Cantado e descrito em verso e prosa na cultura gaúcha como uma região tradicional do Rio Grande do Sul, o pampa nunca esteve menor. Restrita ao nosso Estado, além de porções de territórios da Argentina e do Uruguai, essa área que ocupa 63% do território gaúcho sofre com devastação, negligência e falta de proteção. Atualmente, a vegetação nativa ocupa 33,6% do bioma. A participação é menor do que em 1985 e 2012, quando o campos nativos cobriam respectivamente 44,4% e 37,5% do território do bioma.
A diminuição da vegetação nativa campestre decorre das expansões da produção agrícola, da sivicultura e das pastagens cultivadas, sendo que a soja é o principal cultivo a ocupar as área originalmente constituídas de vegetação, conforme aponta o estudo A Agonia do Pampa, da Rede Campos Sulinos, iniciativa capitaneada por pesquisadores da Universidade federal do Rio Grande do Sul (UFURGS). Segundo o professor Eduardo Vélez, "esse tipo de vegetação nativa vem sofrendo historicamente os efeitos de sua supressão para usos alternativos do solo. Em muitos caos, essa conversão já ultrapassou limits considerados aceitáveis do ponto de vista ecológico, resultando em extinsões locais de espécies e comprometimento de serviços ecossistêmicos"
Resenha da matéria de Guilherme Justino postada no dia de hoje no Jornal ZH
