Meus queridos amigos.
Não ganho nada com minha arte. O ECAD que deveria me reembolsar pelas minhas letras é uma piada. Da mesma forma, nunca cobrei um pila pelas mais de trezentas composições que destinei aos artistas, nem pela dezenas de ilustrações em obras literárias e musicais como capas de discos.
Distribui mais de 8 mil livros de minha autoria gratuitamente em escolas, editados sem nenhum patrocínio. Também não me furto em dar palestras em colégios por este Rio Grande afora e não aceito que me paguem nem o combustível. Em resumo. Vou peleando só com o cabo da faca mas, enquanto puder, cultivo a arte gaúcha por amor a causa.
Só uma coisa me deixa subindo nos tamancos. É quando utilizam de minha criatividade em proveito próprio e ainda não me dão o crédito. Já vi poesias minhas circulando pelo Brasil com nome de outra pessoa. Isto que era Irmão. Imagina se não fosse...
Agora um grupo está utilizando um cartum que fiz só por farra, neste domingo, cortaram meu nome e colocaram seu logo. Fiz contato e me responderam que receberam assim. Tudo bem, mas poderiam ter dado o devido crédito posteriormente.
E o pior de tudo foi uma crítica que ainda recebi de um dos administradores do grupo. "Tudo bem, amiguinho, vamos acertar. É por estas vaidades pessoais que nossa cultura anda para traz".
Me degolaram a autoria e ainda fui repreendido. Mas não vamos nos entregar, pois nossa vontade é maior que estes desalentos.
E fica o pedido inspirado no velho José Mendes: - Por bem me levam a camisa mas por mal não vai nem um tento!
