vista. “Nas redes sociais, muitos usuários querem chamar a atenção. Mesmo quem não é radical fora do computador, às vezes se comporta de forma diferente na frente do teclado”. Se quiser retomar a conversa também por meio da internet, faça isso primeiro de forma privada, por mensagem particular ou e-mail. Seja objetivo: se acha que passou do limite, peça desculpas e afirme que considera o relacionamento pessoal de vocês mais importante que a discordância política. Se sua ofensa foi grave, pública e impossível de apagar, o outro lado tem o direito de só acreditar num pedido de desculpas igualmente público.
4. CUIDADO COM A TURMA QUE PEDE
“BRIGA! BRIGA!”
É comum que uma briga online pública atraia palpiteiros. Pode ser gente sem intimidade com quem está brigando, e por isso mesmo mais inconsequente ao disparar comentários impróprios. Eles tornam o ambiente ainda mais belicoso entre os debatedores, sem ter nada a perder com isso. Use sem receio as ferramentas de edição de comentários – exclua ofensas e agressões, mesmo que tenham sido a seu favor e mesmo que tenham sido escritas faz tempo. Isso mostrará ao outro lado que o seu pedido de desculpas é sincero. Se você considerar algum comentário seu também inadequado e puder apagá-lo, faça- o.
5. OBSERVE O MUNDO PELOS OLHOS DO
OUTRO
Pedir desculpas sinceras será difícil, se você acha que o outro lado só pensa como pensa por causa de motivos ruins, como ignorância, má-fé, tolerância com a corrupção ou insensibilidade quanto aos problemas sociais. Tente entender as causas, anseios e receios do outro. Ele pode apenas atribuir pesos distintos aos mesmos critérios de escolha que você usa. Ou pode ter uma experiência pessoal diferente da sua, e que seja determinante para o voto. “Continuar a olhar para a situação apenas a partir do seu próprio ponto de vista facilita o tropeço na desastrosa repetição da pressão que não deu certo ou no deslize para a tortura do silêncio”, afirmam os professores americanos de administração Allan Cohen, da Babson College, e David Bradford, da Universidade Stanford, no livro “Influência sem autoridade”.
6. ENFATIZE O QUE VOCÊS TÊM EM
COMUM
Política é o território dos
acordos, não da exclusão. Entre adversários políticos que aceitam o jogo
democrático, sempre há possibilidade de encontrar opiniões e causas comuns. O guru americano de negociação Robert Cialdini
recomenda que uma aproximação comece com a descoberta de semelhanças, de áreas
para elogios sinceros e de oportunidades de cooperação. Pense na reaproximação
como uma tentativa de influenciar o outro – para que ele desculpe você e a
amizade volte a ser como era antes.

sábado, 29 de outubro de 2022
DIA NACIONAL DO LIVRO
O dia 23 de abril é considerado, Dia Mundial do Livro. É uma
data escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura (Unesco) para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear
autores e refletir sobre seus direitos legais.
Já em 29 de outubro,
comemora-se o Dia Nacional do Livro. A escolha da data deu-se em homenagem ao
dia em que também foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no
Rio de Janeiro, quando a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para a
colônia, em 1810.
O que nem todo mundo sabe é
que, inicialmente, os livros eram bem diferentes do que são hoje. Para quem
está acostumado com livros de boa aparência, com revisão ortográfica e uma capa
bem diagramada, saiba que, antes disso, na Antiguidade, os livros eram feitos
de outro modo.
Os primeiros registros gráficos
foram feitos em papiro, uma espécie de lâmina retirada do caule de uma planta
de mesmo nome e que possibilitava a escrita. Tempos depois os rolos de papiro
foram substituídos pelo pergaminho, que possibilitava ser costurado, já que era
feito de pele animal e tinha mais resistência.
O papel chegou na Idade
Média e os livros, ainda escritos à mão, começaram a substituir os pergaminhos.
Em meados de 1455, o alemão Johannes Gutenberg causou a mudança que veio a ser
revolucionária para a história da escrita. Gutenberg criou uma técnica de
prensa com uma impressora que reproduzia letras e símbolos com relevo
esculpidos em metal. O processo espalhou-se rapidamente pela Europa e, logo,
pelo mundo.
Primeiras impressões
A primeira impressão de um livro
por Gutenberg foi a Bíblia. Inicialmente ele começou a produzir páginas com 40
linhas, mas o custo para isso era alto. Resolveu então utilizar 42 linhas em
duas colunas por página. O exemplar foi escrito em latim e teve 1.282
páginas.
No Brasil, o primeiro livro impresso foi Marília de Dirceu, do autor Tomás Antônio Gonzaga, em 1810. Com a chegada da imprensa ao país, as máquinas de impressão eram utilizadas para imprimir os jornais com notícias de interesse do governo português, que financiava as impressões. Isso fazia com que muitos autores brasileiros optassem por imprimir suas obras em países europeus.
Evolução do livro
No século XX, começaram a surgir
as bibliotecas organizadas e a preservação e coleção de livros. Já no século
seguinte, as bibliotecas passaram a ser construídas para a frequentação de
leitores, já que surgia a angústia de, muitas vezes, não ser possível ler o
livro todo, o anseio de preservá-lo e a preocupação com o acesso a ele.
Com o crescimento da tecnologia,
outro formato de livros ganhou espaço: os livros digitais. Esses “livros do
futuro” têm a possibilidade não só de trazer novas publicações em meios
digitais, mas de reproduzir as mais antigas publicações da história.
Ainda há muitos apaixonados pela forma física do livro, que gostam de marcar suas páginas, fazer anotações nelas, sentir seu cheiro, e colecionar títulos. No entanto, a praticidade do meio digital ganhou muito espaço, e, hoje, leitores optam por consumir livros em versões digitais, pelo celular, computador, tablets e leitores digitais.
A todos os "teimosos" (como eu) que ainda publicam livros à moda antiga, a reverência e a admiração do nosso blog.

MTG comemora seu 56º aniversário em espumoso
14ªRT
O Movimento Tradicionalista Gaúcho, a Fundação Cultural Gaúcha, a 14ª Região Tradicionalista, a Prefeitura Municipal de Espumoso e o GAN Sepé Tiaraju tem a honra de convidá-los, para o 56º Aniversário do MTG, que será realizado no dia 29 de outubro, no galpão do GAN Sepé Tiaraju.
Desde o ano de 2001, à exemplo da Chama Crioula, passou-se a comemorar o aniversário do MTG, de forma a marcar a data, como uma reflexão dos tradicionalistas em relação a federação por eles criada.
Cada ano, uma cidade diferente acolhe o evento proporcionando-lhe o verdadeiro significado expresso em sua história. Neste ano, 2022, o evento será realizado em Espumoso, cidade que já sediou no ano de 2013, quando a federação completava 47 anos.
A primeira comemoração ocorreu em 1996, por ocasião do trigésimo aniversário, com um fandango realizado na Sociedade Amigos de Tramandaí, cidade onde foi criado o MTG (1966).
No aniversário do MTG, desde 2002, são entregues: o Diploma de Reconhecimento “João-de-Barro”, para pessoas indicadas pelas Regiões Tradicionalistas e para entidades que tenham se destacado no ano anterior e a Medalha do Mérito Tradicionalista “Barbosa Lessa” para pessoas que prestaram serviços relevantes ao tradicionalismo. Ao novo formato, acrescenta-se a outorga da Ordem dos Cavaleiros do Rio Grande do Sul (Orcav), título de Conselheiro Honorário e Medalha Honeyde Bertussi.
SERVIÇO:
O que: 56 Anos do MTG
Onde: GAN Sepé Tiaraju - Espumoso
Quando: 29 de Outubro
Rogério Bastos
51 997658633

sexta-feira, 28 de outubro de 2022
56 ANOS DO MTG
A história do Movimento
Tradicionalista Gaúcho pode ser contada a partir de vários momentos. Alguns
reconhecem como ponto de partida a fundação do Grêmio Gaúcho, por Cezimbra
Jacques, em 1889. Outros, a ronda gaúcha, no Colégio Julio de Castilhos, de 1947.
Ainda há quem defenda como marco inicial a fundação do 35 CTG, em abril de 1948
ou a realização do 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho, em 1954, ou, ainda, a
constituição do Conselho Coordenador, em 1959. Seja qual for o ponto de partida,
o importante é que, em 1966, durante o 12º Congresso Tradicionalista Gaúcho
realizado em Tramandaí, foi decidido organizar a associação de entidades
tradicionalistas constituídas, dando-lhe o nome de Movimento Tradicionalista
Gaúcho, o MTG.
Assim é que, desde 28 de outubro
de 1966, a Instituição se tornou conhecida como MTG, completando, na data de
hoje, 56 anos de existência.

quinta-feira, 27 de outubro de 2022
ATENÇÃO COMPOSITORES
NÃO PERCAM O PRAZO
(16/11)
Acessa o site
https://californiadacancaonativa.com.br/inscricoes/
Falando em Califórnia, compartilhamos este belo trabalho de pesquisa do meu amigo Jairo Reis postado em seu blog Ronda dos Festivais, o site mais completo sobre esta temática, aonde aponta todos os vencedores da Mãe dos Festivais com o troféu Calhandra de Ouro.
1ª Califórnia - 1971
REFLEXÃO
Letra: Colmar Duarte
Melodia: Júlio Machado da Silva Filho
Interpretação: Cecília Machado e Os Marupiaras
2ª Califórnia - 1972
PEDRO GUARÁ
Letra: Cláudio Garcia
Melodia: José Cláudio Machado
Interpretação: Os Tapes
3ª Califórnia - 1973
CANTO DE MORTE DE GAUDÊNCIO SETE LUAS
Letra: Luiz Coronel
Melodia: Marco Aurélio Vasconcellos
Interpretação: Rosa Maria
4ª Califórnia - 1974
CANÇÃO DOS ARROZAIS
Letra: José Hilário Retamozo
Melodia: José Hilário Retamozo
Interpretação: Riograndino Oppa e Os Jaros
5ª Califórnia - 1975
RODA CANTO
Letra: Aparício da Silva Rillo
Melodia: Mário Barbará Dornelles
Interpretação: Luiz Eugênio
6ª Califórnia - 1976
UM CANTO PARA O DIA
Letra: Ernani Amaro Oliveira
Melodia: Ernani Amaro Oliveira
Interpretação: Oristela Alves e César Passarinho
7ª Califórnia - 1977
NEGRO DA GAITA
Letra: Gilberto Carvalho
Melodia: Airton Pimentel
Interpretação: César Passarinho
8ª Califórnia - 1978
PÁSSARO PERDIDO
Letra: Gilberto Carvalho
Melodia: Marco Aurélio Vasconcellos
Interpretação: Marco Aurélio Vasconcellos e Os Posteiros
9ª Califórnia - 1979
ESQUILADOR
Letra: Telmo de Lima Freitas
Melodia: Telmo de Lima Freitas
Intérprete: Edson Otto e Os Cantores dos Sete Povos
10ª Califórnia - 1980
VETERANO
Letra: Antônio Augusto Ferreira
Melodia: Ewerton Ferreira
Interpretação: Leopoldo Rassier e Os Serranos
11ª Califórnia - 1981
DESGARRADOS
Letra: Sérgio Napp
Melodia: Mário Barbará Dornelles
Interpretação: Mário Barbará Dornelles
12ª Califórnia - 1982
TERTÚLIA
Letra: Jader Morecy Teixeira (Leonardo)
Melodia: Jader Morecv Teixeira (Leonardo)
Interpretação: Leonardo e Os Serranos
13ª Califórnia - 1983
GURI
Letra: João Batista Machado
Melodia: Júlio Machado da Silva Neto
Interpretação: César Passarinho
14ª Califórnia - 1984
O GRITO DOS LIVRES
Letra: José Fernando Gonzales
Melodia: José Fernando Gonzales
Interpretação: Dante Ramon Ledesma
15ª Califórnia - 1985
ASTRO ARAGANO
Letra: Jerônimo Jardim
Melodia: Jerônimo Jardim
Interpretação: Jerônimo Jardim
16ª Califórnia - 1986
TROPEIRO DO FUTURO
Letra: Armando Vasquez
Melodia: Adão Quintana Vieira
Interpretação: João Quintana Vieira e Grupo Parceria
17ª Califórnia - 1987
PAMPA PIETÁ
Letra: Dilan Camargo
Melodia: Newton Bastos
Interpretação: Délcio Tavares
18ª Califórnia - 1988
TOADA DE MANGO
Letra: Mauro Ferreira
Melodia: Elton Saldanha
Interpretação: Elton Saldanha
19ª Califórnia - 1989
MANDALA DAS ESPORAS
Letra: Vaine Darde
Melodia: Elton Saldanha
Interpretação: Elton Saldanha e Grupo
20ª Califórnia - 1990
EDIÇÃO COMEMORATIVA
Mostra das principais canções dos 20 anos do festival
21ª Califórnia - 1991
FLORÊNCIO GUERRA E SEU CAVALO
Letra: Mauro Ferreira
Melodia: Luiz Carlos Borges
Interpretação: João de Almeida Neto
22ª Califórnia - 1992
O MINUANO E O POETA
Letra: Lauro Correia Simões
Melodia: Clóvis de Souza
Interpretação: César Passarinho
23ª Califórnia - 1993
DOMADOR DAS SESMARIAS
Letra: Elmo de Freitas (Carijó)
Melodia: Elmo de Freitas (Carijó)
Interpretação: Elmo de Freitas (Carijó)
24ª Califórnia - 1994
MILONGA-ME
Letra: Vinícius Brum
Melodia: Vinícius Brum
Interpretação: Vinicius Brum
25ª Califórnia - 1995
QUERÊNCIA
Letra: Silvio Genro
Melodia: Getúlio Rodrigues
Interpretação: Nara Tavares
26ª Califórnia - 1996
CANTO E REFLEXÃO PARA A PROVÍNCIA
Letra: Sérgio Rojas
Melodia: Sérgio Rojas
Interpretação: Sérgio Rojas
27ª Califórnia - 1997
O FORASTEIRO
Letra: Vinicius Brum/Mauro Ferreira
Melodia: Luiz Carlos Borges
Interpretação: Luiz Marenco e Marco Aurélio Vasconcelos
28ª Califórnia - 1998
O NADA
Letra: Rodrigo Bauer
Melodia: Chico Saratt
Interpretação: Chico Saratt
29ª Califórnia - 1999
POEMA NÃO ESCRITO
Letra: Tadeu Martins
Melodia: Lenin Nuñez
Interpretação: Maria Helena Anversa
30ª Califórnia - 2001
RASTROS DE AUSÊNCIA
Letra: Adão Quevedo
Melodia: Mauro Marques
Interpretação: Vinícius Brum
31ª Califórnia - 2002
FEITO O CARRETO
Letra: Mauro Moraes
Melodia: Mauro Moraes
Interpretação: Pirisca Grecco
32ª Califórnia - 2003
O LAÇADOR DE BARRO
Letra: Antônio Augusto Ferreira/Mauro Ferreira
Melodia: Luiz Carlos Borges
Interpretação: João de Almeida Neto
33ª Califórnia - 2004
MUCHAS GRACIAS
Letra: Gujo Teixeira
Melodia: Pirisca Grecco
Interpretação: Pirisca Grecco
34ª Califórnia - 2005
COM OS PÉS FINCADOS NO CHÃO
Letra: Zeca Alves
Melodia: Érlon Péricles
Interpretação: Pirisca Grecco
35ª Califórnia - 2007
CÉU NA TERRA PELO RIO
Letra: Tadeu Martins
Melodia: Lenin Nuñez
Interpretação: Maurício Barcellos
36ª Califórnia - 2009
A SANGA DO PEDRO LIRA
Letra: Demétrio Xavier
Melodia: Marco Aurélio Vasconcellos
Interpretação: Marco Aurélio Vasconcellos
37ª Califórnia - 2013
PETIÇO MAPA MUNDI
Letra: Rafael Ovídio da Costa/Pedro Ribas/Fernando Saldanha
Melodia: César Santos
Interpretação: César Santos
38ª Califórnia - 2014
O HOMEM DENTRO DO ESPELHO
Letra: Martin Cesar Gonçalves
Melodia: Pedro Guerra Pimentel
Interpretação: Cassiano Mendes e Pedro Guerra Pimentel
39ª Califórnia - 2015
EDIÇÃO COMEMORATIVA
Mostra especial comemorativa aos 45 anos do festival
40ª Califórnia - 2017
UM HOMEM, UM CAVALO E UM CACHORRO
Letra: Silvio Genro
Melodia: Silvio Genro
Interpretação: Luiz Fernando Baldez e Ricardo Tubino
41ª Califórnia - 2019
LEILÃO DE APEROS
Letra: Flávio Saldanha
Melodia: Nilton Ferreira
Interpretação: Nilton
Ferreira
42ª Califórnia - 2020
MILONGA DO AMOR PERFEITO
Letra: Jaime Vaz Brasil
Melodia: Zé Alexandre
Interpretação: Zé Alexandre e Grupo Mas Bah
43ª Califórnia - 2021
O TEMPO DE MEU PAI
Letra: Hermes Lopes
Melodia: Nilton Ferreira
Interpretação: Nilton Ferreira

quarta-feira, 26 de outubro de 2022
O NASCIMENTO DOS MARAGATOS
Com a autoridade de veterano
líder político e de opositor ferrenho de Júlio de Castilhos, Gaspar Silveira Martins
presidiu na cidade de Bagé, em 30 de março de 1892, à fundação do Partido
Federalista do Rio Grande do Sul. Nascia o movimento político que daria
sustentação aos maragatos que, no ano seguinte, se levantariam contra o governo
de Castilhos.
O distintivo dos maragatos,
adotado em Bagé, foi o lenço vermelho. Seu programa, estabelecido na fundação e
confirmado em 1896, depois da Revolução Federalista, tinha como destaque a
pregação de uma República Parlamentarista, com a eleição do presidente pelo
Congresso, a descentralização administrativa, a proibição de militares da ativa
de participarem de política, a mudança da Bandeira Nacional para suprimir o
dístico Ordem e Progresso e a possibilidade de intervenção federal nos Estados quando
isto se justificasse por “grave perturbação da ordem pública”.
Contra os federalistas – que juntavam
ex-monarquistas e os descontentes com a situação do Estado e do país -, Júlio
de Castilhos lançou todo o poder do Partido Republicano Rio-grandense, que
agrupava os republicanos históricos. Castilhos e seus aliados (que na guerra
foram apelidados de pica-paus) haviam imposto uma Constituição positivista e
centralizadora. Contra ela se levantaram os maragatos, que pretendiam
substituí-la por outra que fosse “representativa, moderada segundo aos princípios
do governo parlamentar”. Estava armado o cenário para duas guerras, a de 1893 e
a de 1923, ambas vencidas pelos governistas de Castilhos e, depois, de Borges
de Medeiros.
Bagé, que foi o cenário da
formação do partido dos maragatos em 1892, foi palco também das primeiras
reuniões para a paz de 1923.

terça-feira, 25 de outubro de 2022
DEIXA ESTE PLANO O GAITEIRO
RICO BASCHERA
Faleceu no dia de ontem (24), aos 60 anos de idade, após uma luta ferrenha contra o câncer, o músico acordeonista Ari Silvestre Baschera, o Rico Baschera, fundador do Grupo Manotaço e muito conhecido na região do Planalto Médio do Estado aonde fazia parte do grupo de amigos os Qüeras, de Passo Fundo. Baschera foi vencedor de diversos festivais aonde se inclui o 21º Ronco do Bugio de São Francisco de Paula com a composição Abraço Eterno.
Rico está sendo velado na Funerária Consoladora de Ibiacá com missa as 10h no Santuário. Seu corpo será cremado no Memorial Vera Cruz, em Passo Fundo.
A música regional gaúcha perde um de seus grandes valores mas, em seguidinha, Rico Baschera estará dando "ôh de casa" no CTG Querência da Eternidade, aonde já estão dezenas de verdadeiras legendas da musicalidade rio-grandense, para animar com seu sorriso largo e sua gaita campeira algum surungo botado.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022
18º BIVAQUE DA POESIA GAÚCHA
Na noite de sábado, 22 de
outubro, no Auditório Marlise Saueressig, em Campo Bom, aconteceu o 18º Bivaque
da Poesia Gaúcha, festival de poemas inéditos que reuniu alguns dos principais
poetas, declamadores e amadrinhadores do RS.
Dez poemas foram apresentados e,
ao final, a comissão avaliadora definiu os seguintes destaques:
Categoria Poesia:
Primeiro Lugar: DA ESPERANÇA
AOS MALACARA
Autor: Rafael Ferreira
Declamador: Chico Azambuja
Amadrinhador: Clênio Bibiano
Segundo Lugar: BEBEDOURO DAS ALMAS
Autor: Evair Gomez
Declamador: Evair Gomez
Amadrinhador: Juliano Gomes
Terceiro Lugar: O CORREDOR E AS JANELAS
Autor: Matheus Costa
Declamador: Érico Padilha
Amadrinhador: Valdir Verona
Categoria Declamador/a:
Primeiro Lugar: Romeu Weber
Poema: Um Tempo Que Não é Mais
Autor: Guilherme Collares
Segundo Lugar: Wilson Araújo
Poema: Eu Ia Falar de Deus
Autores: Bianca Bergmam/Igor
Silveira
Terceiro Lugar: Erico Padilha
Poema: O CORREDOR E AS JANELAS
Autor: Matheus Costa
Categoria Amadrinhador:
Primeiro Lugar: Jean Carlo Godoy
Poema: Destino de Sanga Clara
Autor: Jadir Oliveira
Declamadora: Silvana Andrade
Segundo Lugar: Clênio Bibiano
Poema: Da Esperança aos Malacara
Autor: Rafael Ferreira
Declamador: Chico Azambuja
Terceiro Lugar: Guilherme Collares
Poema: Um Tempo Que Não é Mais
Autor: Guilherme Collares
Declamador: Romeu Weber

REPONTANDO DATAS - 24 DE OUTUBRO

domingo, 23 de outubro de 2022



LAÇADORES RIO-GRANDENSES
Vistos pelo alemão
Herrmann Wendroth
Alguns anos depois de terminada a
Guerra dos Farrapos (1835-1845), o Império do Brasil arregimentava tropas para
reforçar o exército nas fronteiras Sul. Uma das preocupações era enfrentar Juan
Manuel Rosas, o ditador argentino cujas intenções expansionista assustavam os
vizinhos. Entre os mercenários contratados na Alemanha pelo governo brasileiro,
chegou ao Rio Grande do Sul em 1851 o alemão Herrmann Rudolf Wendroth. Boêmio,
beberrão, esse alemão acabou preso em Pelotas e, logo, revelou sua verdadeira e
talentosa vocação: a pintura.
Como desenhista, pintor e agudo
observador, Wendroth deixou uma obra fascinante, mostrando como era o Rio
Grande do Sul urbano e rural do século 19. A coleção de pinturas d Wendroth,
pertencentes ao acervo da Princesa Isabel, foi impressa pelo governo do Estado
RS em 1982. A reprodução desta página é uma amostra de como esse
pintor-mercenário retratou a vida e o trabalho dos gaúchos. Morreu,
provavelmente em Porto Alegre, em 1860.

sábado, 22 de outubro de 2022
MUITO OBRIGADO, SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
Sou uma pessoa que aprecia a boa
e autêntica música. Tal gosto andeja do sertanejo ao rock. Das nossas canções
regionais prezo por todas que tragam alguma mensagem, não importando o ritmo, mas
tem um compasso que, por ser nosso, genuíno, acabo sendo um soldado na
trincheira de sua preservação. Me refiro ao Bugio.
Pois nesta quarta-feira (19) fui
convidado pela Comissão de São Francisco de Assis que trabalha pelo
reconhecimento do ritmo como Patrimônio Imaterial do Estado a participar de um
Painel sobre o tema juntamente com Rafael Filter do IPHAE e o escultor, poeta e
escritor Tadeu Martins, filho da cidade promotora do evento.
Todos sabem que sou nativo do
outro São Chico (o de Paula) e que tais cidades defendem que o ritmo foi parido
em seus limites geográficos. É uma disputa boa e que, radicalismos a parte,
serve para alimentar nosso folclore.
O que posso repassar é que fui
recebido com o maior carinho, hospitalidade, educação e apreço pelo povo
Assisense que cultua fervorosamente tudo que se reporte ao Bugio. Dos primatas
que roncam na praça principal ao ritmo, inclusive com uma estátua do gaiteiro
Neneca Gomes que seria, na versão de São Chico de Assis, o primeiro gaiteiro a
tocar um bugio. É uma cidade acolhedora, com um manancial histórico inesgotável
e com o firme propósito de salvaguardar o Bugio. O evento, intercalado com músicas, danças e
belos depoimentos, foi um sucesso de organização e de público.
Muito obrigado Prefeito Paulo
Renato Cortelini (que inclusive assinou um Decreto de nº 1277/2022 nos declarando
Hóspedes Oficiais do Município) e aos fraternos Regis Lançanova, Prescilla
Saquett e Valdevi Maciel que, sem perder a identidade local, vislumbram algo
maior para o nosso ritmo rio-grandense.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022
136 ANOS DA MORTE DE JOSE HERNANDEZ
AUTOR DE MARTIN FIERRO
Jose Hernandez nasceu General San Martín, Província de Buenos Aires, em 10 de novembro de 1834 e morreu em Belgrano, a 21 de outubro de 1886. Foi poeta, político e jornalista argentino, conhecido, principalmente, pela obra Martín Fierro, considerado o livro pátrio da Argentina.
Filho de Rafael Hernández e Isabel Pueyrredón. Viveu seus primeiros anos de vida no bairro de Pueyrredón, o qual deixou em 1840, uma vez que sua família teve de se transferir para o interior da província, por razões de trabalho.
Interessou-se muito pelos estudos quando iniciou sua escola primária, porém foi obrigado a deixar os livros por conta de uma doença repentina, tendo de viver no campo para buscar sua recuperação. Por este motivo, aprendeu tudo o que sabia por conta própria: observador atento da arte da criação de gado, dirigida pelo padre e exercida pelos gaúchos, participou ajudando nessas tarefas. Como era ainda jovem, teve contato com o estilo de vida, a língua e os códigos de honra dos gaúchos.
Hernández era autodidata e, por meio de numerosas leituras, adquiriu firmes ideias políticas. Entre 1852 e 1872, época de grande agitação, defendia a idéia de que as províncias não deveriam permanecer ligadas às autoridades centrais estabelecidas em Buenos Aires.
Participou de uma das rebeliões federais, mais especificamente a primeira, encabeçada por Ricardo López Jordán, também chamada de Revolução Jordanista, que terminou em 1871 com a derrota dos gaúchos e o exílio de Hernández no Brasil. Após essa revolução, tornou-se, por pouco tempo, assessor do general revolucionário, porém, com o tempo, distanciou-se do mesmo.
Quando voltou para a Argentina, em 1872, continuou sua luta utilizando a imprensa como meio. Também desempenhou a função de Deputado e Senador da província de Buenos Aires. Como senador, defendeu a federalização de Buenos Aires por meio de um memorável discurso, opondo-se a Leandro Alem.
Entretanto, foi através de sua poesia que conseguiu eco para suas propostas e a mais valiosa contribuição para a causa dos gaúchos. El gaucho Martín Fierro (1872) e sua continuação, La vuelta de Martín Fierro (1876), juntas, formam um poema épico popular. É considerada, geralmente, a principal obra da literatura argentina.
Hernández faleceu em Buenos Aires em 1886, acometido por um problema cardíaco. Seus restos mortais estão no cemitério da Recoleta, Buenos Aires, Argentina.
No dia 10 de novembro, celebra-se, em sua homenagem, o Dia da Tradição na Argentina.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022
OS BONDES DE PORTO
ALEGRE
O desenvolvimento dos arrabaldes
de Porto Alegre passou a exigir, a partir da segunda metade do século 19, um
sistema de transporte que interligasse o centro da cidade aos arraiais que
floresciam, especialmente Menino Deus e Glória. A primeira linha de bondes foi
instalada em 1864, mas só foi inaugurada em 1870. Chamava-se Maxambombas. Os
trilhos eram de madeira. A estação estava localizada na esquina da Avenida João
Pessoa com a Sarmento Leite, onde posteriormente seria a sede da Carris. O
trajeto dos maxambombas ia da atual Praça Argentina, descia a João Pessoa e
tomava o rumo do Menino Deus.
O sistema durou pouco. Já em
1873, foi substituído pelos bondes puxados a burros, explorados pela Companhia
Carris de Ferro Porto-Alegrense, empresa autorizada a funcionar por Decreto do
Imperador Dom Pedro II. Além da linha do Menino Deus, a cidade ganhou, então,
outras duas: para o Partenon e para o Caminho Novo (Voluntários da Pátria). Os
bondes de tração animal serviram a cidade durante 35 anos. Em seu lugar
chegaram os flamantes bondes elétricos, alguns de dois andares que logo os
porto-alegrenses apelidaram de “chope duplo”. Os bondes elétricos percorreram a
capital por 62 anos, sendo desativados em março de 1970.
Fonte: Porto Alegre – A Cidade e
sua Formação, de Clóvis Silveira de Oliveira.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022
PRIMAVERAS DE SAUDADES
No dia do seu aniversário (19/10) publico resenha do poema que fiz há sete anos, quando o Lucas foi morar distante.
Meu filho deixou "as casas",
achou por bem ir embora
e no singrar da aurora
com esforço bateu asas.
Na malinha velha e rasa
juntou sua roupa singela.
Atravessou a cancela,
olhou, por fim, para trás
e lá se foi meu rapaz...
Eu vi tudo da janela.
Deixou aqui suas lembranças,
seu cavalo, seu cachorro
e já no segundo morro
se sumiu o meu confiança,
o meu guri, minha herança
de sangue, honra e sequência
mas levou junto a essência
do que podemos lhe dar
o amor fraterno do lar
e o respeito querência.
Na verdade havia um tempo
que ele pensava nisto,
camperear algum serviço
que lhe provesse o sustento
pois ninguém vive do vento
soprando nos tarumãs.
Com cheiro de picumã
encroado na camisa
se foi, cruzando divisas,
sem saber do amanhã.
E pensar que fiz igual
quando deixei os meus pais
nem reparei nos seus ais
e hoje sofro o mesmo mal.
Assim é a vida, afinal,
tudo que nasce tem fim.
Só lembro que disse assim
pro meu eterno menino:
- Que vá trançar teu destino
mas volte, um dia, pra mim!
