Ontem, dia 12 de junho, o José Claro (Zezinho), seu filho Gabriel (gaiteiros do Grupo Floreio) e eu fomos beber água na fonte, ou seja, como os festejos das Comemorações Farroupilhas tem a temática do tropeirismo, fomos prosear, lá no Açouta Cavalo, entre Taquara e Rolante, com um dos grandes mestres deste assunto, o Marco Aurélio (Zoreia). Digo um dos grandes mestres porque outro conhecedor desta prosa é seu amigo e parceiro de palestras pelo Brasil afora, Valter Fraga Nunes.
Sobre o Zoreia já falei diversas vezes aqui neste espaço mas nunca é demais dizer de sua importância no resgate e na preservação dos legados tropeiros, que foram tantos. Em seu sítio qualquer pesquisador encontra de tudo e mais um pouco dos trastes destes lendários vaqueanos que desbravaram nosso Rio Grande, vindos de Sacramento, no Uruguai, com destino a Sorocaba.
O que eu sinto, de tudo isto, é que pessoas como o Zoreia e o Valter estão se terminando. A gente conta nos dedos de uma das mãos quantos destes valorosos pesquisadores ainda andejam pela nossa antiga mas sempre Província de São Pedro. Eles são autores de projetos que visam espraiar seu aprendizado nas escolas do Estado, mas como isto não traz votos as tais oficinas ficam no papel na gaveta dos governantes. Uma pena. Nossa esperança é que o MTG encampe estas iniciativas porque em relação as Secretarias de Educação, de Cultura, de Turismo, do estado e dos municípios, não esperamos mais nada.
Mas não te entrega, Zoreia "véio" que tua missão cultural ainda vai encontrar ecos, nem que seja no foles das gaitas deste Rio Grande.