...NEM QUE A ÁGUA BATA NAS PALETAS!
Na data redonda em que
comemoramos 170 anos do término da Revolução Farroupilha, a melancolia, o baixo
astral e as incertezas se debruçam sobre o mês de setembro de 2015.
Primeiro foi a doença do Morno
que, devido às consequentes restrições impostas, ameaçam os desfiles
tradicionais em todo o Rio Grande do Sul. São notórias as preocupações de
municípios como Alegrete e Santana do Livramento, que disputam ano a ano o
título de maior desfile de cavalaria do Estado.
O Desfile Temático, por falta de
patrocinadores, já não aconteceu no ano passado.
Afora isto tudo, a penúria financeira
que acampou-se sobre nosso Estado e que ficou escancarada com o parcelamento da
folha do funcionalismo público, é uma ducha de água fria no ânimo de todos nós,
riograndenses.
Até São Pedro, nosso protetor, parece que esqueceu da gente. É chuva e chuva ocasionando milhares de irmãos desabrigados.
Até São Pedro, nosso protetor, parece que esqueceu da gente. É chuva e chuva ocasionando milhares de irmãos desabrigados.
Contudo, apesar de todos esses
infortúnios, penso que devemos seguir ao pé da letra o clássico interpretado polo
saudoso Leopoldo Rassier que exalta “...não
podemos se entregar pros home, mas de jeito nenhum, amigo e companheiro. Não tá
morto quem luta e quem peleia, pois lutar é a marca do campeiro”.
Não lembro, mas penso que já
passamos por situações parecidas e saímos de lombo liso, logo ali adiante. Por
isso vamos tentar evitar que as negociatas, feitas por políticos incompetentes
e que agora afloram como feridas não cicatrizadas, abatam o nosso ímpeto
cultural de homenagear os heróis farrapos.
Os fatos históricos podem ser reverenciados
numa roda de mate, numa palestra, numa apresentação artística, num repasse às crianças... O que não
podemos é afrouxar o garrão e esmorecer ainda mais.
Vamos renovar nossa estima!
Vamos rejuvenescer nosso brio!
Vamos festejar nossa data maior!