Segundo a filha do saudoso Telmo de Lima Freitas, os "amigos do alheio", ou como costumo chamar "os graxains de duas pernas", arrobaram a porta dos fundos do rancho aonde o imortal missioneiro costumava passar seus dias recebendo os amigos ou fazendo alguma lida, nos fundos de sua casa, em Cachoeirinha.
O local, ao tempo do Telmo, era um verdadeiro museu aonde seu "curador", o próprio cantor, mantinha tudo do seu jeito, sem catalogação, bem natural. O burro branco andando junto dos visitantes, seu cavalo grameando por ali, gato e cachorro dormindo pelos cantos.... Um verdadeiro galpão de campanha encravado na cidade grande.
Pois agora, bagunçaram estas preciosidades. Coisa de gente jaguara.
Mas nós somos os culpados. Não temos uma política pública de proteção aos nossos bens culturais. Essas peças de pura autenticidade, após a morte de seu proprietário e sem a possibilidade de alguém atender em tempo integral, mereciam uma sala em algum museu. Mas como exigir isto se nem um museu do gaúcho nós temos?
Um verdadeira lástima o que acontece com um Estado tão rico em tradições mas paupérrimo em suas preservações.
Neste galpão Telmo de Lima Freitas varava as horas.
