Continuando no tema de estátuas, nossa última postagem de ontem.
Para mim os dois maiores ídolos da cultura gaúcha, um na música outro no folclore, foram Honeyde Bertussi e Paixão Côrtes, respectivamente.
Pois estes dois saudosos mestres são homenageados em forma de estátuas em seus locais de nascimento. Honeyde e Adelar (Os Irmãos Bertussi) em São Jorge da Mulada, na Criúva, e Paixão Côrtes na entrada de Santana do Livramento.
Tais relembranças são perenes e bonitas. Contudo, tecnicamente falando, penso que, na suas formas, são meio estranhas.
Desde que fizemos nossa Cavalgada de São Francisco de Paula a São Jorge da Mulada, Criúva, na inauguração do Memorial Irmãos Bertussi (foto acima), a minha mania de perfeição em relação as formas dos monumentos - não gosto da arte moderna - me dizia que algo não estava bem naquelas representativas estátuas destes dois imortais artistas de cima da serra.
Ontem tirei o dia para pesquisar monumentos de artistas rio-grandenses e, novamente, meus olhos se prenderam neste memorial. Pensei que pudesse ser o corpo fino e esguio do Adelar Bertussi (a esquerda, tocando). Mas acho que não. O que realmente está estranho é o tamanho da gaita. Ela parece gigante, principalmente o teclado. Ou será que são meus olhos?
Se olharmos esta foto que deu base ao trabalho do escultor
veremos que, realmente, a gaita da estátua
está desproporcional ao corpo.
Já em relação ao monumento a Paixão Côrtes, me causa um pouco de estranheza seu braço esquerdo saudando os visitantes.
O que vale, na verdade, é o esforço que familiares, amigos e a própria comunidade fizeram para perpetuar a imagem de seus filhos ilustres. As formas são detalhes para chatos, como eu.