RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Recuerdos da companheirada e do velho parceiro (Mouro Negro).

sábado, 8 de fevereiro de 2020


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Por: Paulo Mena Pesquisador


Francisco Pedro Buarque de Abreu, também conhecido como Chico Pedro ou Moringue, nasceu em Porto Alegre em 23 de março de 1811. Barão do Jacuí, foi um militar brasileiro a serviço do exército imperial durante a Revolução Farroupilha, faleceu em Porto Alegre em 7 de julho, (algumas fontes falam em abril) de 1891. Era filho do comerciante português Pedro José Gomes de Abreu e de Maria Alves de Meneses.
 
 
Logo em seguida do desencadear da Revolução Farroupilha, Chico Pedro apresenta-se ao comando Legal e é admitido para os serviços de retaguarda (logística), porém devido ao seu espírito direcionado para tarefas mais arriscadas, é deslocado para servir na linha de frente.

Sua estreia em combate foi no dia 31 de março de 1836, sob o comando de Bento Manoel Ribeiro. Combateram as tropas de Bento Gonçalves, nas proximidades de Arroio dos Ratos, destacando-se por sua coragem pessoal.


Após o combate, a tropa da qual fazia parte segue para acudir Porto Alegre, e atendendo a ordem de Bento Ribeiro recruta gente em Camaquã, recolhe cavalos, monta um pelotão e luta contra todos os revoltosos que encontra pela frente. Em seguida, integra a tropa do Major João Ignácio Ourives e marcham para combater em Charqueada da Barra e durante o violento combate o seu comandante é ferido, cabendo a Chico Pedro assumir a liderança, vence o inimigo e libera alguns imperialistas presos. Logo em seguida, recebe soldados de Porto Alegre e forma o Esquadrão da Barra, sendo a sua primeira missão socorrer Santo Amaro que estava sitiada pelos Farrapos.


Durante o deslocamento, recebe um documento promovendo-o a 2º Tenente de Cavalaria da guarda imperial. Socorrido Santo Amaro, monta ali seu "quartel general". Nessa altura da guerra, o Capitão imperialista Antonio Joaquim Dorneles muda de lado e com sua tropa ataca Chico Moringue, mas esse manobra, organiza a defesa e ataca os Farrapos, colocando-os em fuga. Na sequencia, parte em socorro de Taquari, sitiada por Farrapos, afasta o inimigo, reúne o gado na volta e alimenta a população.
Em 5 de junho de 1837 é promovido a Capitão, nessa fase da Revolução, Bento Ribeiro passa para o lado dos Farrapos, causando profundo abalo em Chico Pedro. 
 
A 13 de julho de 1837, combate no Morro da Fortaleza o Farrapo Joaquim Alves Fanfa, e durante essa Batalha Chico Pedro é ferido no tornozelo com um tiro de carabina.

Em novembro do mesmo ano em patrulhamento ataca próximo ao Rio Jacuí o Farrapo Joaquim Pedro Soares, fazendo prisioneiros e aprendendo volumoso Trem de guerra.

 
Em 25 de julho de 1838, Chico Pedro é promovido a Major, agora com 27 anos. Em 1º de setembro, durante o combate do Petim é ferido mais uma vez, com um tiro no peito.
Em 8 de janeiro de 1839 é promovido a Tenente-coronel,e em abril do mesmo ano ataca o estaleiro dos Farrapos junto a barra do Camaquã, sendo gravemente ferido no braço, ficando 4 meses fora de combate, acaba voltando com o braço na tipoia.
 
Em 22 de novembro de 1839, em combate com o Tenente-coronel Farrapo Antonio Joaquim Dorneles, logra-se vencedor e liberta a banda de Musica do Maestro Mendanha.
Em 9 de março de 1840, combate o Tenente-coronel Farrapo Thomazinho em Taquari, sagrando-se mais uma vez vencedor. Retornando a Santo Amaro, mais uma vez combateu e venceu o Antônio Joaquin Dorneles, o qual queria a todo custo montar seu "QG", nessa cidade.
 
No dia 10 de novembro do mesmo ano, foi chamado a Porto Alegre e no retorno tem sua tropa reforçada, ficando com um efetivo de 430 homens de cavalaria e praças provisórios, dando inicio a vários combates enfraquecendo os Farrapos, sendo o ultimo em Porongos, desbaratando completamente a tropa do General David Canabarro, marcando o fim militar da Republica "Rio-grandense".
Em 15 de novembro é promovido a Coronel Chefe de Legião e comandante da 8ª Brigada do exercito.
Em 25 de março de 1845 é agraciado com o titulo de Barão do Jacuí e honras de Brigadeiro.  
 

Fonte de consulta: Santa Amaro, QG de Chico Pedro, livro de Francisco Pereira Rodrigues.