“Meu dançar” ensina técnicas de interpretação feminina
para danças tradicionais gaúchas
A dança é arte,
envolvimento e interpretação. No caso das danças tradicionais gaúchas, também é
história e reviver de um tempo. Como as mulheres atuais, ao subirem num tablado
para dançar queromana, tirana e tantas outras modalidades, incorporam ao bailar
o jeito e percepção de ser e estar no mundo daquelas que a precederam 50, 80,
até 100 anos?
A prenda e
tradicionalista Sandra Regina de Alencastro Lima debruçou-se sobre este tema. O
resultado é o livro “Meu dançar”, que está sendo preparado para lançamento pela
Pragmatha Editora. A obra aborda como as prendas se percebem ao dançar e
interpretar as danças tradicionais gaúchas, sabendo que representam mulheres de
um tempo remoto, com ideias, possibilidades, realidades bem diferentes das
atuais.
O objetivo, segundo a
autora, é compartilhar técnicas e ferramentas para que as prendas, meninas,
mulheres, compreendam quem eram as mulheres que elas projetam nas danças
tradicionais gaúchas, e como representá-las o mais fielmente possível e com
leveza, com prazer.
“Meu dançar” tem como
público-alvo as prendas, peões e apreciadores da arte de dançar. “Me junto a um grupo de tradicionalistas que
querem estudar mais, compreender melhor, cultivar raízes, ir além do que
conhecem sobre as danças e nossa cultura”, afirma Sandra. Ela diz que o amor às
coisas do Rio Grande é cultivado de geração em geração. Desde os seis anos
vivencia as danças tradicionais gaúchas, começando na escola. Aos 15 concorreu
ao título de prenda do CTG Estância Pedro Broll Sobrinho, em Cacequi, e começou
a participar do grupo adulto da entidade. “Muitas histórias, muitas vivências
nesse grupo por muitos anos”, conclui.
Oficina Virtual de Capacitação para Músicos de Invernada
A oficina pode ser acessada pelo link
https://www.youtube.com/watch?v=sFrFIt1Xq5g&t=80s
Oficina aborda tear manual para trajes históricos
Roger Izidoro, do município de Harmonia, oferece pelo Programa Invernadas Culturais a “Oficina de tear manual”. O projeto ensina a confecção de peças de lã, especialmente trajes históricos, para grupos de dança.
Segundo Roger, aprender a técnica pode significar uma nova fonte de renda, uma vez que permite a confecção também de outros modelos de peças e com materiais similares. “E o acesso a um tear manual tem um custo relativamente baixo”, afirma.
O Programa Invernadas Culturais é desenvolvido pela Fundação Cultural Gaúcha em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura.
A oficina pode ser acessada no link
https://www.youtube.com/watch?v=YFKfV4dGe98
Sandra Veroneze
Pragmatha Business