Caros leitores
Já expressei, aqui, diversas vezes, o prazer que tenho de levar mensagens sobre nossa tradição gaúcha a todos vocês. Não é fácil repontar diariamente notícias, poesias, atualidades culturais, sem cair na mesmice. Mas sempre dou um jeito. Total, quem corre porque gosta não cansa.
Sempre evitamos falar sobre futebol, religião, política, para que o blog não vire uma tribuna, ainda mais nos dias cinzentos pelos quais atravessamos. Contudo, tem dia que fica difícil. Ou tu dá uma de avestruz ou risca de adaga o chão do salão.
Mateando hoje pela manhã escutei uma notícia que me fez agarrar nojo de tudo. Segundo a reportagem (e um áudio confirma a matéria) um pastor em um gabinete paralelo ao Ministério da Educação era o "mensageiro de Deus", autorizado a pedir propina para liberação de verbas para a educação.
Na citada gravação o "ágio" estipulado para um prefeito foi o de 1 Kg de ouro (nos valores atuais, em torno de 300 mil).
Então eu faço duas perguntas:
- Qual a finalidade de um gabinete paralelo? Pastor não tinha que estar na igreja?
Minha gente. Enquanto nós continuarmos tratando a educação desta maneira o Brasil nunca vai mudar. A miséria e a fome dos alunos das periferias, os prédios escolares degradados, sem as mínimas condições, alunos caminhando quilômetros para assistir uma aula, docentes mal remunerados...
Tudo começa na educação mas tudo que começa mal termina mal. Assim nós andamos.
E a coisa não vem de hoje. A corrupção na Pátria Amada é endêmica, pandêmica, ou sei lá o que, desde o descobrimento. Quem tem oportunidade e não rouba é taxado de "boca aberta" e quem tenta manter a ordem é escorraçado do sistema, como foi o caso de Dom Pedro II. Vejam que os graxains de duas pernas vem de tempos.
Infelizmente minha geração, a dos meus filhos, netos e bisnetos, não verão uma luz no fim deste túnel chamado Brasil.
Bueno. Agora vou tentar pegar no tranco e voltar ao foco do blog. Mas não está fácil.
