Francisco Pereira Rodrigues, na data de hoje, dia 23 de abril, completa 106 anos de idade dedicados aos livros.
integrantes da Estância da Poesia Crioula
estiveram levando seu abraço a Francisco Pereira Rodrigues
Francisco Pereira Rodrigues é advogado, político,
poeta, romancista, contista e historiador. Filho de Amaro Joaquim Rodrigues e
Laudelina Pereira Rodrigues, de uma família de três irmãos, nasceu em 23 de
abril de 1913, em Santo Amaro, na época distrito e sede do Município de General
Câmara, no Rio Grande do Sul.
Um de seus irmãos,
Lauro Pereira Rodrigues, falecido em 1978, era jornalista, radialista e
político, tendo apresentado, em 1935, na Rádio Sociedade Gaúcha, o primeiro
programa de atrações regionalistas no Rio Grande do Sul, Campereadas, e, em
1958, na Rádio Farroupilha, o programa Roda de Chimarrão, que, além da ênfase
no tradicionalismo, falava de assuntos rurais e urbanos de Porto Alegre. Lauro
Pereira Rodrigues foi, também, vereador nesta Casa, deputado estadual e
deputado federal pelo Rio Grande do Sul.
Em 1939, Francisco
Pereira Rodrigues casou-se com Maria Olga Serene Rodrigues, com quem teve seis
filhos: Vitória, Ângela, Eduardo, Ronaldo, Francisco Filho e Américo. Após
divorciar-se da primeira esposa, em 1980, casou-se com Eni Ribeiro Rodrigues,
com quem viveu até seu falecimento, em 2004.
Cursou o ensino primário na sua terra natal e
Santa Maria, e o ensino secundário nas cidades de Garibaldi e Canoas.
Sagrou-se Bacharel em
Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Cruz Alta, onde foi orador de
sua turma.
Iniciou sua vida profissional como auxiliar de
escrita, escriturário e secretário geral da Prefeitura Municipal de Santo
Amaro. Foi apontador de carga e conferente do Porto de Rio Grande, ajudante e
fiel do Porto de Porto Alegre, escriturário da Exatoria Estadual de Santa
Maria, vindo a aposentar-se como Fiscal do ICM do Estado do RS.
Como político, deixou
uma marca importante no cenário político gaúcho, como um guerreiro em defesa do
desenvolvimento e da qualidade de vida dos cidadãos. Foi um visionário que
sempre privilegiou a educação e a cultura, desenvolvendo a vereança numa época
em que os parlamentares não recebiam remuneração, tendo sido Vereador por
Itaqui, de 1948 a 1952. Baluarte da democracia e do fortalecimento do poder
legislativo, idealizou e foi o relator geral do 1° Congresso de Vereadores
realizado no Brasil, em setembro de 1948.
Foi vereador pela
cidade de Taquari de 1952 a 1956 e pela cidade de Farroupilha de 1956 a 1960,
culminando por ser prefeito do município de General Câmara nos anos de 1960 a
1964.
Mudou-se para Porto Alegre há mais de 50 anos,
onde tem construído um legado de cultura para todos os gaúchos e gaúchas.
A contribuição do
escritor Francisco Pereira Rodrigues para a cena cultural gaúcha é
significativa, pois já publicou 41 obras literárias, além de mais de uma
centena de artigos sobre os mais diversos assuntos, contos, poesias, discursos,
entrevistas, conferências em diversos jornais e Revistas Especializadas.
Publicou ainda em seis antologias e foi colunista do jornal Correio do Povo no
período de 1937 a 1988.
É citado no dicionário
do regionalismo do Rio Grande do Sul, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Carlos Nunes.
É Sócio Benemérito e
foi Presidente da Estância da Poesia Crioula no período de 1988 a 1989.
É Membro Efetivo e
Presidente de Honra da Academia Rio-Grandense de Letras, a qual presidiu no
período de 1990 a 1996 e onde ocupa a Cadeira nº 39.
É Membro Honorário do
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.
Também pertence às
seguintes entidades: Casa do Poeta Rio-Grandense, Grêmio Literário Castro
Alves, União Brasileira de Escritores, Academia Sul-Brasileira de Letras, Sócio
Benemérito da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel.
Em 2011, após uma
concorrida sessão de autógrafos, o escritor Francisco Pereira Rodrigues,
prestou uma homenagem ao Correio do Povo. No estande da Record, entregou
pessoalmente edições do livro "Correio do Povo e Eu - Memórias", seu
mais recente trabalho, ao Diretor Administrativo do Correio do Povo, Eduardo
Guedes, e ao Diretor de Redação, Telmo Flor. Na ocasião, também realizou a
doação de 100 exemplares ao jornal. Editada pela Martins Livreiro, a obra reúne
49 artigos e crônicas publicadas pelo jornal entre 1937 e 1988.
Francisco Pereira Rodrigues, autor de inúmeros
livros pretende encerrar sua carreira literária com este livro. "Falta
pouco mais de um ano para cem anos, acho que é tempo de talvez reeditar alguns.
Não escreveria mais", sentencia.
Entre as diversas
láureas recebidas, destacam-se, em 12 de novembro de 2001, quando foi jubilado
pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul, em 12 de
novembro de 2001. O jubilamento é conferido para os advogados que desempenharam
um trabalho não só em prol da classe, mas também da cidadania e da Câmara
Municipal de Porto Alegre, que através da Lei Nº 11.308, de 2 de julho de
2012, "Concede o título de Cidadão
de Porto Alegre ao senhor Francisco Pereira Rodrigues."