RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Pinheiro Machado, ao centro, sentado, e seu estado maior - Revolução Federalista -

domingo, 4 de outubro de 2020

HÁ UM ANO, EM NOSSO BLOG.

No dia 04 de outubro de 2019 postamos a seguinte matéria:
 
 
 
 
A ORIGEM DOS LENÇOS
 
 
 
e a sua Importância na Indumentária Gaúcha  
      Por Maxsoel Bastos de Freitas1
  
Introdução 
O objetivo deste artigo é reconstruir através de uma pesquisa e de uma consequente narrativa o processo de construção e patrimonialização de itens da nossa indumentária gaúcha. 
Este estudo passa a ter um recorte que apresenta o objeto de pesquisa: A origem do Lenço Gaúcho, que faz parte de uma indumentária típica e cultural para o povo do sul do continente americano e sua proposta como elemento que materializa a ideia de uma identidade gaúcha.
O estudo parte de parcos recursos de pesquisas que invariavelmente acabam por repetir algumas definições que aparentemente não se lastreiam em bibliografias sólidas que possam indicar que para os conceitos usados foram utilizados métodos estruturados de investigação a cerca do tema
Quando observamos usos e costumes que ultrapassam mais de um século, o registro do processo de construção e patrimonialização a partir do método de coleta histórica, precipuamente oral, carrega para o núcleo da pesquisa uma esfera oculta a respeito das trajetórias de construção da indumentária gaúcha, já que não há registro de estudos envolvendo o universo do acervo de indumentária que atualmente temos como identidade em nossa cultura, especificamente dos lenços. 
É preciso ter cuidado porque um dos temas fundamentais para trabalhar com história que provem da oralidade, e quando pesquisamos a origem do lenço gaúcho nos deparamos com este recorte, é o das vozes ocultas, pois não há documentos sobre essas memórias, tornando-se muitas vezes campos mágicos ou obscuros para se explorar. Desta forma, é possível interpretar a história de um acervo e de uma cultura por meio da escuta aos interlocutores mais antigos e do registro da história de sua vida, onde a memória é tudo aquilo que remete ao passado no presente, dentro de um lapso de tempo e de um determinado lugar, no caso em analise, no Rio Grande do Sul.
Pensando assim, este estudo ganha relevância ao termo que nos ajuda a pensar em como artefatos como os lenços passaram a fazer parte das vestimentas e, assim, que tenham passados a ter um sentido para o mundo e para a identidade visual e psicológica dos gaúchos. Do mesmo modo que os interlocutores vivos, as indumentárias, como no caso em estudo os lenços gaúchos, também são narradores e protagonistas de uma história que se personifica e transcende o próprio tempo.
Aqui, compreendemos que patrimônio cultural e de identidade é um status em que os Lenços Gaúchos tornaram-se a própria testemunha, uma fonte carregada de ideais e valores da sociedade na qual foram e são consumidos, usados e/ou constituídos.
Relaciona-se patrimônio cultural com memória e marcas de identidade de uma sociedade, na qual a memória coletiva atua como narrativa do passado e constituinte de uma identidade social inegável.
Ainda, os lenços, referidos aqui como parte da indumentária gaúcha, repita-se, são compreendidos como uma experiência condicionante das relações sociais, e não apenas um produto de estética resultante das conjunturas sociais e anseios políticos de uma época. Neste compasso, as interações sociais estão permeadas pelos objetos, onde a indumentária constitui um grupo e escancara seus ideais e vontades.
Os lenços gaúchos, dentro de um espaço patrimonial, neste trabalho, são caracterizados como um verdadeiro documento, como parte da cultura material e como um bem cultural. O formato, o tamanho, a cor, os métodos de uso, os sujeitos envolvidos na criação bem como as formas de organização e inserção das peças em locais compreendidos como patrimônios são alguns dos aspectos que constituem a trajetória desses artefatos tão importantes.
1. Origem dos Lenços 
Os lenços, assim como as roupas, possuem como sua primeira função proteger o corpo. Porém, podem ser utilizados como identificação entre pessoas e seus grupos, suas origens, tribos, status social etc. A história antiga e, mesmo a contemporânea nos revela:
– Que a rainha Nefertiti foi a primeira mulher na história a usar um lenço na cabeça em 1350 a.C. O tipo de lenço que a misteriosa rainha do Egito usava era conhecido como “khat”.
– Em 1261 d.C a dança do ventre, dançada no Egito, trazia o lenço como acessório para a dança e para o figurino da dançarina, que amarrava o lenço na cintura como uma saia.
– A rainha Vitória da Inglaterra e a princesa Elena Meshcherskaya da Rússia foram duas das responsáveis por ajudar a popularizar o lenço como acessório entre o ano de 1837 e 1843.
Mais a fundo, constata-se que o lenço que deu origem as gravatas masculinas, cachecóis entre outros acessórios de vestuário tem uma história que remonta os antigos egípcios e passa pela história de croatas, franceses e chineses. A origem do lenço também passa pela antiga Roma por um pedaço de pano de linho que era chamado de sudário que significa “pano de suor” em latim. 
Arqueólogos identificaram em torno do pescoço de múmias egípcias uma espécie de amuleto conhecido como Sangue de Ísis. Esse objeto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função era proteger o corpo dos perigos da eternidade.
Os romanos utilizavam esses tecidos para limpar o suor do rosto e do pescoço, dessa forma a utilidade era mantê-los limpos e não quentes como fazemos hoje em dia. Com o passar do tempo os lenços começaram a ser utilizados em volta do pescoço e também atados aos cintos. As mulheres romanas gostaram dessa moda e logo aderiram.
Alguns historiadores acreditam que os primeiros lenços de pano eram utilizados pelos guerreiros do imperador chinês Cheng (Shih Huang Ti), em 230 a.C., contudo, existem registros de que esse tipo de lenço já era comum entre os mercenários croatas.
Em seu livro “La grande Historie de la Cravate” (Flamarion, Paris, 1994), Francoise Chaile nos conta sobre os aspectos deste apetrecho e sua posterior difusão:
“(…) Por volta do ano de 1635, um grupo de 6 mil soldados e cavaleiros vieram a Paris manifestar seu apoio a Luis XIII e Richelieu. Entre eles havia um grande número de mercenários Croatas que, separados pelo exílio, permaneceram a serviço do rei Francês. (...)”
Nesse caso havia até mesmo uma distinção social, hierárquica, pois, os simples soldados utilizavam lenços de algodão enquanto os oficiais utilizavam o acessório de seda.
Os franceses gostaram tanto dos lenços coloridos de outros povos que passaram a utilizá-los em volta do pescoço, acessório que foi chamado de kravata que é uma palavra de etimologia croata que deu origem as gravatas. Para os franceses os lenços eram usados para mostrar a inclinação política do homem dependendo da cor escolhida.
2. A chegada dos Lenços no Brasil
Quando a família real portuguesa chegou ao Brasil, no século 18, apresentou a moda dos lenços usados na cabeça para as pessoas que aqui moravam. Porém, o que nem todo mundo sabia nessa época é que os lenços eram usados na verdade para evitar a propagação dos piolhos nas embarcações que vieram da Europa.
O problema com piolhos foi tamanho que a rainha Carlota Joaquina foi obrigada a raspar a cabeça.
As portuguesas e espanholas começaram com a moda de usar lenços bordados na cabeça e caídos sobre os ombros. Já os homens e mulheres franceses optaram por lenços menores e mais discretos amarrados no pescoço. 
3. Primeiros Registros históricos do uso de Lenços no Rio Grande do Sul 
Saint-Hilaire que esteve em terras gaúchas e no estuário do Prata entre os anos de 1820 e 1821, deixou importante registro histórico quando anotou que observou gaúchos argentinos da província de Entre-Rios e na cidade de São Borja e descreveu-lhes a indumentária da seguinte forma: 
"Trazem os cabelos trançados e um lenço ao redor da cabeça, um outro lenço, a que dão um nó muito solto, serve-lhes de gravata; como arma exibem uma grande faca à cinta."2
Também realizando importante registro, na mesma época, o francês Nicolau Dreys3, em suas anotações menciona o lenço dos gaúchos, cujo trecho merece destaque abaixo: 
"...um lenço, quase sempre amarrado na cabeça,..." 
Quando aos registros nas artes plásticas, temos obras como a no Uruguai, imortalizada por Juan Manuel Blanes quando pintou o gaúcho as vacarias de golilla, com o grande lenço aberto, esvoaçando às costas. Na mesma toada, em terras brasileiras, o pintor Jean-Baptiste Debret também materializou o gaúcho que vivia nas terras do Rio Grande do Sul com um lenço de pescoço, bem no inicio do século XIX.
Diante dos registros mencionados passa a ser indissociável que o lenço gaúcho era uma peça da indumentária gauchesca brasileira ou castelhana. Por esta afirmação o caminho da pesquisa a ser realizada passa a ganhar contornos mais amplos devido a necessidade que observarmos a influência castelhana/espanhola na introdução e reconhecimento desta peça de vestuário como parte de nossa indumentária cultural. 
Segundo o escritor castelhano Fernando O. Assunçao4 o lenço usado pelo gaucho argentino tinha vários usos. Geralmente colocado na cabeça, amarrado a ele, à moda marinheiro ou corsário ou amarrado sob o queixo, sempre sob o chapéu, ou como uma faixa para prender os cabelos compridos. No primeiro caso, serviu como chapéu ou rede, que o homem da vila, rural ou urbano, espanhol, gostava de usar para manter-se cobertos e protegidos da poeira e do sol.
Esta maneira de usá-lo de acordo com Assunçao é uma herança de marinheiros e camponeses peninsulares.
Para Fernando O. Assunção outro modo de uso, também de herança camponesa com reminiscências árabes, tinha por finalidade proteger a cabeça, as bochechas e o pescoço do sol durante o dia e, para os ouvidos, do orvalho e do frio no início da manhã e do pôr do sol; também da chuva de inverno, vento e frio. 
O lenço como distintivo político, já foi utilizado de um lado e do outro das margens do rio Uruguai. Na Banda Oriental, aparece o lenço vermelho dos colorados seguidores de Frutuoso Rivera e o lenço branco dos nacionalistas de Oribe. Na Argentina, os colorados de Juan Manuel Rosas combatiam ferozmente os azules e blancos da oposição provincial, anti-portenha.
Para contextualização devemos lembrar que o Gaúcho não é apenas um indivíduo natural do Estado do Rio Grande do Sul. O Gaúcho é o homem cavaleiro das Américas, que recebe na Argentina e no Uruguai o nome de Gaucho, no Brasil de Gaúcho, no Chile de Guaso, na Venezuela de Ilanero e no México de Charroe. 
O Gaúcho é um homem ligado ao campo e ao gado; é um homem que se forjou para enfrentar a intempérie, o vento, o frio, a chuva e tomar conta dos animais. Ele que no inicio de sua formação era um caçador, tornou-se um verdadeiro parceiro do sistema ecológico. O Gaúcho, acostumou-se a viver no campo ao ar livre, sob o lombo do cavalo. Temperou sua formação no frio e no calor do campo aberto. 
O homem Gaúcho, antes chamado de vago ou gaudério, nasceu nas fronteiras da Argentina com o Uruguai e com o extremo sul do Brasil. É um produto da miscigenação indígena com luso-brasileiros e espanhóis. Suas roupas eram e precisavam ser funcionais, reflexos de uma origem nômade.
O lenço vem acompanhando a história do gaúcho e do Rio Grande desde a sua colonização.
Com a fundação das missões pelos padres Jesuítas5, foram então introduzidos os tecidos, pois até então os índios fabricavam suas roupas e outros objetos de couro de animais. Os tecidos eram utilizados para a confecção de roupas que passaram a usar conforme severa moral jesuíta, entre elas a camisa, calções europeus, o tipo que era um vestido usado pelas índias, e o chiripa, usado pelos índios.
A colonização europeia, no sul do continente em especial do lado direito da margem do rio Uruguai, trouxe consigo roupas mais requintadas como botas, ceroulas, algumas espécies de gravatas, casacos e entre outros.
Quando observamos os parâmetros históricos podemos concluir que o lenço atado ao pescoço pode e deve ter surgido da evolução do lenço usado como gravata pelos europeus. Sua maior afirmação ocorreu quando foi adotado politicamente como designativo de cor partidária até o modo de atá-lo ao pescoço, surgindo assim o lenço gaúcho, atado ao pescoço, solto ao peito. Do seu uso, passou a ser instrumento de identificação; companheiros ou inimigos eram reconhecidos a distância pela cor dos lenços.
Neste contexto, os farrapos que lutaram contra o Império do Brasil de 1835 a 1845, usavam o lenço vermelho, atado de maneira própria como símbolo de seu grupo. Neste particular, os aspectos históricos registram que os farrapos mandaram confeccionar alguns lenços personalizados nos Estado Unidos. De acordo com  Apolinário6 Porto Alegre o pedido foi feito no dia 10 de maio de 1842.
Se há ligação ou não, com a escolha dos Estados Unidos, para confeccionar os lenços, cabe frisar que a maçonaria vermelha, de origem francesa e de feição republicana, que tem a divisão dos três poderes, tinha muita força nos Estados Unidos, assim como na jovem república rio-grandense e no Prata, visto que muitos de seus lideres eram maçons.
Os primeiros lenços encomendados que chegaram pelo porto da cidade de Rio Grande, foram queimados pelas forças imperiais ainda na alfândega dentro de seus próprios caixotes. Por outro lado, alguns exemplares que vieram por terra, conseguiram chegar no acampamento volante em terras de Manuel Moura. Estes exemplares eram lenços de seda, estampados no centro com emblemas e legendas, celebrando os feitos e ficaram conhecidos como “lenços farroupilhas”, dos quais ainda existem alguns exemplares em museus e em coleções particulares.
O Lenço Farroupilha7 possui uma simbologia para o estado do Rio Grande do Sul, por conter o Brasão de Armas (Símbolo Oficial). O lenço farroupilha foi encomendado a partir de Montevidéu no Uruguai para uma confecção nos Estados Unidos por intermédio de Bernardo Pires de Oliveira, apontado como o autor dos desenhos.
Em todos os lenços farroupilhas, conhecidos, aparecem as letras S. G. C., iniciais de Salve Grande Continente, segundo Alfredo Varela. Um novo exemplar de modo posterior foi confeccionado na Europa, na França ou na Alemanha e apenas chegou ao Brasil após assinada a paz da revolução farroupilha. 
Novamente os lenços como bandeira ideológica voltam ao cenário de lutas no Rio Grande do Sul nas revoluções de 1893 e 1923, nestas contendas, enfrentaram-se os lenços brancos de republicanos ou ainda chamados de “chimangos” e os lenços vermelhos dos federalistas ou “maragatos”, até os dias de hoje, conhecidos, como os mais tradicionais. 
Com o surgimento dos movimentos em prol do tradicionalismo e, com a consequente fundação do primeiro centro de tradições gaúchas, os gaúchos e tradicionalistas passaram a ostentar os lenços de tradição das suas famílias.
Conclusão 
Na lida de campo, no dia-a-dia, o lenço continua a ser usado, por dentro da gola da camisa, como proteção para não suja-la em dias de poeira, e também para limpar o suor do rosto se necessário.
A simbologia e o uso dos lenços continuam forte na cultura gaúcha. 
Quando, amarramos um lenço colorado e um lenço branco, juntos, temos neste ato o símbolo da paz eterna entre os gaúchos, neste ato rogamos para que nunca mais se derrame sangue de outro irmão gaúcho.
O lenço é a herança que trazermos e cultuamos como lembrança dos nossos ancestrais.
Com base neste estudo podemos concluir que os lenços, como parte da indumentária gaúcha, tiveram sua introdução no sul do continente pela colonização europeia, trazidos tanto pelos espanhóis quanto pelos portugueses, mas tudo indica, pelo contexto histórico do processo de colonização, especialmente do Rio Grande do Sul e, também da região do Prata que a difusão do uso deste apetrecho como parte da indumentária do gaúcho chegou primeiro pelas mãos dos espanhóis e dai pelo seus usos e costumes acabou espalhando-se praticamente por toda a América.
Cabe aqui mencionar, para uma maior reflexão, que os índios americanos apaches, conforme registros históricos pesquisados, também usavam um lenço amarrado ao pescoço da mesma forma que o gaúcho ainda usa. Estes índios habitavam o norte do México e, também, tiveram um amplo contato com os espanhóis durante o processo de colonização daqueles povos no decorrer do século XVI. 


1 Escritor, Poeta, Declamador, Pesquisador e Compositor. Professor Universitário, Palestrante e Consultor Aduaneiro, Advogado com atuação em Direito Aduaneiro e Internacional. Vice-Presidente do Piquete Fraternidade Gaúcha do GORGS. Membro efetivo da Estância da Poesia Crioula do RS. Membro da Loja Maçônica Gaúchos Templários – 1a. Loja Temática do Brasil (Tema Gaúcho). 
2 Viagem ao Rio Grande do Sul, Universidade de São Paulo, 1974, p. 34.
3 Notícia Descritiva da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul, Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 1961, p. 163
4 Assunçao, Fernando O. Pilchas Criollas, editor Claridad. 1975.
5 Desde 1609, Padres Jesuítas, missionários da Companhia de Jesus deram início a um trabalho de evangelização dos índios da vasta Província do Paraguai. Tiveram grande sucesso junto aos grupos Guarani, que viviam em aldeias agrícolas, num sistema semi-nômade.  O interesse do Império Espanhol era tomar posse das terras da Bacia Platina, como objetivo a conversão e colonização dos indígenas ao cristianismo, por ordem da coroa é instalada a primeira Redução, a de São Ignácio Guaçú, território Espanhol determinado pelo Tratado de Tordesilhas. Num período de mais ou menos um século, entre 1609 a 1706, os jesuítas expandiram sua evangelização pela região de Tape (Rio Grande do Sul). No Tape, a fundação dos povoados de Santo Tomé, São Miguel, São José, entre outros, representou uma dilatação das Missões do Paraguai para os territórios que hoje configuram o Rio Grande do Sul.
6 Cancioneiro da Revolução de 1835, Globo, Porto Alegre, 1935. 7 Apolinário Porto Alegre : Cancioneiro da Revolução de 1835, Ed. Globo, Porto Alegre, 1935, p.57
Referências
ABREU, S. de C. (Coord.). Indumentária Gaúcha. Porto Alegre: Movimento Tradicionalista Gaúcho, 2003.
APOLINÁRIO PORTO ALEGRE: Cancioneiro da Revolução de 1835, Ed. Globo, Porto Alegre, 1935.
ASSUNÇÃO, Fernando O. Historia del Gaucho. 2ª Ed. Buenos Aires: Claridad, 2007.
ASSUNÇAO, Fernando O. Pilchas Criollas, editor Claridad. 1975.
BENARUSH, M. K. Moda é patrimônio. In: CAMARGO, P. de O.; RIBEIRO, P. E. V. L.; WASHINGTON, F. (Org.). Moda e/é patrimônio. Rio de Janeiro: CCD, 2012. p.85-95.
DESVALLÉES, A.; MAIRESSE, F. Conceitos-chave de museologia. Tradução de: SOARES, B. B.; CURY, X. M. São Paulo: Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus: Pinacoteca do Estado de São Paulo : Secretaria de Estado da Cultura, 2013.
FAGUNDES, Antônio Augusto, Indumentária Gaúcha, Martins Livreiro Editor, 2ª Edição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul,1985.
FAGUNDES, Antônio Augusto, Curso de Tradicionalismo Gaúcho, Martins Livreiro. Editor, 2ª Edição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1995.
FLORES, Moacyr. Gaúcho: História e Mito. Porto Alegre: EST, 2007.
FLURY, Lázaro. Motivos Argentinos. Buenos Aires: Ciordia & Rodríguez, 1951.
LAMBERTY, Salvador Fernando, A B C do Tradicionalismo Gaúcho, Martins Livreiro. Editor, 5ª Edição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1996.
MEYER, Augusto, Guia do Folclore Gaúcho Coleção Brasileira de Ouro, Editora Tecnoprint Grupo Coquetel, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1995. 
MILLER, D. Trecos, troços e coisas: estudos antropológicos sobre cultura material. São Paulo: Zahar, 2013.
NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Tradução de: KHOURY, Y. A. Projeto História, São Paulo, v.10, p. 7-28, 1993.
PACHECO, R. de A. Educação, memória e patrimônio: ações educativas em museu e o ensino de história. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 30, nº 60, p. 143-154, 2010. PÁGINA DO GAÚCHO, endereço eletrônico, www.paginadogaucho.com.br
GARCÍA-CANCLINI, N. Los usos sociales del patrimônio cultural. In: Patrimônio etnológico: nuevas perspectivas de estúdio. Espanha: Junta de Andalucía, Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico, 1999.
GOLIN, Tau. O povo do pampa. Passo Fundo: EDIUPF; Porto Alegre: Sulina, 1999.
GONÇALVES, J. R. S. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2007.
HOBSBAWN, E.; RANGER, T. (Org.). A invenção das tradições. Tradução de: CAVALCANTE, C. C. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
KÖHLER, Carl. História do vestuário. 3ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
KÜHN, Fábio. Breve história do Rio Grande do Sul. 3ª Ed. Porto Alegre: Leitura XXI, 2007.
LESSA, Barbosa. Rio Grande do Sul, prazer em conhecê-lo. 4ª Ed. Porto Alegre: AGE, 2002.
LEVENTON, Melissa. História ilustrada do vestuário. São Paulo: Publifolha, 2009.
MACKENZIE, Mairi. Ismos para entender a moda. São Paulo: Globo, 2010.
NOTÍCIA DESCRITIVA DA PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO DO SUL, Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 1961, p. 163.
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul. 4ª Ed. Porto Alegre: Martins Livreiro, 2002.
VIAGEM AO RIO GRANDE DO SUL, Universidade de São Paulo, 1974, p. 34.
WORCMAN, K.; PEREIRA, J. V. História falada: memória, rede e mudança social. São Paulo: SESC SP: Museu da Pessoa: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

Anexo 1 – Imagem do Chefe Apache Jerônimo com lenço ao pescoço