RETRATO DA SEMANA

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segunda-feira, 1 de agosto de 2022

EXPOSIÇÃO CELEBRA MARIO QUINTANA



Foto: Dulce Helfer / Divulgação 


A Biblioteca Pública do Estado (BPE) do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, abre nesta quinta-feira (28) mostra para comemorar o aniversário de nascimento do poeta Mario Quintana (1916 -1994). Com fragmentos da vida e obra do autor e tradutor, a exibição está na Sala de Leitura da BPE e segue até 18 de agosto.

A exposição “Mario Quintana: 116 anos de poesia” apresenta o manuscrito de poema inédito do autor, doado esse ano pela Associação dos Amigos da BPE, assim como cópias de outros originais, fotografias, informações e documentos, além das edições dos seus principais livros.

“Mario Quintana era frequentador assíduo da Biblioteca Pública do Estado, considerada por ele um refúgio de estudo e lazer”, comenta a diretora da BPE, Morgana Marcon.

De acordo com a diretora, pesquisas recentes indicaram que o escritor frequentava a biblioteca desde adolescente. "Uma passagem do livro 'Da preguiça como método de trabalho' cita que, quando o poeta tinha 17 anos, seu pai, incomodado, veio à Biblioteca Pública consultar o fichário para informar-se sobre quais livros o filho lia, e saber de onde o menino tirava aquelas ideias”, relata Morgana.

Como lembrança, os visitantes poderão escolher em um baú alguns poemas de Mario Quintana para levar para casa.

A Biblioteca Pública do Estado funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, com entrada gratuita. Visitas guiadas podem ser agendadas pelo (51) 3244-5045.

Quintana nasceu em Alegrete, na Fronteira Oeste do estado, em 30 de julho de 1906 e morreu em Porto Alegre, em 5 de maio de 1994. Considerado o poeta das coisas simples, seu estilo foi marcado pela ironia, profundidade e técnica. Além da poesia, atuou como jornalista quase toda a sua vida.

Entre 1953 a 1977, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados. Na Editora Globo, traduziu mais de 130 obras da literatura universal. Em 1940, lançou o seu primeiro livro, "A Rua dos Cataventos", iniciando a carreira de poeta, escritor e autor.

Por residir de 1968 a 1980 no Hotel Majestic, no Centro Histórico de Porto Alegre, o prédio ganhou seu nome e foi transformado na atual Casa de Cultura Mario Quintana, inaugurada em 1990.