RETRATO DA SEMANA

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quinta-feira, 25 de março de 2021

QUANDO TUDO PARECIA PASSAGEIRO

 

Ontem, dia 24 de março, completou um ano da primeira morte por Covid no Rio Grande do Sul. Naquela ocasião, quando tudo ainda era novidade, parecia que seria algo passageiro. Começavam as recomendações para lavar bem as mãos, ficar em casa, não dividir o chimarrão, ao tossir ou espirrar virar para um lado. A gente levava a coisa meio na farra e não botava muita tenência nas notícias que vinham da Ásia.

Também no dia de ontem, o Brasil atingiu a marca de 300 mil pessoas que deixaram por aqui amigos e parentes, numa tristeza sem fim. Cada vida que se vai são mil saudades que ficam. Não vou entrar neste mérito de apontar responsáveis. São muitos. O que desejamos é que tudo isto tenha um fim o mais rápido possível. 

Naquele março de 2019, quando parecia que esta terrível pandemia não passava de uma peste sem consequências, já meio solitário pelo rancho ainda me dei ao trabalho de brincar com a situação fazendo um boneco para matear comigo.  

Fiz até um verso naquele momento. Contudo, o perigo não passou. Ao contrário, se adelgaçou, fugiu ao controle e se mantém bem perto de nós.  Que Deus nos proteja. 



VISITA SEM VÍRUS
 
Boa prosa, chimarrão,
torresmo, doce de figo...
Nos tempos de solidão,
de saudade dos amigos,
eu uso a imaginação
até que passe o perigo.