RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Identidade Visual dos Festejos Farroupilha 2024 / Cintia Matte Ruschel

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

A MENSAGEM DE PAIXÃO



Estamos em plenas festividades natalinas, segundo a mais pura religiosa tradição gaúcha, que vai de 25 de dezembro a 06 de janeiro do próximo ano, ou seja, da comemoração religiosa mais antiga do folclore gauchesco, que vem de 1750 (herança Açorita) e está bem viva aos dias atuais através dos verdadeiros tradicionalistas.
Festeja-se o nascimento de Cristo, data de maior cristandade universal, com a chegada dos Reis Magos junto ao presépio, onde nasceu Jesus na mangedora, segundo a Bíblia, tendo como seguimento a Estrela Guia que iluminou os caminhos à Belém.
Assim cantando de rancho em rancho, residência em residência, de Centro de Tradições à irmandade tradicionalista, nosso festejo dos Ternos de Reis, lembram esse cenário despido de neve, renas, trenós, e pinheirinhos coloridos, de desenhos e figuras caricatas não cristãs, ausência de mercantilização de presentes e comercialização de fúteis objetos, e desumanas atitudes.
Assim, O Terno de Reis com o Mestre, o Contra mestre, o Ajudante de contra mestre e o “tipi” festejam a tradição gaúcha.
Ainda hoje, em dezenas de municípios do nosso Estado, os reses são cantados ao som da gaita, do violão, da rabeca, do tambor e do triângulo.
O meu Terno canta:
 
Agora mesmo cheguemo
Na beira de seu terrero
Para tocá e cantá
Liçença peço premero. 

Porta aberta, luz acesa
É sinal de alegria
Entra eu, entra meu terno
Entra toda a compania. 

Jesus Cristo está nascido
Para ser sempre adorado
Nosso prazer é profundo
És o filho de Deus que veio salvar o mundo 

Malchior, Baltazar, Gaspar
Trazendo ouro, mirra , incenso
Ao rei que vão adorar
Por que tem prestigio imenso. 

E nesse presépio oculto
Tão pobre de ostentação
Veio a luz o belo vulto
Que nos trouxe a salvação. 

Dentro da mangedoura
O senhor Jesus nasceu
Hoje é noite mui festiva
Brilham as estrelas lá no céu. 

25 de dezembro
Cristo nasceu em Belém
Todos , todos o adoravam
Nós o adoramos também 

Chegamos em sua morada
Eu e meus companheiros
Nós andamos festejando
O primeiro de janeiro 

Vamos dar a despedida
Como deu Cristo em Belém
Esse terno se despede
Até o ano que vem. 

J.C. Paixão Côrtes