Quando
Vilson Souza entregou um Freio de Ouro e a cabanha para a família Pons, se
abria uma nova era: a era dos ginetes profissionais. Era 1990, ele havia
vencido o Freio com Nobre Tupambaé e comunicou a seu Dirceu, seu “segundo pai”
que entregava o cargo de gerente e ginete da cabanha para seguir carreira solo.
Já tinha comprado a área onde está a Cabanha Marca Dois, em Bagé. E seguiu pra
lá levando o fiel escudeiro, Laurindo Afonso. A partir dali, a maioria dos
ginetes cria seu próprio Centro de Treinamento e se profissionaliza no ofício.
Um jovem estudante de veterinária que estava em Bagé lembra que ia para a Marca
Dois e ficava observando a postura de Vilson a cavalo. Era Felipe Silveira, que
depois viria a vencer o Freio. Por ali passaram alunos como Eliana Sussembach
(a primeira mulher a participar de uma final do Freio), Gustava Delabary, Jorge
Rosas Demiate Junior e outros. O Freio tinha, enfim, escola. E os ginetes, uma
profissão.
Texto de Renato Dalto extraído do livro Coração de Cavaleiro que retrata a vida gineta de Vilson Souza.