REPERCUSSÕES DA FUGA
Os jornais, em todo o Brasil, de setembro a novembro, exploraram o assunto "Fuga de Bento Gonçalves", tanto quando esteve preso no Rio de Janeiro, sua chegada na Bahia, sua fuga e as repercussões que ela causou no ambiente político da época.
O jornal baiano Correio Mercantil publica um pequeno artigo, o que a maioria já havia previsto, ou seja, que Bento Gonçalves não permaneceria por muito tempo na prisão.
".......quando soubemos da chegada de Bento Gonçalves a esta cidade, tivemos certeza do destino que a ella trazia, logo nos persuadimos que em breve, algum descuido, ou alguma facilidade, lhe forneceria ocasião de se escapar. Não se diga que este juízo foi precipitado....."
O jornal O Chronista, do Rio de Janeiro, foi bastante direto e não poupou críticas ao ex-Ministro da Justiça, quando assim escreveu:
".....apenas Bento Gonçalves retirou-se mansa e pacificamente o Rio Grande, mandou o Sr. Montezuma publicar no Diário do Rio, os offícios que remetera ao Presidente da Bahia recomendando-lhe reo de tanta importância. Julga com isto o ex-ministro arredar de si a suspeita de haver dado escapula ao General Republicano. Ora o Snr. Montezumma nos julga muito tolos".
O Echo da Religião e do Império, jornal pernambucano, atacou, inclusive, a maçonaria:
"Os Clubs políticos perdem o Brasil.!... Brasileiros. Vós estaes perdidos!... A Religião, o Throno, a Pátria, estão em sima de um tremendo volcão de muitas crateras: São os Clubs políticos Republicanos. Elles estrangulárão a França, elles vão perder o Brasil. Monarchistas brasileiros sinceros, brasileiros cathólicos, vós que não estaes ainda tonsurados com os signaes da Besta, que sonolência he esta!! Acordai, reflecti e tremei......"
E mais adiante conclui:
".....Bento Gonçalves, o afilhado, o predilecto dos Clubs Políticos, não fugio porque taes proporções não são de fugida, são de proteção, de aliança, de confidencia".
O único jornal a sair em defesa de Bento Gonçalves foi o jornal baiano O Censor:
".... Nem na Corte, nem no Rio Grande, se lhe fez corpo de delicto, nem culpa, nem processo, nem se houve a menor atenção e nenhuma das formalidades que a constituição requer para que um reo seja considerado tal, e legalmente conservado em prisão".
O Echo da Religião e do Império, jornal pernambucano, atacou, inclusive, a maçonaria:
"Os Clubs políticos perdem o Brasil.!... Brasileiros. Vós estaes perdidos!... A Religião, o Throno, a Pátria, estão em sima de um tremendo volcão de muitas crateras: São os Clubs políticos Republicanos. Elles estrangulárão a França, elles vão perder o Brasil. Monarchistas brasileiros sinceros, brasileiros cathólicos, vós que não estaes ainda tonsurados com os signaes da Besta, que sonolência he esta!! Acordai, reflecti e tremei......"
E mais adiante conclui:
".....Bento Gonçalves, o afilhado, o predilecto dos Clubs Políticos, não fugio porque taes proporções não são de fugida, são de proteção, de aliança, de confidencia".
O único jornal a sair em defesa de Bento Gonçalves foi o jornal baiano O Censor:
".... Nem na Corte, nem no Rio Grande, se lhe fez corpo de delicto, nem culpa, nem processo, nem se houve a menor atenção e nenhuma das formalidades que a constituição requer para que um reo seja considerado tal, e legalmente conservado em prisão".