Nunca mais "atorar" um chotes a moda antiga ao som da gaita do Porca Véia. Que m... tudo isso!! Mas como ele mesmo dizia: - Prefiro viver dez anos a mil do que mil anos a dez!
Quem lucrou com tudo isso foi a peonada da Querência do Infinito! Jari, Honeyde, Adelar... Imaginem o encontro do Porca com o Zé Cláudio Machado... "Virge" do céu!!!
O
ÚLTIMO BAILE
Letra:
Léo Ribeiro
Música:
José Claro (Zezinho)
No
palco de um baile campeiro
o
grande gaiteiro sua vida repassa.
Seus
versos por vezes tristonhos
embalaram
sonhos de toda uma raça.
Nos
olhos já brotam saudades
de
uma mocidade, de lindos momentos
no
peito são tantas lembranças
que
ficam de herança pro resto dos tempos.
Seu
toque é do estilo mais puro
luzeiro
no escuro, tem cheiro de chão.
Seu
jeito de taura sem medo
brotou
nos varzedos do velho Pontão.
Agora
o baile tem fim
a
vida é assim, se cala o cantor,
não
mais a negra cordeona
se
abrindo chorona sobre o tirador.
Pataquero
da estirpe indomada
fez
da pianada fiel companheira
levando
ao peão lá de fora
a
arte sonora terrunha e campeira.
Na
estampa o antigo Rio Grande
nas
veias o sangue de quem faz história
descansa
mas tua jornada
fica
na invernada de nossa memória.
Pois
eu que admiro este taita
enxergo
na gaita a alma do homem
afirmo:
- Não morre seu canto
num
fundo de campo ecoa seu nome!
Rebrota
qual seiva nativa
mas
verde e mais viva depois da queimada
voltando
de novo o gaitaço
na
força do braço desta gurizada
Porca
Véia amigo e parceiro
gaudério
tropeiro de lindas canções
enquanto
uma gaita se abrir
teu
toque há de vir alegrar os galpões.
Obrigado
por tanta alegria
eu
sei que um dia o mundo da volta
te
esperamos com erva na cuia
e
o teu grito de "uuiiiiaa" noutro baile tu solta.