Certa feita o grande e saudoso jornalista Paulo Santana, no alto de sua eloquência, de sua característica de gênio-idiota, criou o estigma de que goleiro não poderia usar bigode. Goleiro de bigode não prestava. Podia ter barba, cavanhaque, menos bigode. Zagueiro sim, "deveria" ter bigode, arqueiro não. A tese que vinha reforçar sua teoria era o guarda-metas uruguaio Valter Corbo que jogou no Grêmio e que, cá entre nós, não era de confiança e ....usava bigode.
Dentro da minha humildade, de minha quase insignificância em relação ao idolatrado colunista de Zero Hora, eu ouço afirmar que: - Centroavante com cara de choro não merece carregar a camisa número 9 da seleção brasileira nas costas.
Centroavante tem que morder as traves da chuteira adversária, tem que carregar um canivete escondido nas meias, tem que gritar para o parceiro que discute com o adversário: - Bota pra dois!!!
Centroavante tem que ser como o Bugre Alcindo, do grande esquadrão tricolor, que não terminava um grenal sem sair no braço com o goleiro Gainete, do Inter. Tem que ser como o Claudiomiro, o Bigorna, que entrava com bola, goleiro, juiz e tudo, para dentro do gol.
Centroavante não pode ter aquelas sobrancelhas arqueadas do Gabriel Jesus, como a pedir perdão por tudo que faz ou deixa de fazer.
Desculpe, Tite. Mas centroavante com cara de choro NÃO!!!!
(Léo Ribeiro)
(Léo Ribeiro)
Crédito: Lucas Cartunista