Adelar Bertussi, o "Chefe do Bando".
Nesta postagem, deixo a bola picando para os gaiteiros do Rio Grande.
É o seguinte:
Na triagem do 24º Ronco do Bugio puxei uma prosa (mais com a intenção de aprender) com dois mestres do acordeon, ou seja, José Claro, o Zezinho, que tocou com o Porva Véia durante dez anos e agora é proprietário do Grupo Floreio e com o Paulinho Siqueira, que também por dez anos acompanhou o grande Honeyde Bertussi.
Eu disse (mais como provocação) que, para mim, o que caracteriza um bugio (música) é seu compasso, seu ritmo.
Os dois gaiteiros disseram que não. Que além disto necessariamente tem que haver o "jogo-de-foles" na gaita. Isto, é o que caracteriza o bugio. A gaita imitando através deste processo (jogo-de-foles) o ronco do primata.
Imaginem eu, que não sei nem como botar uma gaita no colo, debatendo com estes dois gaiteiraços.
Como não entro na peleia sem levar ferramentas e estudar bem o terreno, eu tinha uma argumentação das bem boas. Seu nome? Albino Manique. Um dos maiores gaiteiros de todos os tempos que este chão sulino pariu.
Aleguei que o Albino toca bugio sem fazer jogo-de-foles! - Tenho até um bugiozaço gravado pelos Mirins.
Não foi o suficiente. Não convenci.
Depois fiquei lembrando de uma música de Luis Carlos Borges que tirou o segundo lugar num Ronco do Bugio em que ele conta que aprendeu a tocar bugio com o "Chefe do Bando", ou seja, Adelar Bertussi.
Nesta letra ele dizia assim:
- "...pra tocar um bugio não tem porta, o que importa é o jogo-de-foles".
Então, minha gente que vai participar da 24ª edição do Festival Mais Autêntico do Rio Grande. ATENÇÃO PARA ESTE DETALHE!