RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Pinheiro Machado, ao centro, sentado, e seu estado maior - Revolução Federalista -

quinta-feira, 30 de julho de 2015

UM PROBLEMA ANTIGO, MAS RECORRENTE



Fico muito feliz ao saber que jovens talentos do nosso Rio Grande do Sul, emprestam suas vozes para as canções dos compositores dos festivais nativistas do Estado!
 É gratificante ver e ouvir nossos versos e melodias nos palcos de rodeios e festivais, é a continuidade, a renovação, a arte cumprindo seus ciclos.
 Porém deixo registrado um pedido e um alerta: quando buscarem um composição para apresentar, informem-se quem são realmente os autores daquela música; quem escreveu a letra, quem compôs a melodia. Soube que no Festival Gaúcho e Gastronômico de Arte e Tradição muitos intérpretes se refiram a apenas um autor ou, pior ainda apenas a quem cantou ou gravou determinada obra. Sugiro aos professores que orientem seus alunos nesse sentido, sugiro que se coloque nos regulamentos desses eventos a obrigatoriedade de se citar a autoria correta, no ENART peço que o amigo cantor vice presidente José Roberto Fischborn tenha um olhar terno a esse respeito.
Um poema, uma melodia são como filhos, para seu autor, quando são apresentadas, sem a devida identificação e referência, nos sentimos desvalorizados em nosso arte. Não se trata de vaidade, mas de respeito ao nosso trabalho e daqueles se dedicam à criação artística de corpo e alma.
Adão Quevedo - Músico e compositor
 
Nota do blog: A manifestação acima é do meu amigo, músico e compositor de São Lourenço do Sul, Adão Quevedo. Tal nota recebeu dezenas de manifestações de apoio de diversos autores, contando histórias onde seus nomes também foram e são esquecidos. Na realidade, em nosso meio, o nome que aparece é o de quem sobe no palco, pouco importando quem é o criador da obra apresentada. Uma tremenda injustiça.
Também vou contar uma passagem ocorrida comigo.
Quando entrei na maçonaria, fiz um poema que se tornou nacionalmente conhecido intitulado Um Gaudério na Irmandade, que conta, de modo bem autêntico, a visão de um gaúcho interiorano (no caso eu) diante daquela novidade.
Pois bueno.
Certa feita dando uma campereada na internet vi o citado poema tendo como autor outra pessoa.
Não precisa dizer que subi num porco...
Rastreando o caminho de volta, cheguei ao dito cujo, que mora em Brasília.
Não tive dúvidas em pegar o telefone e ligar para ele. Sabem qual foi sua justificativa, talvez mal acostumado com os meandros das politicagens de nossa capital federal?
- Achei bonito e resolvi botar meu nome!
Agora o detalhe final:
O indivíduo que resolveu, na mão grande, se apoderar de meu trabalho é "irmão", ou seja, maçom!