Em outubro de 2019 diversos artistas reuniram-se em show solidário ao guitarreiro argentino radicado no Rio Grande do Sul desde 1980, Lúcio Yanel (ver postagem abaixo).
Um ano após a saga deste violonista que fez escola dentre os músicos gaúchos continua.
Segundo matéria de hoje do Jornal Zero Hora, em seu segundo caderno assinada por Andrei Andrade, com a colaboração de Alexandre Lucchese, uma nova corrente solidária acontecerá no próximo sábado buscando recursos para ajudar o violonista que encara drama familiar envolvendo a esposa Sueli de Fátima, que sofre de Alzheimer.
Capitaneada pelo flautista Pedrinho Figueiredo, a ação intitulada "Violão Entre Amigos" irá ao ar dia 12 de dezembro, as 19h, no canal de Yanel no YouTube.
A campanha consiste na gravação de um vídeo em que oito violonistas irão executar uma música cada um - de autoria ou que tenha sido inspirada por Yanel - além de dar um depoimento sobre a importância do argentino de Corrientes para a sua formação musical.
Integram o time Alessandro Penezzi, Daniel Sá,Daniel Wolff, James Corrêa, Marcello Caminha, Marco Pereira, Neuro Junior e Thiago Colombo.
O material ficará no ar durante 45 dias, período em que será possível fazer doações de qualquer valor na conta bancária que estará indicada no vídeo. O evento conta com o apoio técnico da EXP Transmídia.
Durante a pandemia, Lucio Yanel apresentou três lives pelo edital FAC Digital e lançou seu site oficial, com três cursos online em que ensina técnicas para executar no violão ritmos como a milonga, o tango, a chacarera, entre outros.
Parceiro musical de Jayme Caetano Braun, Gilberto Monteiro e Luis Carlos Borges, entre outros, Yanel contribuiu para a consolidação de um movimento da música regional gaúcha que teve início nos anos 1970, com grandes festivais. Com seu estilo, ajudou a dar protagonismo ao violão, até então considerado um instrumento de acompanhamento - usualmente, só a gaita costumava disputar com a voz o primeiro plano dos arranjos.
- Posso dizer que sou um dos propulsores para que este movimento tenha ganhado qualidade. Quando cheguei aqui, já havia corrido pelo mundo, era um profissional. Na questão do violão, tudo era muito amador por aqui. Havia muita coisa por fazer - lembro Yanel na reportagem de ZH.
MATÉRIA PUBLICADA EM NOSSO BLOG EM OUTUBRO DE 2019