Porca Véia recebendo o troféu de Destaque de 2016
Foto: Zelita Marina
OS
GAITEIROS DO RIO GRANDE
(Léo Ribeiro)
Não
trago mágoas desta vida que foi boa
e
deste trem sei que sou bom passageiro
mas
se pudesse começar tudo de novo
queria
ter este dom de ser gaiteiro.
Talvez
por isso é que eu me veja refletido
atrás
de gaitas nas penumbras de um galpão
e
se o gaiteiro é meu irmão, é meu amigo,
aumenta
mais esta minha devoção.
Gaiteiro
é aquele que reponta o tempo antigo,
é
quem carimba a identidade do meu pago,
bochecho de água
pelos campos ressequidos
pra um estradeiro que tem sina de índio vago.
E
ao Porca Véia que escrevi "O Último
Baile"
peço
que risque esta letra de seu caderno
porque
aprendi que os gaiteiros do Rio Grande
iguais
ao vento vem e vão mas são eternos.
Um abraço a estes gaiteiros que tenho algum trabalho em parceria ou alguma relação de amizade, Porca
Véia, José Claro (Zezinho), Gabriel Claro, Angelo Marques, Gildinho,
Albino Manique, Adelar Bertussi, Eliandro Luz, Luciano Maia, William Hengen, Porquinha, Ubiratã Reis, Ivan Godoi, Gonzaga dos Reis,
Paulinho Siqueira, Fernandinho, Oscar dos Reis, Rivadavia Barreto, Bruno Capelani, Robison Boeira, Jauro
Gehlen, Daltro Bertussi, Adroaldo Jacobi de Freitas, Sandro Ribeiro, Rodrigo Lucena,
Leonel Fabian, Ivory de Souza da Silva, Alexandre Battisti, João Sartune, Leonel Almeida, Rodrigo Pires, Samuca, Luizinho Corrêa, Jorge Santos, Jardel Borba, Neusa Regina, Jair Marcos, Lauri Duarte e a todos os gaiteiros desta querência.