Alguns dias antes das
eleições do Movimento Tradicionalista Gaúcho fiz uma postagem torcendo para
que, independente do vencedor, as forças se unissem em torno dos mesmos ideais
preconizados nos idos da fundação da instituição.
Após o resultado
percebeu-se que isto não iria acontecer. Envaidecidos pela vitória alguns
adeptos da chapa eleita democraticamente e por larga margem de votos, lançaram algumas provocações que foram respondidas imediatamente. Penso que este deveria ser o
momento de grandeza da nova administração, ou seja, deixar de lado o passado de
picuinhas e tentar consertar através do trabalho aquilo que,
na sua visão, vinha sendo conduzido erroneamente. Neste bate-boca infantil quem
tem a perder é a nova diretoria que, agora, é vidraça.
Para piorar, não passou uma semana na casa nova (ou nem tão nova assim), o presidente Manoelito Savaris, apoiado por um grupo de coordenadores mas ignorando o que já havia sido acordado, determinou que o Concurso de Prendas e Peões, regional e estadual, adiado para 2022, seja realizado no dia 29 de agosto vindouro e apenas de forma escrita, isto é, os novos representantes serão avaliados através de 30 perguntas ignorando as provas práticas, de pesquisas e participação em atividades tradicionalistas, que também contam pontos.
Talvez tal ato seja uma satisfação a meia dúzia de correligionários que tanto ironizaram a antiga diretoria por "nada
fazerem presencialmente", ignorando os tempos de pandemia.
É claro que esta atitude
reforçada pela determinação do presidente
de que, caso os candidatos não compareçam as provas, os coordenadores podem nomear
substitutos, desencadeou uma enxurrada de críticas. Era tudo o que a oposição
precisava logo neste início de mandato.
Só acho que a hashtag criada pelos descontentes poderia ser mais clara.
# ajuventudenaovale30questoes
Penso que ficaria
melhor desta maneira:
#ajuventudevalemaisque30questoes
Por tudo isso reafirmo que a lâmpada que iluminou pessoas como Barbosa Lessa, Paixão Côrtes, Hugo Ramirez, Ciro Dutra Ferreira, e tantos outros, está quebrada, bipolarizada, com disputas de vaidades aflorando, e isto tudo só se conserta com aproximação, com uma boa prosa, com humildade, o que parece não ser o forte de nenhuma ala dos mandatários do tradicionalismo. Infelizmente.