O número 13 é
considerado de má sorte. Na numerologia, é considerado um número irregular,
sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e
também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta)
com o número de azar (13) tem-se, pela tradição, o mais azarado dos dias.
Contudo, não há nenhuma
evidência de que o 13 tenha sido considerado um número de azar pelas culturas
antigas. Pelo contrário, muitos povos o consideravam um número sagrado. Para os
egípcios, a vida era composta por 12 diferentes estágios para que o ser humano
alcance o 13º, que era a vida eterna. Dessa forma, o número 13 foi assimilado
com a morte, mas não com uma conotação negativa, mas como uma gloriosa
transformação. Essa ligação com a morte permaneceu e foi distorcida por outras
culturas que nutriam o medo da morte e não a viam como algo presente no destino
de qualquer vida.
Existem histórias
remontadas também pela mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve
um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia,
apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder,
o favorito dos deuses. Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um
jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são
constituídos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.
Segundo outra versão, a
deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a frigadag, sexta-feira).
Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi
transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas
com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da
Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.
Com relação à
sexta-feira, diversas culturas a consideram como dia de mau agouro: Na tradição
judaica o grande dilúvio aconteceu na sexta-feira. A morte de Cristo aconteceu
numa sexta-feira conhecida como Sexta-Feira da Paixão.
No cristianismo é
relatado um evento de má sorte em 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a
Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França. Os seus
membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais
tarde, executados por heresia.
Recorde-se ainda que na
Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e
Judas Iscariotes, apesar do último não ter participado de toda a celebração,
morreram em seguida, por mortes trágicas. Jesus executado no madeiro e Judas
por suicídio. O número 13 costumava ser considerado uma ligação com Deus, daí a
quantidade de membros presentes na Santa Ceia.
Note-se também que, no
Tarô, a carta de número 13 representa a Morte.
No século XX, esse dia
serviu de inspiração aos filmes da franquia Sexta-feira 13.