Gostei da coluna do
jornalista David Coimbra na Zero Hora de hoje, 18 de agosto, sob o título Os
Talibãs dos Trópicos. Ele faz referência ao ímpeto juvenil que foi motivo, para
o bem e para o mal, de diversas iniciativas que tornaram-se fatos históricos. É
a energia e a ânsia da juventude em querer mudar o mundo.
Faz referência que o
atual Talibã, radicais, imprevisíveis, uma tragédia humanitária que assombra a todos,
foi fundado nos anos 90 por 40 estudantes muçulmanos. O significado de Talibã é
"estudante".
Cita, também, que o general inglês
Baden-Powell percebeu a volúpia da idade durante um cerco na Guerra dos Bôeres,
na África do Sul. Ele estava quase perdido, sitiado na cidade, quando decidiu
usar meninos do lugar para tarefas arriscadas. Convencidos de que o trabalho
era importante, portaram-se com bravura e faziam coisas que soldados experientes
vacilavam em fazer. Devido a isso Baden-Powell fundou o escotismo.
O problema da temática
de hoje é que os exemplos de David Coimbra são, em sua maioria, para fatos que derivaram
para atrocidades como a nefanda Juventude Hitlerista, que o líder nazista
conduziu, ou a Revolução Cultural da China idealizada por Mao, nos anos 60,
aonde o poder central era exatamente os jovens que formavam a Guarda Vermelha.
Sei que a intenção do
colunista é mostrar que os jovens são ideais para organizações paramilitares
porque eles precisam da sensação de pertencimento a um grupo, e esse grupo, em
geral surge com a ideia de renovação, de transformação.
Para contrapor,
respeitosamente, as colocações verdadeiras deste escritor,
trago para nossa seara regional, motivo deste blog, uma lembrança boa. Foram 8
jovens idealistas, estudantes do "Julinho" - Colégio Júlio de Castilhos - liderados por João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, que criaram
esta que é uma das maiores comunidades sociais do mundo, ou seja, o Movimento
Tradicionalista Gaúcho.
Uma pena que os ideais daqueles jovens envelheceram e as tentativas de renovação nem sempre surtiram efeitos.